65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
PRODUÇÃO DE SILAGEM DE BRAQUIÁRIA-SOJA, CULTIVADOS EM CONSÓRCIO
Wembles Ribeiro dos Santos - Aluno de Graduação - Universidade Federal do Tocantins - UFT
Cleuton Ribeiro de Oliveira - Aluno de Mestrado - Universidade Federal do Tocantins - UFT
Emerson de Castro Ferraz - Aluno de Graduação - Universidade Federal do Tocantins - UFT
Stefany Gregory Moura - Aluno de Graduação - Universidade Federal Tocantins - UFT
Adão Felipe dos Santos - Aluno de Graduação - Universidade Federal do Tocantins - UFT
Hélio Bandeira Barros - Prof. Dr./Orientador - Universidade Federal do Tocantins - UFT
INTRODUÇÃO:
A pecuária brasileira possui ainda vários entraves à produtividade, como a degradação das pastagens (Townsend et al., 2000; Oliveira et al., 2001a), a escassez de alimento volumoso e a perda do valor nutritivo desses alimentos para alimentação de bovinos durante o período seco do ano (Santos et al., 2004).
Entre as culturas com potencial para ensilagem, a soja, tanto na forma exclusiva como em associação a gramíneas, tem sido utilizada principalmente em virtude de sua capacidade de aumentar o teor de proteína do material ensilado (Evangelista, 1991; Obeid et al., 1992a,b).
O consórcio, prática muito utilizada nas propriedades agrícolas, encontra-se na dependência direta das culturas envolvidas, havendo a necessidade de uma complementação entre ambas para que esse sistema seja mais vantajoso em relação ao monocultivo. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a produção de massa verde e seca e estudar as características qualitativas de silagens de soja, capim-braquiária e do material resultante do cultivo dessas duas culturas em consórcio.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a produção de silagem de braquiária e soja, e o material resultante do cultivo em consórcio.
MÉTODOS:
O ensaio foi conduzido em dezembro de 2011 em área experimental da UFT (TO), em Latossolo Vermelho amarelo distrófico de textura média.
Utilizou-se a soja M 9144 RR e o Brachiaria brizantha cv MG5. A adubação e o manejo foram realizados seguindo as recomendações para a cultura da soja, sem adicional de adubo ao capim-braquiária. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 4 repetições. Cada parcela foi constituída de 4 fileiras de 0,4 m entre linhas e 5,0 m de comprimento, com área útil as duas fileiras centrais. Utilizou-se três áreas, distribuídas da seguinte forma: I - cultivo exclusivo de capim braquiária; II - cultivo de capim braquiária em consórcio com soja; III - cultivo exclusivo de soja.
Na área II realizou-se desbaste aos 15 dias após a emergência, procurando-se manter as seguintes proporções 2, 4, 6, 8 e 10 plantas de soja por metro linear, e população fixa de braquiária. As amostras para as análises foram coletadas e picadas quando a soja estava no estádio fenológico R6. Foram utilizados silos de PVC com 30 cm x 10 cm de diâmetro, e armazenadas por 45 dias, depois secada em estufa a 60ºC por 72 horas, e moída em moinho. A proteína bruta foi obtida utilizando o método Kjeldahl. Os dados foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados avaliados para as características de massa verde, massa seca e proteína bruta, foram significativos pelo teste F (P ≤ 0,05 e 0,01, respectivamente).
O rendimento de massa verde no cultivo em consórcio não foi influenciado pelas densidades de plantas de soja por metro linear, e apresentando uma produção paro o cultivo com 2 plantas de soja de 25.600 kg ha-1, o cultivo de 8 plantas de soja obteve produção de 19.731,25 kg ha-1. O rendimento de massa verde de braquiária 21.918,75 kg ha-1 e soja de 10.168,75 kg ha-1.
Os valores de massa seca não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos. No consórcio com 2 plantas de soja, foi de 8.894,6 kg ha-1, e braquiária em cultivo exclusivo obteve 7.033,42 kg ha-1. Os rendimentos de massa seca de 3.664,12 kg ha-1 em soja, foram semelhantes aos descritos por Jiménez et al. (2004), obtive rendimento médio de 3.500 kg ha-1 em silagens de soja.
No cultivo de soja exclusivo, o teor de proteína bruta foi 16,36 %. O NRC (2001) cita 17,4% de PB para silagens de soja. O resultado de proteína bruta dentro do consórcio com 10 plantas de soja foi de 8,64 %, no cultivo exclusivo braquiária foi de 7,59 %, assim não apresentando diferença.
CONCLUSÕES:
Os resultados indicaram que o uso das densidades testadas não interferiu, quanto ao aumento da proteína bruta da silagem produzida.
Palavras-chave: Glycine max, Rendimento, Proteína.