65ª Reunião Anual da SBPC

C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 1. Biologia e Fisiologia dos Microorganismo

ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS XILÓFILOS EM CINCO ESPÉCIES ARBÓREAS NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO, ACRE, BRASIL

Adriana Ferreira Moreira - Engenharia Florestal, Universidade Federal do Acre. Rossicléia Ferreira Campos - Engenharia Florestal, Universidade Federal do Acre. Samária Santos da Silva - Engenharia Florestal, Universidade Federal do Acre. Clebyane de Souza Barbosa - Engenharia Florestal, Universidade Federal do Acre. Nei Sebastião Braga Gomes - Prof.Dr./Orientador-Universidade Federal do Acre. Sandra Albuquerque Lima Ribeiro - Profa.Ms./Orientadora-Universidade Federal do Acre.

INTRODUÇÃO:

A colonização da madeira por fungos xilófilos ainda é motivo de grande preocupação por parte dos produtores e consumidores da madeira, visto que, associados a fatores físicos e químicos, são responsáveis pela maior parte da degradação das estruturas de madeira. Quando atacadas por estes fungos, as madeiras apresentam manchas, bolores e podridão que alteram suas propriedades e influenciam diretamente em suas resistências ocasionando ainda sua desvalorização.

OBJETIVO DO TRABALHO:

O objetivo do trabalho foi avaliar a presença de fungos colonizadores da madeira em cinco espécies arbóreas utilizadas no setor madeireiro da região, quando expostas ao ambiente de sub-bosque durante o período de chuvas.

MÉTODOS:

Foram utilizados corpos de prova com dimensões de 5 x 3 x 2 cm, das seguintes espécies florestais: (1) Eschweilera odorata (Poepp.) Miers (castanharana), (2) Peltogyne sp. (roxinho), (3) Dinizia excelsa (Ducke) (angelim), (4) Amburana acreana (Ducke) A. C. Sm (cerejeira) e (5) Cedrela odorata L. (cedro) As amostras foram distribuídas casualmente em 6 plataformas instaladas aleatoriamente numa área de sub-bosque. Após 60 e 120 dias, foram coletados do campo, seis amostras de cada espécie florestal e retirados 15 fragmentos de 10 a 20 mm2 de cada corpo de prova, esterilizados com água destilada e estéril e semeados em placas de Petri em triplicada contendo meio de cultura EMA (Extrato Malte-Ágar) à 3% e 250 ppm de antibiótico cloranfenicol e mantidas em condições ambiente de laboratório. Após a purificação das colônias as mesmas foram repicadas para tubos de ensaio com meio de cultura e mantidos nas mesmas condições até o micélio ocupar toda a superfície do meio. Para identificação foram utilizadas a técnica de microcultivo e preparação de lâminas semi-permanentes com corante azul de amam. A descrição macro e micromorfológica dos fungos foram comparadas com as descritas em literaturas especializadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Foram identificados os seguintes fungos relacionados às espécies florestais estudadas: (1) Trichoderma harzianum, Lasiodiplodia theobromae , Fusarium oxysporum., Mucor subtilissimus, Pestalotiopsis sp. e Cylindrocladium sp; (2) T. harzianum, L. theobromae; F. oxysporum, e M. subtilissimus; (3) T. harzianum, L. theobromae; F. oxysporum, e M. subtilissimus; (4), T. harzianum, L. theobromae; F. oxysporum, M. subtilissimus, e Aspergillus Níger; (5) T. harzianum, L. theobromae; F. oxysporum, M. subtilissimus. Entre as essências florestais, E. odorata apresentou maior diversidade de fungos, pertencentes a seis gêneros, enquanto que, C. odorata, D. excelsa e Peltogyne sp. apresentaram a menor diversidade com quatro gêneros. Os fungos T. harzianum, F. oxysporum., L. theobromae e M. subtilissimus. foram isolados em todas as espécies florestais estudadas. A diversidade de fungos ocorrente nas espécies florestais está relacionada à capacidade de resistência que a madeira apresenta, que pode ser tanto em função de sua densidade ou ainda da composição química e concentração dos extrativos que esta apresenta.

CONCLUSÕES:

Foram identificados fungos, pertencentes a sete gêneros. Todas as espécies florestais mostraram-se altamente susceptíveis aos fungos T. harzianum, L. theobromae; F. oxysporum, e M. subtilissimus; O fungo menos frequente foi Aspergillus Níger, ocorrendo apenas na espécie florestal A. acreana.

Palavras-chave: Colonização., Fungos., Resistência..