65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
UMA ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA DO USO DO PORTAL UNIVERSITÁRIO NO CURSO DE LETRAS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
José Nildo Barbosa de Melo Junior - CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
Manoel Coelho da Cruz - CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
Maria Luzimar Fernandes - CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
INTRODUÇÃO:
Este trabalho compõe um estudo sobre o uso do Portal Universitário como suporte pedagógico no Curso de Letras do Centro Universitário CESMAC, levando em consideração os entraves que dificultam o uso efetivo do Portal por parte de professor e aluno, a frequência e o modo com que ambos utilizam a ferramenta, ponderando o domínio que estes têm sobre as novas tecnologias.
O sucesso do emprego das tecnologias da informação e comunicação, para o acesso ao conhecimento e desenvolvimento de habilidades educacionais depende de como a prática pedagógica é conduzida. Conforme Oliveira & Fumes (2008, p. 57) o uso das TIC na educação superior facilita a troca de informações entre professores e alunos, e abre o debate sobre os meios de utilização e implementação dessas ferramentas como auxiliares do trabalho docente, já que são inúmeras as possibilidades de sua aplicação pedagógica.
A relevância desta pesquisa reside no fato de que tão importante ferramenta institucional ainda não tenha merecido um estudo mais acurado a respeito do seu uso. Desse modo, com base no referencial teórico utilizado, é possível que a abordagem aqui proposta seja inovadora, já que não se tem notícia de trabalho de iniciação científica semelhante no âmbito do Centro Universitário CESMAC.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Refletir sobre o uso do Portal Universitário como suporte pedagógico no Curso de Letras do Centro Universitário CESMAC.
MÉTODOS:
Neste trabalho foi utilizada a metodologia do estudo de caso com abordagem predominantemente qualitativa, baseando-se nos princípios de Bogdan & Biklen (1982) e André (1995), os quais defendem os estudos em processo, sem desprezar, no entanto, dados numéricos como forma de complementação da análise.
Foram combinados métodos de coleta de dados, os quais envolveram questionários, conversas informais e pesquisa no Portal. Na fase exploratória, foram contactados alunos e professores do Curso de Letras, para sensibilização da pesquisa. Posteriormente, foi aplicado questionário aos alunos do 1º, 4º e 7º períodos e, em seguida, aos professores do Curso. O referido instrumento foi dividido em três partes, objetivando coletar dados dos informantes referentes à formação, experiência com computador e com internet e ao uso do Portal.
Para depuração dos dados coletados foi feita uma análise prévia das informações colhidas, a fim de organizar e sistematizar as ideias, de modo a nortear a interpretação. O segundo passo consistiu na exploração dos dados “brutos”. Em seguida, passou-se à interpretação desses dados.
Finalmente, em um arquivo Word específico, foram descritas as situações, estabelecendo pontos de aproximação e distanciamento, de modo a revelar os seus múltiplos significados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
No tocante à formação do aluno, fica evidenciado que alguma disciplina no Curso de Letras tratou do uso da tecnologia na educação. O mesmo não ocorreu em relação ao professor, uma vez que cerca de 80% dos docentes concluíram os seus cursos há mais de vinte anos.
Quanto à experiência do aluno com computador e com internet, a maior parte dos informantes do 4º e 7º períodos disse ser regular, enquanto a informação do 1º período se coaduna com a dos professores: é ótima a experiência com ambos. É importante destacar que alunos do 1º e 4º períodos, 9% e 5%, respectivamente, entendem como ruim a experiência com essas mídias. Tal situação, possivelmente, reflete no uso do Portal, já que a maioria afirma ser regular a experiência com essas ferramentas.
Sobre a frequência com que acessa o Portal, a maior parte do conjunto dos alunos (30%) disse acessar, geralmente, no período de verificação de notas e faltas. Esse percentual deve-se aos informantes dos períodos mais avançados, já que os discentes do primeiro período disseram acessar o Portal uma vez, diariamente.
As opções acessar o ambiente uma vez, diariamente, e no período de lançamento de notas e faltas representam, respectivamente, 11% e 10% nas informações dos professores. Isso revela uma boa frequência dos docentes no ambiente.
CONCLUSÕES:
No tocante à formação, constatou-se que a maior parte dos professores não viu, na graduação, disciplina que tratasse do uso das tecnologias na educação. Comprovou-se, também, que a maioria dos alunos acessa o Portal tão somente no período de lançamento de notas e faltas. Ao contrário, os professores têm acesso frequente, embora para a realização de atividades, na maioria das vezes, solitárias, a exemplo da atualização e manutenção da caderneta eletrônica.
Um forte ponto de distanciamento entre alunos e professores pôde ser observado em relação à contribuição do Portal para o processo ensino-aprendizagem: a maioria diz que o ambiente não contribui, efetivamente, para a melhoria desse processo.
A aceitabilidade do Portal vai além da boa vontade dos usuários. Passa pela conscientização sobre o papel das tecnologias na educação, pelo treinamento adequado destes para o uso efetivo das ferramentas disponíveis, pelos recursos materiais e humanos que dão sustentação ao ambiente.
Com base nas discussões, é possível apontar sugestões para uma reflexão sobre o Uso do Portal Universitário: treinamento para professores e alunos ingressantes; realização de oficinas e palestras; substituição de equipamentos dos laboratórios periodicamente; utilização das ferramentas para avaliação formativa.
Palavras-chave: Aprendizagem, Educação, Tecnologias.