65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 5. Medicina Veterinária - 6. Medicina Veterinária
ADESÃO LEUCOCITÁRIA NA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA
Luana Oliveira Leite - Faculdade de Veterinária - UECE
Belise Maria Oliveira Bezerra - Faculdade de Veterinária - UECE
Adam Leal Lima - Faculdade de Veterinária - UECE
Glauco Jonas Lemos Santos - M.e - Faculdade de Veterinária – UECE
José Cláudio Carneiro de Freitas - Dr. - Faculdade de Veterinária – UECE
Diana Célia Sousa Nunes Pinheiro - Profa. Dra./Orientadora - Faculdade de Veterinária - UECE
INTRODUÇÃO:
A adesão leucocitária é um fenômeno biológico crucial que reflete a funcionalidade dos leucócitos na evolução de um quadro inflamatório. Pois os leucócitos migram para sítios inflamatórios em resposta a diversos estímulos, e dentre estes na tentativa de eliminar patógenos. A leishmaniose é uma enfermidade de grande importância causada pelo parasita do gênero Leishmania spp e tem como hospedeiro definitivo o cão e o homem nos centros urbanos. A interação entre a Leishmania spp e os neutrófilos e macrófagos é altamente relevante para a manifestação da doença nos animais, ressaltando a importância da compreensão do papel desses elementos na evolução da doença.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Objetivou-se avaliar a adesão leucocitária em cães naturalmente infectados por Leishmania infantum.
MÉTODOS:
Cães (n=20) de ambos os sexos provenientes do CCZ clinicamente e soropositividade por RIFI (reação de imunofluorescência indireta) e ELISA (ensaio imunoenzimático) para Leishmania spp, cães sintomáticos (CS) e cães com clínica e sorologia negativas, cães negativos (CN). Achados clínicos característicos de leishmaniose: emagrecimento/caquexia, alopecia periorbital, lesões no pavilhão auricular, linfadenomegalia, onicogrifose e ceratoconjutivite seca. Amostras de sangue foram coletadas por venopunção jugular e dispensadas em tubos estéreis contendo Heparina e EDTA as quais foram prontamente analisadas para determinação do leucograma e em seguida foi realizado o ensaio da adesão leucocitária. A taxa de aderência leucocitária foi determinada pelo método de coluna de nylon utilizando-se colunas de aderência montadas com 80 mg de fibra sintética mista comercial (poliamida 84% e elastano 16%) no interior de seringas plásticas compactada até atingir aproximadamente 17 mm de altura. O sangue com anticoagulante foi lentamente colocado em volume de 1 mL. A diferença entre os valores das contagens leucocitárias antes e após processamento em coluna de adesão foi calculada. A taxa de adesão foi expressa em percentagem. Os dados foram analisados pelo teste de Wilcoxon (p< 0,001) e a proporção de neutrófilos por ANOVA seguido de Tukey (p< 0,001).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As taxas de adesão leucocitária em amostras de sangue coletadas em heparina e EDTA no grupo negativo foram de 13,84% e 9,04%, e no grupo positivo foram de 5,28% e 10,46%, respectivamente. A adesão foi mediada principalmente por neutrófilos.
CONCLUSÕES:
Os resultados obtidos ressaltam a importância do estudo da adesão leucocitária ao demonstrar que animais acometidos por leishmaniose visceral canina apresentam comprometimento nesse parâmetro, o que pode levar a um agravamento do quadro clínico do animal.
Palavras-chave: Adesão leucocitária, Leishmaniose visceral canina, Anticoagulantes.