65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade
CONTROLE QUÍMICO DE Echinochloa colona, Aeschynomene rudis, Cyperus sp. E Eragrostis pilosa NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO (Oryza sativa L.)
Mauro Rizzardi - Departamento de Fitotecnia - UPF
Paula Batistella Gatto - Curso de Agronomia - UFSM
Felipe Frigo Pinto - Curso de Agronomia - UFSM
Juliano Daniel Uebel - Curso de Agronomia - UFSM
Lucas Foggiato - Curso de Agronomia - UFSM
Rafael Pegoraro Gai - Programa de Pós-Graduação em Agronomia - UFSM
INTRODUÇÃO:
A cultura do arroz está sujeita a uma série de fatores que, direta ou indiretamente, influenciam rendimento, qualidade e custo de produção. Dentre eles, as plantas daninhas assumem lugar de destaque face aos efeitos negativos que causam no crescimento, no desenvolvimento e na produtividade do arroz. A utilização intensiva dos solos de várzea do Rio Grande do Sul gerou, entre outros problemas, um aumento na pressão de infestação de plantas daninhas sobre a cultura do arroz irrigado. A fim de alcançar melhores rendimentos, as lavouras devem se desenvolver livres destes limitantes (GARCIA et al., 2005, RUBIN, et al., 2005). Além de aumentar o custo da produção, as plantas daninhas são responsáveis pelo aumento da umidade dos grãos na colheita e pela redução no rendimento classificatório destes, agindo também como hospedeiras de doenças e pragas (NITZKE et al. (2004). Os primeiros estádios de desenvolvimento das plantas de arroz constituem o período em que as plantas daninhas mais competem com a cultura por luz, nutrientes e CO2 (VERNETTI Jr. et al., 2001). As gramíneas estão entre as principais espécies invasoras que ocorrem nas áreas de cultivo de arroz irrigado e são as de maior importância econômica em função de sua agressividade e capacidade de disseminação. A produtividade do arroz irrigado, é dependente da eficiência de controle de plantas daninhas em especial do capim arroz (Echinochloa sp.), cuja interferência pode reduzir o rendimento em até 80%.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito de diferentes herbicidas no controle químico de Echinochloa colona, Aeschynomene
MÉTODOS:
O experimento foi na Área Experimental do Instituto Phytus, safra 2011/12, no DBC, com 8 trat, Bispiribaque-sódico + Iharol (50 g i.a.ha-1 + 1,0 L.ha-1), Penoxsulam + Veget Oil (60 gi.a.ha-1 + 1,0L.ha-1), Profoxidim + Áureo (170g i.a.ha-1 +1,0L.ha-1), Cialofope-butílico + Veget Oil (315g i.a.ha-1 + 1, L.ha-1), Profoxidim + Cialofope-butílico + Veget Oil (150g i.a.ha-1 + 225g i.a.ha-1 + 1,5L.ha-1), Imazapique + Imazetapir + Dash HC (75g i.a.ha-1 + 25gi.a.ha-1 + 0,75L.ha-1), Imazapique + Imazapir + Dash HC (105g i.a.ha-1 + 25g i.a.ha-1 + 0,75L.ha-1), além de uma testemunha sem controle, em 4 blocos. A cultivar Puitá Inta CL foi semeada dia 25/11/2011, em sistema convencional, 120kg de semente/ha, espaçamento 0,17m entre linhas. A adubação nitrogenada em cobertura foi com uréia (250kg/ha), no perfilhamento e início da diferenciação do primórdio floral. O dimensionamento da infestação da planta daninha alvo na população infestante foi pela contagem de plantas daninhas em área de 0,50x0,50m em cada parcela. Na área estavam presentes: 7,7pl m-2 de Echinochloa colona, 3plm-2 de Aeschynomene rudis, 9,3plm-2 de Eragrostis pilosa e 45,5plm-2 de Cyperus sp. Avaliou-se a eficiência de controle das plantas daninhas e a seletividade dos trat da cultura aos 7, 14 e 21 dias após aplicação, pelo método qualitativo caracterizado por avaliações visuais, com variação de 0 a 100% de controle. Os dados foram submetidos à ANOVA e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O melhor controle de Echinochloa colona foi com Imazapique+Imazapir (0,2L.ha-1)+DASHHC até 21 DAA, sendo superior aos demais trat. Imazapique+Imazetapir (1L.ha-1)+DashHC, Profoxidim (0,85L.ha-1)+Aureo, Cialofope-butílico (1,75L.ha-1)+Veget Oil e Profoxidim+Cialofope-butílico (0,75+1,25L.ha-1)+Veget Oil também foram eficientes no controle até 21 DAA. Penoxsulam (0,250L.ha-1+Veget Oil foi eficiente apenas na última avaliação. Bispiribaque-sódico (0,125L.ha-1)+Iharol, Penoxsulam (0,250L.ha-1)+Veget Oil, Imazapique+Imazetapir (1L.ha-1)+DashHC e Imazapique + Imazapir (0,20 L.ha-1)+DashHC foram eficientes no controle de Aeschynomene rudis. Profoxidim (0,85L.ha-1)+Aureo, Cialofope-butílico (1,75L.ha-1)+Veget Oil e Profoxidim+Cialofope-butílico (0,75+1,25L.ha-1)+Veget Oil não controlaram essa planta daninha. Para Cyperus spp., Bispiribaque-sódico (0,125L.ha-1)+Iharol, Penoxsulam (0,250L.ha-1)+Veget Oil, Imazapique+Imazetapir (1L.ha-1)+DashHC e Imazapique+Imazapir (0,20L.ha-1)+DashHC controlaram até 21 DAA. Os demais trat não controlaram essas plantas daninhas. Para Eragrostis pilosa, Profoxidim (0,85L.ha-1)+Aureo, Profoxidim+Cialofope-butílico (0,75+1,25L.ha-1)+Veget Oil, Imazapique+Imazetapir (1L.ha-1)+Dash HC e Imazapique+Imazapir (0,20L.ha-1)+DashHC apresentaram eficiência e estabilidade de controle até 21 DAA. Profoxidim (0,85L.ha-1)+Aureo e Profoxidim+Cialofope-butílico (0,75+1,25 L.ha-1)+Veget Oil causaram sintomas de fitotoxicidade no arroz, não afetaram seu desenvolvimento.
CONCLUSÕES:
Os herbicidas Bispiribaque-sódico (0,125 L.ha-1) + Iharol e Penoxsulam (0,250 L.ha-1) + Veget Oil são eficientes no controle de Aeschynomene rudis e Cyperus spp. até 21 DAA. Os herbicidas Profoxidim (0,85 L.ha-1) + Aureo, Cialofope-butílico (0,75 + 1,25 L.ha-1) + Veget Oil e Profoxidim + Cialofope-butílico (0,75 + 1,25 L.ha-1) + Veget Oil são eficientes no controle de Echinochloa colona e Eragrostis pilosa até 21 DAA. Os herbicidas Imazapique + Imazetapir (1,0 L.ha-1) + Dash HC e Imazapique + Imazapir (0,20 L.ha-1) + Dash HC são eficientes no controle de Echinochloa colona, Aeschynomene rudis, Cyperus spp. e Eragrostis pilosa até 21 DAA.
Palavras-chave: Fitossanidade, Rizicultura, Plantas daninhas.