65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
PRODUÇÃO COMERCIAL DA ALFACE (Lactuca sativa L.) SOB DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA
Maria Salete Patriarca de Macêdo - Depto.de Agronomia, CCAA/UFMA, Chapadinha / MA
Maryzélia Furtado de Farias - Profa. Dra./Orientadora - Depto. de Agronomia - CCAA/UFMA
Kamila Cunha de Meneses - Depto.de Agronomia - CCAA/UFMA
Railson Mendes Dias - Depto.de Agronomia - CCAA/UFMA
Francisco Alves Soares - Depto.de Agronomia - CCAA/UFMA
Raimundo Alves dos Santos Filho - Depto.de Agronomia - CCAA/UFMA
INTRODUÇÃO:
Dentre as hortaliças folhosas, a alface é considerada a mais importante na alimentação dos brasileiros, sendo a sexta em importância econômica e oitava em termos de produção (OLIVEIRA et al., 2005). No Maranhão a produção da alface é baixa, não atendendo a demanda interna de consumo, havendo necessidade de importação de outros Estados produtores. Dentre os fatores associados estão o baixo nível tecnológico, temperatura e luminosidade alta para esta cultura e a utilização das técnicas de cultivo de outras regiões. Dentre os nutrientes limitantes a produção da alface o nitrogênio (N) merece atenção especial, pois, a quantidade de nitrogênio no solo não supre a demanda exigida pelas culturas sem adição do mesmo, isto é, há necessidade do uso de fertilizantes nitrogenados em doses adequadas para obtenção de plantas com qualidade nutricional, vigorosas e de boa aparência para aceitação comercial. Apesar da grande importância que adubação nitrogenada representa para esta hortaliça, não há recomendação precisa de adubação para cada cultivar, nos mais distintos ambientes de produção, evidenciando a necessidade de novas pesquisas, envolvendo cultivares mais usada pelos produtores na região a ser considerada.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito do nitrogênio na produção comercial da alface cultivada em ambiente protegido e submetida a diferentes doses de adubação nitrogenada mineral em cobertura.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada a 3°44’16”S; 43°18’98”W, no CCAA/ UFMA do município de Chapadinha-MA. Utilizou-se semente de alface crespa, cultivar Cristina. As mudas foram produzidas em bandeja de isopor de 128 células com substrato comercial e transplantadas aos 30 dias após semeadura para vasos contendo 4 dm3 de solo. Os tratamentos foram T1-00; T2-60; T3-120; T4-180 e T5-240 Kg/ha de N em adubação de cobertura. Utilizou-se uréia como fonte de N aplicada aos 10, 20 e 30 dias após transplante (DAT) em 40%, 30% e 30%, respectivamente, da dose total de N em avaliação. Foi utilizado o DIC, com 5 repetições. Na adubação de plantio, realizada um (DATM), foram utilizados 88,9 Kg/ha de uréia (45% N), 888,9 Kg/ha superfosfato triplo (45% P2O5) e 250 Kg/ha de KCl (60% K2O). Os tratos culturais e as irrigações foram feitas de acordo com as necessidades da cultura. Aos 40 DAT foi avaliada a produção comercial (PC), massa fresca das folhas (MFF), massa seca das folhas (MSF) e número de folhas por planta (NFP). Os resultados obtidos foram analisados por método não paramétrico, método de Kruskal-Wallis, após verificado a heterocedasticidade e anormalidade dos desvios padrão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Avaliando a PC, MFF e MSF, observou-se que, nas condições do experimento, os tratamentos T3 e T5 obtiveram os maiores resultados sem diferença estatística entre si. Pois o aumento da dose de 120 para 240 kg/ha de N em adubação de cobertura correspondeu a 100%, mas esse aumento não duplicou a PC, que foi aumentada em apenas 21,29%. O tratamento T5obteve o dobro de folha em relação ao T1, essa diferença demonstra a necessidade da adubação nitrogenada na formação da parte aérea da planta. Tais resultados podem ter sido influenciados pela temperatura acima da ótima para a cultura da alface. Pois, durante o período de condução deste experimento a temperatura média foi de 28°C. A baixa produção observada neste experimento provavelmente ocorreu devido às condições de temperatura e luminosidade elevadas no local, para a cultivar utilizada. Já que a disponibilidade de nutrientes na solução do solo para as plantas é afetada pela temperatura.
CONCLUSÕES:
Nas condições em que o experimento foi realizado, os resultados obtidos permitem recomendar o tratamento T3(120 Kg/ha de N) para a adubação de cobertura em adição à de plantio na cultura da alface, por ter promovido resultados semelhantes às doses maiores para a produção comercial. Doses maiores de N não refletem em ganho de produção.
Palavras-chave: Hortaliça, Cultivo da alface em vaso, Ambiente protegido.