65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 9. Sociologia - 6. Sociologia Urbana
DEMOCRATIZAÇÃO DA MOBILIDADE URBANA: A BICICLETA COMO UMA ALTERNATIVA
Thainá Soares Ribeiro - Depto. de Filosofia e Ciências Humanas– UESB
Marília Flores Seixas de Oliveira - Prof. Dra./Orientadora – Depto.de Filosofia e Ciências Humanas – UESB
INTRODUÇÃO:
A pesquisa tem como meta compreender e analisar o panorama atual da Mobilidade Urbana, tendo como objetivo a efetiva democratização deste espaço, propondo a bicicleta como uma alternativa. Considerando a tendência mundial à urbanização, a mobilidade urbana passou a ser um problema da vida societária, visto que o modelo de planejamento urbano baseado no automóvel particular se esgotou, levando as grandes cidades ao caos. Neste cenário limitado dos espaços públicos, por conta do atual modelo de planejamento, faz-se necessário pensar formas de inclusão de mobilidade urbana. A partir disso, com uma perspectiva humanista das cidades, os estudos são baseados na proposição de mudanças, alternativas e adaptações para bicicleta como meio de transporte, visto que é acessível à população independentemente da faixa de renda e é extremamente flexível, interagindo de forma muito eficiente com outros modos de transporte quando há infraestrutura apropriada.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Propor alternativas e adaptações desenvolvidas em centros urbanos que puderam resultar em melhoria da qualidade de vida nas cidades, relacionando essas com a bicicleta como principal alternativa. Buscando também, democratizar o acesso a todos os ambientes societários, a partir da constituição de um desenvolvimento urbano sustentável e humanista.
MÉTODOS:
De uma maneira geral, a pesquisa, na instância do levantamento de dados, fundamenta-se na metodologia de revisão da literatura pertinente, bem como do levantamento sistemático de experiências existentes que configurem novas alternativas e adaptações à mobilidade urbana. Destacam-se, neste sentido, tanto a sistematização quanto a análise dos dados coletados, desde o levantamento de atos regulatórios em suas diversas esferas até sua aplicabilidade nos contextos urbanos específicos, envolvendo, sobretudo, questões cicloviárias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Na proposta de uma mudança de paradigma de planejamento urbano e ambiental, é preciso uma inversão na lógica das hierarquias, de maneira que a qualidade de vida de todos, a natureza e o futuro sejam colocadas no alto da escala de valores. Sob o ponto de vista social, acredita-se que, se houver uma maior reflexão teórica sobre a temática e uma ampliação da conscientização comunitária e governamental sobre a necessidade de mudanças de enfoque, disseminando-se ideias e práticas inovadoras de mobilidade sustentável, se ampliarão as possibilidades de uma vida melhor e de um paradigma de cidade que seja socialmente justo e ambientalmente prudente. Nesse aspecto, a bicicleta cumpre um papel de socialização, pois é acessível à população independentemente da faixa de renda, e é extremamente flexível, interagindo de forma muito eficiente com outros modos de transporte quando há infraestrutura cicloviária apropriada.
CONCLUSÕES:
Para satisfazer a um novo modelo de cidade, conclui-se, que não será possível somente crescer em infraestrutura, haverá necessidade de se implantar estratégias que reduzam a demanda de viagens, principalmente por transportes individuais, cumulando com o aumento de ciclovias, ciclofaixas e calçadas com toda acessibilidade necessária. Assim, procurou-se neste trabalho uma abordagem do tema da mobilidade urbana sob uma vertente que relacione a democratização do espaço urbano através da bicicleta. Por fim, pode-se afirmar que quanto maior a facilidade de se locomover na cidade, maior é o acesso e a utilização da infraestrutura social urbana, como escolas, centros culturais, hospitais, empregos etc. A mobilidade urbana favorece a mobilidade social.
Palavras-chave: Mobilidade Urbana, Bicicleta, Mobilidade Social.