65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 3. Química Analítica
DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA DO SORO DO LEITE PASTEURIZADO E UHT Ultra-High-Temperature EMPREGANDO ANÁLISE EM FLUXO
Rubervania Santos de Oliveira - Depto. de Química e Biologia - UEMA
Felipe Machado Nunes - Depto. de Química e Biologia - UEMA
Maria de Fátima Castro Oliveira - Depto. de Química e Biologia - UEMA
Diego Pereira Santos - Depto. de Química e Biologia - UEMA
Elizabeth Nunes Fernandes - Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Química e Biologia - UEMA
INTRODUÇÃO:
Ao longo do tempo, o leite tornou-se um alimento básico da dieta humana, sendo considerado um dos alimentos mais nobres, dada sua composição peculiar, rica em proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais, aminoácidos essenciais e vitaminas, podendo ser utilizado na forma in natura, e também servir como matéria-prima para a produção de diversos outros produtos, como queijos, iogurtes e manteiga. As proteínas do leite estão dissolvidas no soro do leite e representam cerca de 20% do nitrogênio proteico do leite. Entre as técnicas de sanidade do leite estão a pasteurização e UHT Ultra-High-Temperature que visam a eliminação de patógenos e outros microrganismos. O Sistema de Análises em Fluxo têm sido empregado especialmente para mecanizar procedimentos analíticos, minimizar a intervenção do analista, aumentar o número de amostras processadas por unidade de tempo e melhorar a precisão.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar o teor de proteína no soro de amostras de leite submetidas a diferentes formas de tratamento térmico empregando a técnica de análise em fluxo.
MÉTODOS:
As amostras de leite foram adquiridas no comércio de Imperatriz-MA, sendo escolhidos quatro tipos de leites pasteurizados e UHT para a obtenção do soro. Realizou-se a obtenção do soro de leite assim com o procedimento para a determinação de proteína total como recomendado na literatura. Amostras de soro do leite foram preparadas a partir de 200 mL de leite bovino aquecido a 45ºC, aos quais se adicionou 10,0 mL de ácido acético P.A., para precipitação total da caseína. Após filtração da caseína em papel de filtro, centrifugou-se o soro a 6000 rpm por 30 min, utilizando-se o mesmo para a determinação de proteína. Empregou-se um módulo de análise em fluxo para todos os experimentos de otimização do sistema realizados, empregando ao métod do Biureto. Buscando-se as melhores condições operacionais para o sistema, realizou-se testes nos quais se empregou albumina bovina 0,4; 0,6 e 1% como solução de referência e água destilada como solução transportadora. As melhores condições operacionais do sistema baseando-se foram definidas a partir da magnitude do sinal analítico nos estudo do efeito das variações da vazão, do comprimento da alça de amostragem e da variação da bobina de reação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Após a otimização das condições experimentais do sistema de análise em fluxo, obteve-se a curva analítica na faixa de 2 a 10 g L-1, apresentando comportamento linear: y = 0,178 + 0,0189x ( R =0,997), onde y corresponde ao sinal analítico: absorbância em 540nm; e x, concentração de proteína em g L-1. Os resultados apresentaram teores que variaram de 0,3 a 0,9 g L-1 de proteína. Os resultados revelaram uma discrepância no teor de proteína entre as amostras de UHT, de diferentes marcas comerciais. Já para as amostras de leite pasteurizado não foi observada diferença significativa entre os resultados apresentados. Os resultados obtidos com o sistema em fluxo foram comparados com o método manual e aplicado o teste t-Student com múltiplas amostras e não apresentaram diferença significativa em nível de 95 % de confiança (t-tab. = 2,353, t-calc. = 2,3314) e três graus de liberdade.
CONCLUSÕES:
O presente trabalho revelou importantes resultados durante o estudo avaliando o teor proteico do soro de leite pasteurizado e UHT. O sistema de injeção em fluxo apresentou considerável desempenho analítico e alta precisão, aliado as vantagens, tais como: maior velocidade, simplicidade, versatilidade, bem como uma maior facilidade na montagem e operação do sistema, proporcionando também um menor consumo de amostra e reagentes.Os resultados dos teores de proteína obtidos pelo método proposto foi validado pelo método manual após a aplicação do teste t –Student, não apresentando diferença significativa em nível de confiança a 95% .
Palavras-chave: Teor proteico, Métodos de conservação, Método do Biureto.