65ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 13. Engenharia Sanitária
TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO EM TANQUE SÉPTICO SEGUIDO DE SUMIDOURO
Michele Laurentino de Oliveira - Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental, UEPB
Israel Nunes Henrique - Pesquisador – Bolsista PNPD/CNPq
Yasmin Byanque de Melo Vieira - Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental, UEPB
Fábio Fabrício de Sousa Cavalcante - Graduado em Ciência Biológicas, Bolsista ATP-B/FINEP, UEPB
Joseilda de Souza Barros - Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental, Bolsista ATP-B/FINEP,UEPB
José Tavares de Sousa - Orientador - Prof. Dr. Dept. Engenharia Sanitária e Ambiental, UEPB
INTRODUÇÃO:
Com a evidente e crescente conscientização da população sobre a importância da preservação dos recursos hídricos, tem reforçado a seriedade de tratamento das águas residuárias produzidas pela população, como por exemplo, os esgotos domésticos. O tratamento de esgoto doméstico se faz necessário, quando se busca, notadamente, proteger o meio ambiente em que vivemos, e principalmente, quando se busca eliminar constituintes que supostamente prejudicam a qualidade de vida da população, os recursos hídricos e o solo. O tratamento anaeróbio se mostra bastante atrativo, devido sua simplicidade e seu baixo custo de construção e operação.
OBJETIVO DO TRABALHO:
A solução individual para o tratamento localizado de esgoto doméstico apresentada neste trabalho comporta um sistema anaeróbio constituído de tanque séptico seguido de um sumidouro, com a finalidade de remover matéria orgânica (DQO) e sólidos em suspensão (SS).
MÉTODOS:
O sistema experimental foi construído, instalado e monitorado na Estação Experimental de Tratamento Biológico de Esgotos Sanitários (EXTRABES), localizado na cidade de Campina Grande – PB, em área pertencente a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A unidade experimental consistia em tanque séptico seguido de sumidouro, ambos construídos em alvenaria. O tanque séptico obtinha as seguintes dimensões: 0,2m de comprimento, 0,7m de largura e 0,15m de altura, e operou com capacidade volumétrica útil de 1,5m³, tratando esgoto doméstico com vazão de 270 L/dia. O sumidouro apresentava as seguintes dimensões: 0,1m de comprimento, 0,24m de largura e 0,1m de altura. A disposição final no sumidouro ocorreu de forma intermitente, sendo dividido em 3 doses diárias de 90 L, controlada por temporizadores. Os parâmetros monitorados foram pH, nitrogênio, DQO e frações de sólidos. As metodologias de análises seguiram recomendações do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, APHA (1998).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O efluente do tanque séptico e sumidouro mantiveram valores médios de pH em torno de 7,44 e 6,71, respectivamente. A eficiência de remoção de DQOtotal foi de 55% no tanque séptico e 73% no efluente final do sumidouro. A eficiência de remoção de DQOfiltrada encontrada para o tanque séptico e sumidouro foi de 32 e 55%, respectivamente. A remoção de Sólidos Suspensos Totais (SST) e Voláteis (SSV) no tanque séptico se mostrou bastante eficiente, removendo cerca de 87% em ambos parâmetros, contudo, a investigação no sumidouro apresentou remoção final de SST e SSV de 90 e 94%, respectivamente. A disposição final investigada por meio de sumidouro apresentou um efluente com remoções de Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK) de 49%, e apresentando considerável remoção de nitrogênio amoniacal (51%).
CONCLUSÕES:
A utilização do sistema Tanque Séptico seguido de Sumidouro é uma boa alternativa para o tratamento de esgotos domésticos de forma descentralizada, destacando-se a considerável remoção de matéria orgânica e principalmente de sólidos em suspensão. Esta tecnologia contribui na preservação do meio ambiente, pois fornece tratamento de ao esgoto domiciliar, fazendo com que o mesmo possa ser reaproveitado ou tenha um destino final adequado.
Palavras-chave: Tratamento anaeróbio, Tanque Séptico, Sumidouro.