65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
INCIDÊNCIA ANUAL DE MALÁRIA NO ESTADO DO MARANHÃO: ANÁLISE DO DECÊNIO 2001-2011.
Gisele Pereira Nunes - Depto de Enfermagem – UFMA
Tayana Cristina Rocha Tenterrara - Depto de Enfermagem – UFMA
Gilson Adms Silva Sousa - Depto de Enfermagem – UFMA
Carlos Eduardo Campos Figueirêdo - Depto de Enfermagem – UFMA
INTRODUÇÃO:
A Malária é uma doença infecciosa grave causada por parasitas protozoários do gênero Plasmodium, através de protozoários desse gênero: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. Somente os três primeiros protozoários estão presentes e causam malária no Brasil, sendo a espécie P. vivax a mais frequente. São transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos do gênero Anopheles, que, em condições naturais, é geralmente a fêmea. E de acordo com o Portal Saúde, que presta orientação aos viajantes, especialmente a quem pretende ir para região amazônica, a doença também pode ser adquirida através de transfusão de sangue infectado, transplante de órgãos, uso compartilhado de seringas e, mais raro ainda, por via congênita. Manifesta-se através de alguns sintomas que podem aparecer isoladamente ou em conjunto, tais como calafrios, tremores, sudorese, dor de cabeça, dores no corpo. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil 99,9% da transmissão da malária concentra-se na Região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar a incidência anual de malária no Estado do Maranhão entre os anos 2001 e 2011, destacando as estratégias que foram usadas no controle da doença.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo analítico-descritivo, pois de acordo com Pereira (1995), os estudos analíticos estão usualmente subordinados a uma ou mais questões científicas, as “hipóteses”, que relacionam eventos, e os estudos descritivos objetivam informar sobre a distribuição de um evento, na população, em termos quantitativos, eles podem ser de incidência ou prevalência. Pretendeu-se mostrar, através de dados comparativos, os resultados do controle da malária no Estado do Maranhão e sua incidência. Esta pesquisa foi composta por levantamento bibliográfico, levantamento de dados populacionais e incidência da doença no período de 2001 a 2011, bem como suas respectivas tabulações para uma devida análise comparativa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Observou-se na pesquisa que o Maranhão segue o exemplo dos outros estados, aonde vem havendo uma queda na incidência dos casos, o que pode ser visualizado através de dados que constam no balanço epidemiológico do Ministério da Saúde. De acordo com as estatísticas do DATASUS, em 2001 o números de casos foi de 39.507, com um Índice Parasitário Anual (IPA) de 6,89, em 2002 foram 16.000 casos, com um IPA de 2,76, em 2003 o número diminui ainda mais, foram 9.513, com IPA de 1,62. E assim vem ocorrendo uma diminuição gradativa nos casos de malária no estado. Em 2011, por exemplo, registrou-se uma queda de mais de 40% em relação a 2010, em números exatos foram 2.346 casos contra 1.305. O diagnóstico rápido e o tratamento imediato com ações de controle vetorial são as principais causas da redução dos números de casos da doença no Maranhão. A Secretaria de Estado da Saúde informou que no ano de 2010 foram realizadas atividades como controle de qualidade do diagnóstico da malária e outras endemias; monitoramento do diagnóstico das unidades regionais de saúde; assessoramento, monitoramento, avaliação das ações, capacitação e atividades afins; distribuição de equipamentos e materiais para notificação e coleta de material para exame microscópico; além de estudos entomológicos.
CONCLUSÕES:
Foi possível observar que ainda há uma grande incidência de casos de malária no Estado do Maranhão, no entanto observa-se uma queda constante nos percentuais, pois o Maranhão vem apresentando um número de casos em ordem decrescente e no comparativo com outros estados está numa boa posição, haja vista todos os dados oficiais divulgados. É o único estado da Amazônia Legal que não tem município com alto risco de transmissão da malária e vem mantendo o controle sustentado. Uma análise da incidência da malária no último decênio ajuda, não só a entender em termos estatísticos, mas em termos estratégicos o que está sendo feito para mudar o cenário desta doença no Maranhão e o que poderá ou deverá ser feito para que as metas do controle desta endemia sejam alcançadas.
Palavras-chave: Análise, Incidência, Malária.