65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA OFICINA DE ÓPTICA DO PIBID
Niviane Oliveira Santos - Departamento de Física - UFS
Edna Menezes Santos - Departamento de Física - UFS
Anderson Menezes Gois - Departamento de Física - UFS
Gessica Evangelista - Departamento de Física - UFS
Tiago Nery Ribeiro - Departamento de Física - UFS
Celso José Viana Barbosa - Departamento de Física - UFS
INTRODUÇÃO:
Esse trabalho busca mostrar como a utilização de experimentos pode melhorar a participação e a interação dos alunos em sala de aula, baseado na Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel-Novak-Gowin (AUSUBEL, 1968; NOVAK e GOWIN, 1996)
“Para Ausubel, o ensino deve ocorrer sempre a partir do que o aluno já sabe, organizando o conteúdo de acordo com essa estrutura cognitiva prévia. E, além disso, a predisposição para aprender passa a ser uma condição para aprendizagem ”(MOREIRA, 2003).
Para que a experimentação seja significativa é relevante que antes da realização do experimento o aluno seja levado a refletir sobre o mesmo e que trace uma estratégia de como construir o experimento. É necessário que os docentes busquem situações que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem, despertando no aluno a curiosidade, a criatividade, e a argumentação, além da pré-disposição para aprender.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente trabalho tem como objetivo investigar se a utilização de experimentos em uma sequência didática ajuda o aluno a compreender melhor os conceitos físicos.
MÉTODOS:
A necessidade de se utilizar experimentos em todas as aulas de uma sequência didática de óptica surgiu a partir de um questionário aplicado com os alunos, sobre todas as oficinas do PIBID (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA). Em uma das perguntas foi questionado aos alunos: O que você mais gosta nas oficinas, e qual a sua sugestão para melhorá-las? Dos 18 questionários aplicados aos alunos, 11 expressaram querer mais experimentos. Nas oficinas anteriores os monitores do PIBID, trabalharam com a experimentação, no entanto com uma ou duas experiências no máximo.
A oficina de óptica foi elaborada com o intuito de aumentar a quantidade de experimentos e conseguir uma maior participação dos alunos nas atividades propostas, no qual os monitores levavam todo o material necessário para a construção do mesmo. Os experimentos montados foram: câmara escura, o disco de Newton e o periscópio e as seguintes demonstrações: o planetário móvel, formação de imagens, reflexão difusa, regular e total da luz, onde pedíamos ajuda dos alunos para realizar as demonstrações. Com a utilização desse método foi possível observar através da participação dos alunos que houve uma melhor compreensão dos conceitos, facilitando assim a aprendizagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Nesse trabalho foi possível observar uma grande participação dos alunos durante as aulas, a confecção dos experimentos fazia com que os alunos questionassem mais, além de obterem uma melhor compreensão dos conceitos explanados em aula por meio do mapa conceitual. É relevante destacar que recursos como demonstrações, simulações e mapas conceituais também foram usados nessa oficina, porém os discentes interagiam mais durante a experimentação.
CONCLUSÕES:
Com base nas observações e a análise das respostas do questionário, percebemos que há uma melhor compreensão dos conceitos da óptica geométrica trabalhados durante a oficina, quando os alunos interagem, participam, e questionam. É imprescindível buscar métodos ou recursos que despertem no aluno uma pré-disposição para aprender um determinado conteúdo. De fato, verificamos que a utilização de experimentos em todas as aulas da sequência didática incentiva o discente a querer aprender.
Palavras-chave: Óptica geométrica, Experimentos, Sequências Didáticas.