65ª Reunião Anual da SBPC
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Linguística - 5. Teoria e Análise Linguística
Tupinambá do século XVII e Língua Geral Amazônica do século XIX. Comparando traduções
Gabriel Barros V. de Oliveira - Depart. de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Il, UnB
Iana Lopes da Cruz Pereira Borges - Depart. de Línguas Estrangeiras e Tradução, Il, UnB
Ana Suelly Arruda Câmara Cabral - Laboratório de Línguas Indígenas, Il, UnB/PQ-CNPQ
INTRODUÇÃO:
Neste trabalho apresentamos uma análise contrastiva dos dados da Língua Geral Amazônica (LGA) falada no Baixo Amazonas - Ereré, Trombetas, Mamiá e Paranaquára, na região de Breves e na ilha do Marajó -, coletados por Charles Frederik Hartt, em 1870 e 1972, com dados do Tupinambá coletados nos estados do Rio de Janeiro e de São Vicente, no séc XVIII.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Nosso objetivo principal é contribuir para a discussão sobre problemas de tradução das línguas indígenas do Brasil. A comparação também se voltará para as mudanças ocorridas nessas variedades da LGA tendo como referência o Tupinambá e outras variedades da LGA faladas em outras regiões do Amazonas.
MÉTODOS:
Por meio de uma análise contrastiva, são analisados aspectos das traduções feitas das palavras e trechos dos textos da LGA para a língua Inglêsa e para o Português. São identificadas singularidades fonológicas das LGA registrada por Frederick Hartt, em comparação com o Tupinambá e as outras variedades da LGA documentadas por falantes nativos do Protuguês
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Tratamos de traduções feita por tradutor de língua inglesa e de traduções por tradutores de língua Portuguesa. Discutimos questões relativas à tradução de línguas indígenas brasileiras, com base no estudo de BERMAN (1995), "Pour une critique des traductions".
CONCLUSÕES:
Conclui-se que as traduções feitas da LGA para o Inglês diferem em vários aspectos das traduções para o Português, dadas escolhas dos respectivos tradutores, de forma que aspectos culturais da LGA fossem compreendidos pelos falantes das respectivas línguas para as quais os dados forma traduzidos. Constatamos traços conservadores da LGA documentada por Hartt. Constatamos também perdas de significado cultural nas traduções para as duas línguas, o que constitui um problema sério mais gerais das traduções das línguas indígenas para o Português, tanto por linguistas quanto por antropólogos.
Palavras-chave: Língua Geral Amazônica, Tuinambá, Problemas de tradução.