65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
O ENSINO DE QUÍMICA NUMA UNIDADE DA REDE ESTADUAL DE ENSINO: DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL MARIA ISABEL DE MELO GÓES, EM CATU BAHIA
Quelli Larissa Oliveira de Santana - Estudante de Licenciatura em Química, bolsista PIBID - IF Baiano Campus Catu
Driane Anne de Santana - Estudante de Licenciatura em Química, bolsista PIBID - IF Baiano Campus Catu
Alexandra Carvalho - Profa. Dra./ Orientadora – IF Baiano Campus Catu
Alan dos Santos Souza - Prof. Msc./ Orientador - Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Goés - Catu
Maria José Dias Sales - Profa. Msc./ Orientadora - Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Goés - Catu
INTRODUÇÃO:
O ensino de química nas escolas públicas, em geral, apresenta deficiências, fato que pode ser explicado pela atuação de profissionais que não são da área assim como por questões relacionadas à falta de infra-estrutura que propicie vivencias pedagógicas diversificadas, a exemplo da existência de um laboratório (MAIA et al., 2008). O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID), desenvolvido no Instituto Federal Baiano campus Catu, o qual se aplica em quatro escolas públicas do município, entre elas o Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, instituição cujo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi pontuado em 3,0 no ano de 2012. O PIBID possibilita a inserção de bolsistas, os quais contribuem para melhorar o ensino de química nessas escolas através da adoção de metodologias que auxiliam os professores e alunos no processo de ensino-aprendizagem, como estímulo às aulas práticas, contextualização dos conteúdos, desenvolvimento de atividades lúdicas que motivem a participação do estudante (BRAIBANTE; WOLLMANN, 2012). Sendo assim, com a inclusão dos bolsistas do programa, realizou-se um diagnóstico quanto à realidade do ensino de química no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes no município de Catu-Ba.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Identificar as carências presentes no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, no que diz respeito ao ensino de química.
MÉTODOS:
As bolsistas do PIBID iniciaram suas atividades no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes no mês de outubro de dois mil e doze. Primeiramente, as discentes de licenciatura em química, nos dois primeiros meses observaram as aulas de química nas turmas de primeiro ano do Ensino médio assim como a metodologia dos professores com o propósito de identificar as dificuldades e problemas no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista elaborar uma análise dos alunos e professores que são contemplados pelo Programa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Um dos fatores determinantes para a qualidade no ensino de química é a boa formação do professor. Mas, como na maioria das escolas públicas do Brasil, profissionais de outras áreas do conhecimento lecionam a disciplina de química. No Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes não é diferente, o mesmo é constituído por três profissionais formados em matemática, biologia e pedagogia que ensinam a disciplina. Em uma entrevista com um dos docentes, o mesmo declarou que o maior problema para eles enquanto professor de escola pública é quem ficará responsável por ministrar a disciplina no ano posterior, além disso, foi colocada a dificuldade em planejar as atividades voltadas para o ensino da matéria visto que não possui formação na área, tendo que estudar os conteúdos previamente e não avançar em determinados assuntos. Outro fator importante observado foi a ausência de uma boa infra-estrutura na escola, como laboratório, biblioteca e sala de estudos. Esses motivos são preponderantes para uma aprendizagem deficiente em química, sendo assim, foi observado pelos bolsistas do PIBID ao acompanhar os docentes e discentes nas aulas, que os estudantes mostraram dificuldades com conceitos básicos, bem como na análise de problemas do cotidiano.
CONCLUSÕES:
O PIBID, enquanto programa, permitiu as bolsistas visualizarem a realidade do ensino de química nas escolas públicas. O Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes é um retrato de uma educação deficiente, pois faltam professores com formação em química assim como um laboratório para oferecer um ensino de qualidade para os alunos. Dessa forma, o PIBID surgiu como uma possibilidade no sentido de contribuir para uma melhor interação entre licenciandos, professores, escola e universidade, sendo que os bolsistas, mesmo com essas dificuldades, têm a oportunidade de aprender e conhecer o exercício da docência na área de química, vislumbrando o desenvolvimento de metodologias inovadoras que serão fundamentais para obter um progresso no ensino de química nos alunos em sala de aula. É importante ressaltar o papel do PIBID, na formação inicial das futuras docentes e na construção da melhoria para uma educação pública de qualidade. A observação permitiu ainda a elaboração de metas para o ano letivo de 2013, que incluem realização de aulas práticas com materiais acessíveis na própria sala de aula, montagem de laboratório móvel, organização da biblioteca, uso do blog do programa como ferramenta pedagógica, incentivo à participação na Olimpíada Baiana de Química, entre outras.
Palavras-chave: Ensino deficiente, Educação química, Escola pública.