65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Silvicultura
IMPLANTAÇÃO DE MATA CILIAR DO RIO JIQUIRIÇÁ NA ÁREA DO IF BAIANO CAMPUS SANTA INÊS
Raquelice Jesus Cardoso dos santos - Estudante da 3ª série do ensino médio integrado ao curso técnico em Agropecuária
Pierre Emanuel de Freitas - Estudante da 2ª série do ensino médio integrado ao curso técnico em Agropecuária
Josevaldo dos Reis Rozendo - Estudante da 2ª série do ensino médio integrado ao curso técnico em Agropecuária
Jovan de Jesus - Professor Doutor em Agronomia no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnol
INTRODUÇÃO:
A mata ciliar é toda vegetação nativa que se desenvolve ao redor das margens dos corpos hídricos, sendo um fator essencial na preservação dos mesmos, pois atua como barreira natural aos processos degradantes, tanto que é considerada uma APP (área de preservação permanente).
A área drenada do rio Jiquiriçá e seus afluentes formam a sub-bacia do rio Jiquiriçá, a qual abrange total ou parcialmente vinte e cinco municípios e se tratando das áreas de mata ciliar correspondente a essas localidades destacou-se a do IF Baiano Campus Santa Inês.
Infelizmente a área de mata ciliar do rio Jiquiriçá no Campus Santa Inês encontra-se em um estado de decadência. Afirmamos isso por meio de visualizações que fizemos na referida área.
Em um levantamento feito pelo ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – seção BAHIA 2001), constatou-se que o desmatamento e a carência de saneamento básico são os problemas ambientais mais relevantes para o conjunto da sub-bacia.
Atualmente a área do rio Jiquiriçá no IF Baiano Campus Santa Inês se encontra com vegetação nativa escassa e em muitos pontos sem vegetação, é rara a quantidade de plantas naturais, ou seja, a biodiversidade nativa esta praticamente em extinção.
Sendo assim, é necessário recuperar a área de mata ciliar do rio Jiquiriçá para que com esse simples ato possamos assegurar a proteção dos recursos hídricos, assim como a citação de BAHIA (2007) “devolver a biodiversidade natural e aumentá-la”.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Implantar e recompor a mata ciliar do rio Jiquiriçá na área do IF Baiano Campus Santa Inês, para servir de referência aos trabalhos de recuperação das demais áreas de mata ciliar do referido rio.
MÉTODOS:
 Realizar uma avaliação detalhada da área a ser recuperada;
 Identificação de espécies remanescentes de mata ciliar, coleta, seleção de sementes e produção de mudas;
 Limpeza da área, combate as formigas e marcação das áreas de plantio (Implantação de ilhas vegetativas (MARTINS, 2001));
 Marcação e abertura de covas;
 Plantio de mudas e replantio se necessário;
 Realizar manutenções (roçagem, coroamento, combate as formigas);
 Divulgações do projeto: palestras, participações em eventos, visitas e stand;
 Palestras a serem realizadas nas escolas e colégios do município de Santa Inês, sobre a natureza e a importância da recuperação e preservação, buscando incentivar alunos, professores e funcionários a participarem da recuperação e preservação de mata ciliar;
 Orientação sobre matas ciliares e distribuição de mudas em visitas ás propriedades rurais ao redor do Campus Santa Inês;
 Será montado stand na feira livre da cidade de Santa Inês-Ba, com o intuito de informar à comunidade sobre o projeto de implantação da mata ciliar, distribuir mudas de espécies nativas da região, assim como orientar os agricultores e interessados sobre produção de mudas em suas propriedades.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Realizamos um levantamento sobre as espécies remanescentes na área de mata ciliar do Campus Santa Inês a ser recuperada, com a participação da professora Rosineide Braz, Doutora em Botânica, encontramos espécies de nomes populares tais como: Ingá, Camunzé, Araçá, Pau-ferro, Braúna, Mulungu, e Aroeira Pimenteira.
Foi feita a marcação das áreas destinadas à implantação das mudas. Realizamos o plantio de 100 mudas de árvores, em uma área de 20m X 20m, em uma dessas áreas (ilhas vegetativas) no dia 04 de março de 2012.
Após o plantio das mudas não foi possível realizar as atividades, devido a uma série de fatores tais como: calendário escolar, mão-de-obra, questões climáticas.
Em 2012 apresentamos o projeto em eventos como: FEMMIC (Feira dos Municípios e Mostra de Iniciação Cientifica) em Catu-BA de 24 a 26 de setembro, 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia, na Faculdade de Medicina da UFBA, ocorrido ente 27 e 30 de novembro e I FECITEC (I Feira de Ciências e Tecnologia) entre 03 e 04 de dezembro, no campus de Senhor do Bonfim-BA. Durante essas participações nos eventos recebemos elogios que nos motivaram a continuar com o projeto.
Em janeiro de 2013, uma das estudantes que participam do projeto foi entrevistada na rádio Interativa FM de Mutuípe - BA, onde a partir daí o projeto passou a ser conhecido no Vale do Jiqiriçá.
Mesmo enfrentando obstáculos, ainda estamos planejando as ações práticas e verificando parcerias nas cidades vizinhas ao campus.
CONCLUSÕES:
Apesar dos atrasos ocorridos conseguimos alguns resultados tais como: avaliação da área, coleta e seleção de sementes, propagação de mudas, marcação e implantação de uma das ilhas vegetativas, divulgação no I Seminário de Iniciação Cientifica com o tema Globalização e Desenvolvimento Sustentável no campus Santa Inês em 2011, apoio voluntario de alguns estudantes nas atividades, divulgação no colégio Góes Calmon no dia da árvore em 2011, divulgação na FEMMIC 2012, no 3ª Encontro de Jovens Cientistas da Bahia - Faculdade de Medicina da UFBA, na FEICITEC (Feira de Ciência e Tecnologia, no campus de Senhor do Bonfim, parceria com o projeto de Recuperação de áreas degradadas no IF Baiano Campus Santa Inês, entrevista a rádio Interativa FM e estamos tentando levar o mesmo projeto para a cidade de Jiquiriçá-BA.
Podemos concluir que mesmo não encerrando todas as atividades do projeto, seguimos com o mesmo, visando sua realização total e também continuá-lo futuramente em outras cidades do Vale do Jiquiriçá, em que é necessário o desenvolvimento de propostas ambientais como essa.
Palavras-chave: Implantação, Biodiversidade, Mata ciliar.