65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
CRESCIMENTO AEREO E RADICULAR DO FEIJÃO-GUANDU EM FUNÇÃO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO
Aline Bernardo Queiroz - Aluna do Curso Superior de Tecnologia em Agronegócio – IFTO/ Campus Palmas
Edvaldo Vieira Pacheco Sant´Ana - Prof. Dr./Orientador – Coord. da Área de Recursos Naturais – IFTO/ Campus Palmas
Albert Lennon Lima Martins - Graduando em Engenharia Agronômica da UNITINS
Vanessa Pereira Silva - Aluna do Curso Técnico em Gestão do Agronegócio do EMI – IFTO/ Campus
Marcones Lima de Bessa - Aluno do Curso Técnico em Gestão do Agronegócio do EMI – IFTO/ Campus Palmas
Eduardo Alves da Silva - Aluno do Curso Técnico em Gestão do Agronegócio do EMI – IFTO/ Campus Palmas
INTRODUÇÃO:
Os sistemas de preparo do solo devem oferecer condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das culturas. No entanto, dependendo do solo, do clima, da cultura e de seu manejo, eles podem promover a degradação da qualidade física do solo, com restrições ao crescimento radicular (ALVARENGA et. al., 1987; SILVA & ROSOLEM, 2001). A compactação produzida na superfície do solo dificulta o desenvolvimento das raízes das plantas, o que resulta em dificuldades na absorção de água e nutrientes (NOGUEIRA & MANFREDI, 1983). De acordo com MIELNICZUK et al. (1985); e CASTRO & LOMBARDI NETO (1992), a resistência mecânica do solo à penetração de raízes pode limitar o crescimento do sistema radicular e a produtividade das plantas. Dentre as plantas de cobertura o guandu que de acordo com Alvarenga et al. (1995) as suas raízes possuem grande capacidade de se desenvolverem em profundidade, mesmo quando existe, no solo, uma camada de maior resistência à penetração. É uma leguminosa que tem capacidade de realizar fixação do N2 atmosférico e por apresentarem altas taxas de crescimento vegetativo. O guandu é uma opção para rotação de culturas na melhoria física de solos compactados e reciclagem de nutrientes (ALVARENGA et al., 1995).
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento aéreo e radicular do guandu em função da compactação do solo.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido no IFTO–Campus Palmas, em um telado agrícola. Foram semeados 4 sementes de guandu e 5 dias após a emergência (DAE) realizou o desbaste para 1 plântula por unidade experimental. O vaso foi constituída pela sobreposição de três anéis de PVC com 10cm de diâmetro interno: o superior e o inferior, com 10cm de altura; e o intermediário com alturas de 5cm, unidos com fita adesiva. Os vasos, o 1º e o 3º anel receberam amostras deformadas de solo com densidade aparente de 1,00g cm-3 e adubadas uniformemente. O 2º anel teve densidade de solo variável conforme o tratamento de compactação, que correspondeu a valores de 1,15, 1,30, 1,45 e 1,60g cm-3. A compactação do solo foi efetuada somente no segundo anel de cada vaso e quantificada pela densidade aparente. Mediante a queda livre de um êmbolo de 4,00 kg, de uma altura de 85 cm sobre um cilindro de ferro com o mesmo diâmetro do anel foi obtido à densidade desejada. Aos 40 DAE as raízes das plantas foram transferidas à estufa controlada para 75ºC onde permaneceram por um período de 48h, para determinação da massa seca da parte aérea e massa seca das raízes (MSPA e MSR). As médias de 3 repetições, após análise de variância, foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A produção de MSPA e MSR do guandu em diferentes níveis de compactação do solo, conforme a análise de variância, o efeito foi significativo (P<0,05). A MSPA e a MSR apresentaram maior acúmulo de massa seca no maior nível de compactação (1,60 g cm-3). Os resultados da MSR nos anéis superior e intermediária foram submetidos à análise de regressão, e apresentou resposta quadrática significativa, exceto o anel inferior foi não significativo. No anel superior, intermediário e inferior houve maior acúmulo de massa seca de raízes no maior nível de compactação (1,60 g cm-3). Em geral, os modelos que melhor se ajustaram aos dados de crescimento da raiz foram quadráticos e na parte aérea foi a linear. Portanto, o aumento da compactação não prejudicou a produção total de MSR do guandu, resultado semelhante foram obtidos por Silva & Rosolem (2001) e Forloni et al. (2006), enquanto, a MSPA somente o último nível de compactação diferiu dos demais níveis devido o maior acúmulo de água e de nutrientes, por ser um experimento de vaso e de curta duração (FRIZON & CASTRO, 2004).
CONCLUSÕES:
A produção de MSPA e MSR do guandu em diferentes níveis de compactação do solo, conforme a análise de variância, o efeito foi significativo (P<0,05).
O aumento da compactação não prejudicou a produção de MSR do guandu enquanto, a MSPA somente o último nível de compactação diferiu dos demais níveis.
Palavras-chave: leguminosa, densidade do solo, desenvolvimento.