65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Gestão e Administração - 1. Administração Geral e Gestão Estratégica
SABERES E ESCOLHAS: NOTAS SOBRE O CONSUMO SUSTENTÁVEL EM FORTALEZA, CE.
Ingrid Marinho de Amorim - Bolsista Provic/Uece 2012 - CESA - Curso de Administação - UECE
Mário Rodrigues Cavalcante - Bolsista CNPq/Uece - CESA - Curso de Administração - UECE
Daniel Rodriguez de Carvalho Pinheiro - Prof. Dr./ Orientador - CESA - Mestrado Academico em Administração - UECE
INTRODUÇÃO:
A discussão contemporânea sobre sustentabilidade é marcada pelo estudo do MIT, “Os limites do crescimento” (MEADOWS; MEADOWS; RANDERS;BEHRENS III, 1972) em que se retoma, numa outra perspectiva, a tese fisiocrata do esgotamento da capacidade de crescer. Mas o compromisso com uma economia ambientalmente correta levou algumas empresas e negócios a comprometerem-se com a sustentabilidade e a adotarem programas de qualidade certificadas (ISO14001). O consumo também foi redefinido. Surgiu o consumo verde e o consumo sustentável.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Esta pesquisa investiga essas formas novas de consumir, tendo como referência os 3R: reduzir, reutilizar e reciclar.
MÉTODOS:
Trata-se de pesquisa exploratória, descritiva e com amostra não-probabilística. Foram 450 entrevistas ponderadas pela frequência da distribuição de classes A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E (ABEP, 2011) e escala tipo Likert. O questionário de dezesseis perguntas (quatorze relativas à sustentabilidade e duas informativas sobre os entrevistados) foi dividido em dois blocos. Um bloco perguntava sobre a prática dos 3R e o outro, sobre a sensibilidade ambiental do entrevistado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados sugerem que a redução do consumo é a prática mais frequente: 40% dos entrevistados sempre tentam reduzir o consumo compulsório (energia elétrica, por exemplo). A reutilização é baixa: 2% dos entrevistados sempre reutilizam alguma coisa. A pulsão de consumo do novo ainda é grande. A frequência da reciclagem está entre o esforço de reduzir o consumo compulsório e o reuso: 13% no alimento. A sensibilidade ambiental não parece relaciona à política partidária. Apenas 2% dos entrevistados votam na bandeira ecológica. A sensibilidade cresce para 5% quando se pergunta pelo consumo de alimentos orgânicos. Portanto, ainda há atitudes pouco congruentes. A relação custo-benefício anima ou não o consumo dum novo bem: 42% dos entrevistados.
CONCLUSÕES:
Parece que os motivos que levam a redução do consumo estão desconectados da preocupação ambiental, verde ou sustentável.
Palavras-chave: Consumo sustentável, 3R, Desenvolvimento.