65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 6. Odontopediatria
Estudo da Associação do Número de Streptococos Mutans com a Presença de Fatores de Risco em um Grupo de Crianças que Participam de um Programa de Atenção Precoce à Cárie Dentária.
Amanda Rodrigues Lima - Univerdidade do Grande Rio UNIGRANRIO
José Massao Miasato - Prof. Dr/Orientador - Odontopediatria Unigranrio
INTRODUÇÃO:
O ideal da Odontologia dever ser a manutenção da saúde. O Odontopediatra tem a possibilidade de iniciar este processo, numa relação de cumplicidade participativa dos responsáveis, em atitudes direcionadas à saúde do bebê e ao núcleo familiar. É sabido que os pais, na maioria das vezes, só procuram o Dentista para seu filho quando as conseqüências da cárie estão se manifestando, seja causando dor, afetando a estética ou em casos de traumatismos dentários. Sendo a cárie uma doença passível de controle, as orientações aos responsáveis para a manutenção da saúde bucal das crianças deveriam ocorrer o mais precocemente possível.
A necessidade de cuidados para a manutenção da saúde bucal dos bebês é fato unânime, porém, foi com um grupo de docentes da Universidade Estadual de Londrina – PR., liderados pelo professor Dr. Luiz Reynaldo de Figueiredo Walter, que se buscou aplicar este conceito de uma forma simples, prática e metodizada. Desde então, houve um aumento de clinicas de atenção odontológica à bebês, as quais, através de protocolos diferenciados atuam em programas de promoção de saúde.
A primeira infância, período que abrange o primeiro ano de vida do bebê é considerada a época ideal para a educação e conscientização dos responsáveis, pois quem realiza e quem recebe os ensinamentos estão unidos por um forte elo – o amor.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo foi de verificar a associação do número de estreptococos mutans com a presença de fatores de risco (biofilme e consumo de açucar) em um grupo que participam de um programa de atenção precoce à cárie dentária.
MÉTODOS:
A amostra foi de sessenta e quatro crianças, na faixa etária de cinco anos, que compareceram para as revisões, no período de agosto de 2011 a novembro de 2011, na Bebê-Clínica da Unigranrio. O exame clínico foi realizado com auxílio de espelho bucal plano (Kappa 0.95). Esta etapa ocorreu após a coleta de saliva. A amostra de saliva foi coletada com auxílio de swab estéril. O material coletado foi processado no laboratório multidisciplinar da Unigranrio, em meio de cultura, ágar Mitis-Salivarius, adicionado de 15% de sacarose, 0,2U de bacitracina e telurito de potássio a 1% e foram incubadas em estufa a 37ºC em microaerofilia por 48 horas. Os níveis salivares de estreptococos mutans foram categorizados em escores (Ferreira, 2009): escore 1: <105/ml saliva (baixa colonização); escore 2: >105 e <106 /ml (colonização média); escore 3: >106/ml (colonização alta). As crianças não deveriam ter usado antibiótico nos últimos trinta dias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A amostra foi constituída de 51,6% (33) do gênero feminino e 48,4%(31) do masculino. Em relação ao consumo de açúcar, 25%(16) das crianças apresentavam consumo alto e 75%(48) consumo baixo. Quanto à presença de biofilme, 87,5%(56) não apresentavam biofilme visível enquanto que 12,5%(8) estava presente. Avaliando a presença de cárie na região anterior, encontrou-se que 92,2%(59) não
apresentavam lesões e que 95,3%(61) não apresentavam na região posterior. O ceod médio foi de 0.26 com desvio padrão de 0.85. Quanto aos níveis salivares de estreptococos mutans encontrou se 87,5% (56) com escore 1 (baixa colonização) e 12,5% (8) com escore 2 (média colonização).
CONCLUSÕES:
Houve associação entre presença de biofilme e escores 1 e 2 (p<0.05) e consumo de açúcar e escores 1 e 2 (p<0.05).
Palavras-chave: Pré-escolar, Odontopediatria, Microorganismo.