65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 4. Física da Matéria Condensada
CARACTERÍSTICAS TÉRMICAS DO CRISTAL DO AMINOÁCIDO DL-ASPARAGINA MONOHIDRATADA (DLMA)
Ellen Cindy Silva De Sousa Alencar - Depto.de Enfermagem – UFMA, Imperatriz-Ma
Pedro de Freitas Façanha Filho - Prof. Dr. /Orientador - Depto.de Engenharia de Alimentos - Imperatriz-Ma
INTRODUÇÃO:
Os aminoácidos são as unidades moleculares formados por moléculas orgânicas com carbono, nitrogênio, hidrogênio e oxigênio que se combina em um conjunto básico de vinte para formar as proteínas presentes nos seres vivos. A asparagina desempenha um importante papel no controle de metabolismo de algumas funções no tecido adiposo, nervoso, cerebrais e é usado em varias plantas como reserva de nitrogênio e ainda existem relatos que ajuda a converter carboidratos em energia muscular e a melhorar o sistema imunológico. Devido ao seu arranjo estrutural os monocristais orgânicos possibilitam o estudo das propriedades físicas, químicas e biológicas dos mesmos. O conhecimento da estabilidade de cristais de aminoácidos quando submetidos a temperaturas extremas têm grande importância, pois os mesmos têm aplicações tanto tecnológicas quanto na indústria farmacêutica, onde a variação de temperatura é um parâmetro recorrente. Com tal motivação, promoveu-se nesse trabalho o crescimento de cristais de (DLAM), cuja técnica utilizada foi a de evaporação lenta do solvente. Para a caracterização desse monocristal serão utilizadas as técnicas de difração de raios-X e calorimetria diferencial de varredura (DSC).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Promover o crescimento de monocristais de DLAM através da técnica de evaporação lenta do solvente, possibilitando o estudo do comportamento das ligações de hidrogênio que são as principais responsáveis pela estabilidade dos aminoácidos e reconhecer os mecanismos de transições de fase no cristal de DLAM quando submetidos a temperaturas extremas
MÉTODOS:
Promoveu-se nesse trabalho o crescimento de cristais de DLAM, cuja técnica utilizada foi a de evaporação lenta do solvente. Neste trabalho realizaram-se medidas de difração de raios-X no intuito de se confirmar a estrutura. Medidas de DSC, tanto em altas quanto em baixas temperaturas. Os cristais de DLAM foram crescidos no laboratório multidisciplinar da Universidade Federal do Maranhão no campus Imperatriz-MA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Até o momento não foi possível encontrar a determinação estrutural do cristal de DLAM na literatura. Nos difratogramas de raio-X parecem demonstrar que o cristal de DLAM tem um arranjo estrutura muito parecido com a L-asparagina monohidratrada (estrutura ortorrômbica pertencente ao grupo espacial P212121 (D24) com parâmetros de rede a = 5,593; b = 9,827; c = 11,808 Ǻ, com quatro moléculas por célula unitária). Já as medidas de DSC mostram de uma forma bem clara que entre 50°C e aproximadamente 95°C, o que denominamos de alta temperatura, os cristais de DLAM não apresentam nenhum evento que possa estar associado a uma transição de fase estrutural. Mas que por volta de 100º C e 120° C o gráfico demonstra que os cristais apresentam uma perda de água e que após os 200ºC o material foi decomposto. Tal comportamento, como já exposto, é similar ao apresentado pelo cristal de LAM.
CONCLUSÕES:
O presente trabalho expôs importantes resultados sobre o comportamento dos cristais de DLAM. Devido à complexidade do comportamento cristalino com a temperatura será necessário, para que o trabalho fique completo, a realização de outras medidas utilizando diferentes técnicas para complementar os resultados já obtidos. Após as novas medidas (TG, espalhamento Raman com a temperatura e até mesmo Difração de raios-X com a temperatura) os resultados poderão ser divulgados através de publicação em revistas de indexação internacional de bom parâmetro de impacto.
Palavras-chave: Monocristais de aminoácidos, Raio-X, DSC.