65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 3. Pastagem e Forragicultura
ACÚMULO DE BIOMASSA DO CAPIM-ELEFANTE (Pennisetum purpureum Schumach) CAMERON VERDE EM DIFERENTES IDADES
Goretti Socorro de Lima Trindade - Bolsista PAIC/FAPEAM - Curso Superior Tecnólogo em Agroecologia - IFAM-CMZL
Evenyn Barroncas Lopes - Bolsista PIBIC/FAPEAM - Curso de Agropecuária Integrado - IFAM-CMZL
Cristiane Viana Pereira - Bolsista PIBIC/FAPEAM - Curso de Agropecuária Integrado - IFAM-CMZL
Anísia Karla de Lima Galvão - Profa. Dra./Orientadora - IFAM-CMZL
INTRODUÇÃO:
As plantas forrageiras representam a principal fonte de alimentação para os ruminantes devido ao seu baixo custo de produção. O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schumach) é uma forrageira perene, com alta taxa de crescimento, alta produtividade, bom valor nutritivo e de boa aceitação pelos animais. Por ser considerada uma boa forrageira para alimentação dos rebanhos bovinos, foi introduzida em vários países, sendo encontrada em regiões tropicais e subtropicais, pois se adapta bem a vários tipos de solo. O capim-elefante possui várias cultivares, o que torna necessário o estudo do crescimento e desenvolvimento destas, em cada região, para que se possa adequar seu manejo. Os estudos com a cultivar Cameron, no Brasil, são escassos e as informações que estão disponíveis evidenciam o potencial forrageiro dessa cultivar na região Nordeste. Entretanto, os resultados na região Sudeste não justificam sua rápida disseminação. Portanto, esse trabalho foi desenvolvido para que se possa obter informações sobre a produtividade dessa cultivar na região Norte.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo desse trabalho foi avaliar o acúmulo de biomassa do capim-elefante Cameron verde em diferentes idades de corte.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido no período de abril a agosto de 2012, no IFAM-CMZL, que é localizado no município de Manaus-AM. Inicialmente foi feita a limpeza da área e o solo foi coletado para análises. Em seguida, foi feita a adubação de acordo com os resultados das análises de solo e com as recomendações da literatura. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com seis tratamentos. Os tratamentos foram as idades de corte (20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias). Após o preparo do solo, as estacas, originadas de plantas com mais de 100 dias, foram plantadas em covas, com espaçamento de 1,0 m entre linhas e 0,5 m entre plantas. Em cada cova, foram plantadas duas estacas com três gemas cada. Nas diferentes idades de corte, foram determinados o acúmulo de biomassa verde e seca e a relação folha/colmo. As plantas foram cortadas a 10 cm do solo e, em seguida, separadas folhas (lâminas e bainha) de colmo. Após a separação de folhas e colmos, foi feita a pesagem e o material vegetal foi seco em estufa, a 65 ºC, até peso constante. Os dados foram submetidos à análise de variância, as médias foram comparadas pelo Teste de Scott-Knott (p<0,05) e, em seguida, foi feita a análise de regressão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A produção de biomassa das plantas por cova apresentou diferenças (p<0,01) nas seis idades de corte (20, 40, 60, 80, 100 e 120 dias), sendo a maior obtida aos 120 dias, quando foi produzido 1,2 kg de biomassa verde por cova. Esta variável apresentou uma correlação linear positiva com a idade de corte r2=0,88. Portanto, quanto maior a idade de corte, maior a biomassa. Quanto à relação folha/colmo, foram avaliados apenas quatro tratamentos (60, 80, 100 e 120 dias) porque nas idades de 20 e 40 dias o colmo ainda não estava desenvolvido. Houve diferença (p<0,01) entre os tratamentos analisados, sendo a melhor relação folha/colmo obtida aos 60 dias (1,48). Observou-se uma correlação linear negativa r2=0,66 entre esta variável e as idades de corte. Para determinar a melhor idade de corte, optou-se pela intersecção entre as variáveis da produção de biomassa e relação folha/colmo. Como resultado, a melhor idade de corte foi 80 dias, quando a relação folha/colmo foi 1,01 e a produção de biomassa verde de plantas por cova foi 0,824 kg. Desta maneira, para determinação da melhor idade de corte, considerou-se não só a produção de biomassa do capim-elefante, mas também a relação folha/colmo.
CONCLUSÕES:
O acúmulo de biomassa (matéria verde e seca) foi maior aos 120 dias. A melhor relação folha/colmo foi obtida aos 60 dias. Considerando não só a produção de biomassa, mas também a relação folha/colmo, a melhor idade de corte foi 80 dias.
Palavras-chave: Capineira, Matéria seca, Produtividade.