65ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada |
PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MICROPARTÍCULAS GASTRORRESISTENTES CONTENDO Lactobacillus plantarum AJ2 |
Maicon Brustolin - Acadêmico de Farmácia - Unipampa/ Rs Jéssica Brandão Reolon - Acadêmica de Farmácia - Unipampa/ RS Letícia Marques Colomé - Prof. Dra/ Orientadora - Unipampa/ RS Maristela Cortez Sawitzki - Prof. Dra/ Orientadora - Unipampa/ RS |
INTRODUÇÃO: |
Hábitos alimentares que não consideram a qualidade nutricional dos alimentos são cada vez mais frequentes no Brasil e no restante do mundo. Assim, o desenvolvimento de alimentos e formulações nutracêuticas que satisfaçam as necessidades nutricionais são consideradas altamente importantes. Neste contexto, a microencapsulação de Lactobacillus plantarum AJ2 representa a disponibilização de uma forma versátil de veicular um probiótico, a qual pode ser inserida em alimentos convencionais ou outras formas de administração oral. |
OBJETIVO DO TRABALHO: |
Preparar e caracterizar micropartículas contendo L. plantarum AJ2, com vistas a garantir a estabilidade da referida cepa no ambiente gástrico. |
MÉTODOS: |
As micropartículas contendo a cepa foram preparadas pelo método de aspersão em mini spray-dryer. O polímero gastrorresistente Eudragit S100 (1%), a cepa de L. plantarum AJ2 (1011 UFC/g) e o adjuvante de secagem manitol (10%) foram dispersos em solução alcalina e em seguida a mistura foi aspergida sob as seguintes condições operaconais: temperatura de entrada de 90°C, temperatura de saída de 65°C e fluxo de alimentação de 1mL/min. As micropartículas obtidas na forma pulvérea foram caracterizadas quanto a densidade bruta e de compactação em volúmetro de compactação sob 1250 quedas. O Fator de Hausner (FH) e o Índice de Carr (IC) foram calculados para avaliar as propriedades de fluxo do pó obtido. Adicionalmente, as microcápsulas foram inoculadas em placas de petri em diferentes pHs (1,5- 3; 7; 9), visando simular os diferentes compartimentos corporais a que a formulação estará quando administrada pela via oral. A formulação foi dispersa em solução de citrato de sódio 2% e procedeu-se às diluições e à inoculação em profundidade com ágar MRS para contagem das colônias. Após a inoculação, as placas permaneceram em estufa (35°C ±1, 48 horas). A contagem de colônias foi expressando-se em UFC/g de produto. |
RESULTADOS E DISCUSSÃO: |
As micropartículas foram obtidas como um pó levemente amarelado. O rendimento do processo de aspersão foi de 27%. O valor obtido para IC (17,5) indica que o pó apresenta fluxo na faixa entre favorável e tolerável. Já o valor obtido para o FH (1,2) indica que o pó apresenta bom fluxo, sendo adequado para futuras aplicações em formas nutracêuticas. A contagem in vitro de micro-organismos viáveis demonstrou que somente nos valores de pH 7 e 9 houve desenvolvimento de colônias, sendo que o crescimento não foi observado em valores de pH ácido (pH 1,5 - 3), confirmando a gastrorresistência da formulação. A contagem das colônias em valores de pH neutro/alcalino indicaram a presença de 107 UFC/g, indicando viabilidade celular de aproximadamente 64% após o processo de preparação. |
CONCLUSÕES: |
Este trabalho demonstrou a viabilidade da microencapsulação de uma cepa bacteriana através do método de aspersão. Perspectivas do trabalho incluem modificações nas variáveis do processo produtivo e na formulação para alcançar maior viabilidade de L. plantarum AJ2. |
Palavras-chave: probióticos, Lactobacillus plantarum AJ2, micropartículas. |