65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
A CALCULADORA NOS LIVROS DIDÁTICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO SOBRE AS ATIVIDADES PROPOSTAS
Fabíola Santos Martins de Araújo Oliveira - Prefeitura Municipal de Ipojuca / EDUMATEC – UFPE
Lucicleide Bezerra - EDUMATEC– UFPE
Maria Betânia Evangelista da Silva - Prefeitura Municipal de Olinda / EDUMATEC – UFPE
Paulo Marcos Ribeiro da Silva - Prefeitura Municipal de Ipojuca / EDUMATEC – UFPE
INTRODUÇÃO:
A análise de livros didáticos abre a possibilidade de avaliar como têm sido abordados os conteúdos e as atividades que envolvem o uso da mesma. No estudo desenvolvido pelas autoras Selva, Araújo e Lima (2006), verificou-se que as atividades se concentravam principalmente nos últimos volumes das coleções e que as atividades propostas pelos mesmos foram de exploração conceitual, seguido de verificação de resultados. Outro ponto observado foi em relação ao manual destes livros didáticos, segundo Selva, Araújo e Lima (2006) afirmam trabalhar ou sugeriam atividades o que não se apresentava dentro do livro. Na pesquisa realizada por Ribeiro (2005) o autor nos faz pensar que usando a criatividade, levamos para a sala de aula a sua utilização para não ser somente mecânica, mas que sirva como mais um instrumento cognitivo complementar na sua aprendizagem. A presente pesquisa realizada partiu do princípio de focar três eixos: a forma como a calculadora é introduzida no manual das coleções, como os tipos de atividades que apareciam e a distribuição de atividades nos volumes das coleções. Tendo como relevância desta pesquisa a utilização dos livros didáicos por muitos professores que os utilizam como principal suporte nas suas aulas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente artigo aborda uma análise de três coleções aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2013) de Matemática, com o objetivo de analisar a forma como a calculadora é introduzida no manual das coleções, como os tipos de atividades que apareciam e a distribuição de atividades nos volumes das coleções.
MÉTODOS:
Foram analisadas apenas três coleções completas das 23 aprovadas do 1° ao 5° volumes, dos anos iniciais do ensino fundamental, na qual foram aprovadas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2013, cujo objetivo foi analisar a forma como a calculadora é introduzida no manual das coleções (Coleção Plural da Editora Saraiva, De olho no Futuro da Editora Quinteto Editorial e Projeto Prosa da Editora Saraiva), como os tipos de atividades que apareciam e a distribuição de atividades nos volumes das coleções.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Conforme os resultados analisados nesta pesquisa das três coleções analisadas, nesta primeira fase do estudo constatamos que em relação ao primeiro eixo da pesquisa, em relação a forma como a calculadora é introduzida no manual do professor, percebemos que das três coleções analisadas todas trazem uma parte no manual comentando sobre o uso da calculadora nas atividades e de sua importância, entretanto apenas, uma coleção, De Olho no Futuro, traz sugestões variadas para o professor em cada volume que a calculadora aparece. Em relação ao segundo eixo, tipos de atividades que apareciam, observamos que as atividades envolviam Exploração Conceitual (8 atividades), Exploração do Teclado (6 atividades), Realização de Cálculos (11 atividades) e Verificação de Resultados (7 atividades). Em relação ao terceiro eixo, a distribuição de atividades nos volumes das coleções, verificamos que apenas duas coleções apresentam atividades envolvendo o uso da calculadora, e em ambas não existem atividades com a calculadora no primeiro volume. Vale salientar que, a Coleção de Olho no Futuro, apresenta atividades atividades nos quatro volumes, diferentemente da Coleção Plural, que apresenta atividades com a calculadora apenas nos dois últimos volumes da coleção.
CONCLUSÕES:
Com os dados aqui apresentados neste estudo, concluímos que existem pouca preocupação com os manuais do professor no livro didático em relação ao uso da calculadora, tendo em vista que o mesmo é tido como suporte por muitos professores. E que, embora a calculadora apareça em algumas coleções, se faz necessário que as referidas coleções revejam o modo de como abordar o uso da calculadora de maneira mais contextualizada, explorando a mesma em atividades significativas para os alunos, não apenas para exploração de teclado. Tendo em vista, que o uso deste recurso didático pode ir mais além, conforme sugere os Paramêtros Curriculares Nacionais de Matemática (BRASIL, 1997). Enfim, ainda é necessário maior discussão sobre como distribuir as atividades de maneira homogênea entre os volumes das coleções.
Palavras-chave: Ensino Fundamental, Calculadora, Livros Didáticos.