65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana
UM ESTUDO A RESPEITO DO CENTRO URBANO DE CULTURA, ARTE, CIÊNCIA E ESPORTE-CUCA E OS CENTROS SOCIAIS URBANOS – CSUS, COMO FORMA DE INGRESSO DA JUVENTUDE Á CULTURA
Rachel Facundo Vasconcelos de Oliveira - Mestranda- Geografia-Universidade Vale do Acaraú-UVA
Zenilde Baima Amora - Proda Dra./ Orientadora- MAG- Centro de Ciência Tecnologia- CCT- UECE
INTRODUÇÃO:
Este trabalho se constitui por meio do estudo sobre os centros culturais e sociais urbanos situados na cidade de Fortaleza, no Ceará, que são mantidos através de políticas públicas culturais e sociais voltadas para os jovens, seja com verbas municipais como é caso do Centro Urbano de Cultura, Artes, Ciência e Esporte - CUCA seja com verbas federais no caso dos Centros Sociais Urbanos - CSUs. Para esta pesquisa procurou-se perceber como se dá o acesso à cultura e a sua disseminação por esses centros, e quais são os rebatimentos sociais decorrentes dos projetos culturais elaborados para a população jovem dos locais onde estão inseridos. Discutimos também como se dá a formação histórica da cidade, e as suas transformações em "performances" que remodelam o seu desenho urbano, mostrando assim que a criação de ambiente ou equipamento pode mudar ou não o espaço urbano aonde é construído esses empreendimentos culturais e/ ou sociais, assim colaborar mostrando a cultura local e a promoção da mesma.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho consistiu em compreender o papel dos Centros Culturais urbanos no contexto da democratização e do Direito à Cidade para os jovens, bem como a relação que estabelecem com o espaço urbano.
MÉTODOS:
Para a execução da pesquisa, que se encontra em fase inicial, analisou-se os documentos que retratam como foram edificados e constituídos esses centros estabelecendo-se o seu raio de ação em bairros, com intuito de traçarmos o perfil dos usuários dos CSUs e CUCA, além de levantamentos bibliográficos em artigos de jornais, revistas, sites e outros meios. Realizamos, ainda, análises por meio de observação participante e entrevistas, em campo, nos CSUs e CUCA, além da coleta e depoimentos dos moradores que vivem nas proximidades destes centros, principalmente de pessoas que trabalham e frequentaram os centros sociais e/ou culturais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Entendemos, assim que quando estes centros são construídos mudam, de certo modo, a dinâmica do local onde estão inseridos, mas que algumas vezes, como é o caso do CUCA Che Guevara, percebemos que o mesmo estando localizado em um bairro periférico da capital cearense, é frequentado muito mais por pessoas com poder aquisitivo mais alto e que moram e bairro mais afastando e abastados, e isso se ocorre devido aos cursos que são ofertados, que seriam antemão destinados para a população mais carente, mas que na atendem a suas necessidades, ficando mais próximos da realidade e interesses de jovens universitários de classe média e alta ligados de alguma forma com as sugestões de formação dos cursos como: assistir e debater filmes do Jean-Luc Godard. Até a proposta paisagística e estrutural do centro difere totalmente do seu entorno que é uma área periférica do litoral; onde sobressaem na paisagem barracas de praia precarizadas, motéis e também prostituição, causando certo estranhamento por parte da população residente nas imediações próximo ao centro.
CONCLUSÕES:
Como considerações finais preliminares constatam-se que, não obstante as disparidades sócio-econômicas como a concentração de renda e de poder que interferem na formação e atuação dos jovens na sociedade brasileira, a criação destes centros vem como proposta para amenizar as carências e as práticas culturais como forma possibilitar o acesso dos jovens, que vivem na periferia da metrópole Fortaleza, mas que muitas vezes não estão conseguindo atingir essa demanda.
Palavras-chave: Centros culturais, Políticas públicas, Juventude.