65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
COLEÇÃO DE FUNGOS ANEMÓFILOS NO LABORATÓRIO DA ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DE IPOJUCA (EREMI) DEMONSTRANDO A IMPORTÂNCIA DE AULAS PRÁTICAS
Amanda Dias de Araújo Uchôa - Depto. de Bioquimica – UFPE
Hianna Arely Milca Fagundes Silva - Depto. de Bioquimica – UFPE
Aline de Paula Caetano Pereira - Depto. de Ciências Biológicas
Camila dos Santos silva - Depto. de Bioquimica – UFPE
Fabíola Telles Silva de Souza - Professora de Biologia - EREMI
Phelipe Manoel Oller Costa - Depto. Micologia - UFPE
INTRODUÇÃO:
Os fungos anemófilos são aqueles que se dispersam pelo ar atmosférico e tem importância em alergias no homem e como agentes deteriorantes de diversos materiais. O projeto de criação de uma coleção de fungos anemófilos no laboratório da escola de Referencia em Ensino Médio de Ipojuca (EREMI) analisou o conceito de aulas práticas de micologia para os alunos do 1° ano do ensino médio, a aceitação e as impressões pessoais dos mesmos em relação a estas aulas na disciplina. As aulas práticas ajudam no desenvolvimento de conceitos científicos, além de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos (LUNETTA, 1991). Segundo HODSON (1998) as aulas práticas no ambiente de laboratório podem despertar curiosidade e, conseqüentemente, o interesse do aluno, visto que a estrutura da mesma pode facilitar, entre outros fatores, a observação de fenômenos estudados em aulas teóricas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Visou demonstrar a importancia de aulas práticas, além de possibilitar materiais para aulas de micologia, melhorando à qualidade do ensino, o entendimento e aceitação do conteúdo, principalmente se tratando de seres microscópicos.
MÉTODOS:
O projeto foi desenvolvido com o 1º ano do ensino médio do EREMI. Foram expostas 10 placas de Petri em locais diferente contendo ágar Sabouraud com Cloranfenicol por aproximadamente quinze minutos a uma altura de 1m e 20 cm de altura de acordo com Gambale et al. (1993). Após a exposição, as placas foram mantidas por oito dias no laboratório da escola. O crescimento dos fungos foi acompanhado junto com os alunos do 1° ano, onde eles tiveram a oportunidade de vê macroscopicamente o crescimento da cultura, o que gerou curiosidade e entusiasmo sobre o assunto. Após este período as placas foram levadas ao laboratório de Controle Biológico do Departamento de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco, sendo iniciada a classificação. A identificação foi feita pelos seguintes métodos (LACAZ, et al., 2002 e NEUFELD, et al., 1999): Microscopia direta da colônia na placa; Técnica da colônia gigante; Técnica do retalhamento; Técnica do microcultivo. Após a identificação as lâminas permanentes foram preparadas. Onde depois foram levadas para a escola e visualizadas ao microscópio óptico no laboratório do EREMI junto com os alunos do 1º ano, em seguida foi feita uma organização das lâminas para que durante as aulas práticas fossem visualizadas por todos os alunos da escola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram identificados os gêneros Aspergillus, Penicillium, Cladosporium, Fusarium e outros com menor incidência. Os resultados demonstram que os alunos gostam desse tipo de aula e se sentem motivados quando a mesma é proposta, principalmente quando elas ocorrem no laboratório e, desse modo, o desenvolvimento dessas aulas pode ser uma importante ferramenta no ensino de ciências para os alunos. Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar consequentemente, discussões durante as aulas fazendo com que os alunos, além de exporem suas idéias, aprendam a respeitar as opiniões de seus colegas de sala.
CONCLUSÕES:
Através desse projeto foi bastante perceptivo que os alunos conseguem compreender melhor o assunto quando são estimulados por aulas práticas que envolva a participação dos mesmos. O que nos faz refletir sobre a necessidade de se repensar sobre a importância do reforço dessas aulas, principalmente quando abordam seres microscópicos, tornando-se um estudo fragmentado e descontextualizado, que não os empolgados com o assunto, nem mesmo conseguem tirar deles suas dúvidas e seu modo de pensar sobre o assunto em estudo e que envolve uma gama de conceitos que estão atomizados e sem significado algum em sua vida cotidiana.
Palavras-chave: Micologia, Seres Microscópicos, Prática escolar.