65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
MAPAS CONCEITUAIS: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO NAS AULAS DE BIOLOGIA
Francisca das Chagas França - Profª. Ms/Biologia- Colégio Militar 2 de Julho - SEDUC/MA
Bruna de Jesus Brito - Estudante do Colégio Militar 2 de Julho
Mateus Mendes dos Santos - Estudante do Colégio Militar 2 de Julho
INTRODUÇÃO:
O trabalho apresenta o uso dos mapas conceituais como estratégia para construção do conhecimento. Os mesmos são ferramentas para organizar e representar a estrutura dos conceitos e suas relações, que são ligados com proposições, que se tornam declarações significativas. A utilização das práticas destes mapas contribui na aprendizagem dos conceitos biológicos. Segundo Ausubel (1968) o significado é construído pelo indivíduo a partir de um acerto entre os conhecimentos prévios e os apresentados. Foi realizada a prática dos mapas conceituais para verificar os conhecimentos prévios sobre vitaminas e lipídios na série do primeiro ano do ensino médio e terceiro ano do ensino médio sobre a Segunda Lei de Mendel.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Demonstrar o uso dos mapas conceituais para os alunos do ensino médio na construção de conceitos como estratégia motivadora no ensino de Biologia, listando os mais específicos a agregados de ideias relacionadas, a fim de organizar melhor o conhecimento adquirido, utilizado no cotidiano para fixação dos conteúdos empregados na sala de aula.
MÉTODOS:
O trabalho realizado sobre mapas conceituais foi apresentado a partir da experiência existente como professora de biologia do Colégio Militar 2 de Julho, escola pública de São Luís MA. As atividades foram realizadas com duas turmas do ensino médio (primeiro ano e terceiro ano), em média 60 (sessenta) alunos. Na turma do primeiro ano optou pelo conteúdo sobre vitaminas e lipídios, na turma do terceiro ano sobre a Segunda Lei de Mendel. A prática seguiu as seguintes etapas: escolha do tema, exposição do assunto pelo professor, leituras de alguns artigos científicos pelos alunos do assunto trabalhado, promoção de uma pequena oficina sobre mapas conceituais (confecção com papel, cartolinas, hidrocor, tesouras). Na construção dos mapas preferiu-se o trabalho em grupo e recortes de palavras soltas. Os alunos partiram classificando alguns termos como conceitos gerais, estabeleceram hierarquias recorrendo ao uso de setas, criando ligações entre as palavras e emprego de frases e definições. Por fim, a exposição em sala de aula conforme a organização dos mesmos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os conceitos sobre vitaminas e lipídios, 60% dos alunos que participaram na organização dos mapas conceituais, demonstraram por meio de suas produções, certos conhecimentos sobre a importância dos mesmos com respostas satisfatórias. Dentre as palavras mais citadas sobre lipídios, foram: manutenção da temperatura, proteção, gordura animal e vegetal, doenças cardiovasculares, função energética. No assunto vitaminas foram mencionados compostos orgânicos, encontrados nas frutas, folhas verdes e metabolismo. Alguns alunos identificaram onde são encontrados, citando os reinos animal e vegetal. Para os mapas elaborados sobre a Segunda Lei de Mendel, 58% não responderam de forma satisfatória, foi mencionado palavras como hereditariedade, hibridismo, gametas e fenótipos demonstrando conhecimento prévio, porém com pouca ligação entre os significados dos mesmos. Mediante o último resultado, para que o aluno compreenda esses conceitos pautados sobre a segunda Lei de Mendel é necessário o uso dos mapas conceituais que permitem fazer a conexão entre tais conhecimentos contribuindo com a aprendizagem significativa do assunto.
CONCLUSÕES:
A experiência apresentou uma temática sobre o uso dos mapas conceituais, permitindo identificar o modelo mental do aluno para descobrir um aprendizado satisfatório. Foram usados na organização dos conteúdos, recursos utilizáveis em qualquer sala de aula, logo sua maior vantagem é o fato de deixar claro o ensino aprendizagem. O resultado é importante quando parte da prática de organização de conceitos específicos pelo educando, como aconteceu utilizando os conteúdos sobre lipídios e vitaminas nas salas do primeiro ano do ensino médio e terceiro ano sobre a segunda Lei de Mendel, assim os alunos construíram a partir de um acerto conceitual entre o apresentado e o conhecimento prévio. Após a confecção foi constatado que a aplicação dos mapas conceituais como recurso didático, facilita a aprendizagem dos conteúdos de biologia.
Palavras-chave: Aprendizagem, Organização de Conhecimento, Metodologia.