65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
EFEITOS DA OMISSÃO DE NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO NO SOBRE A MASSA SECA DE PLÂNTULAS DE MILHO
Lúcio Cunha Oliveira - Graduando em Zootecnia pelo Instituto Federal Baiano campus Santa Inês
Caio Felipe Ferreira da Silva - Graduando em Zootecnia pelo Instituto Federal Baiano campus Santa Inês
Aurelino Pereira Neto - Graduando em Zootecnia pelo Instituto Federal Baiano campus Santa Inês
Jonas de Jesus Santos - Graduando em Zootecnia pelo Instituto Federal Baiano campus Santa Inês
Gilda Rocha dos Reis Neta - Estudante do Ensino Técnico
Rita Garcia Vieira - Profª. Doutora - Instituto Federal Baiano campus Santa Inês
INTRODUÇÃO:
O cultivo do milho no Brasil constitui uma parcela significativa entre os pequenos e médios agricultores, tendo lugar de destaque no cenário do Agronegócio. Porém, essa cultura é afetada por estresses ambientais que interferem no crescimento da planta e rendimento dos grãos, onde se pode citar a baixa fertilidade dos solos, com a falta de alguns nutrientes essenciais, dentre eles o nitrogênio, fósforo e potássio (CUZZUOL et al., 2005).
Gonçalves Junior (2007) mostra que outro fator a ser observado é a forma como esses nutrientes são absorvidos pela planta. Para o nitrogênio, as formas absorvíveis são geralmente os nitratos e amônia, o fósforo é assimilado sob a forma de fosfato (P2O5), e o potássio geralmente é inserido na fertilização junto com outros cátions, sendo a forma absorvível o K2O.
Na fase inicial (até 21 dias), as características fenotípicas podem ser observadas, podendo-se inferir sobre os efeitos desses elementos nos vegetais. Entender as necessidades nutritivas do milho é essencial, bem como as inter-relações entre os nutrientes e seus efeitos, pois nos permite traçar uma adubação ou fertilização que aproveite ao máximo esses elementos essenciais, que serão convertidos em biomassa e outros compostos pelas plantas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi mostrar o efeito da omissão de Nitrogênio, Fósforo e Potássio, usando soluções nutritivas, no crescimento de plântulas de milho da variedade BR 105 em condições de ensaio.
MÉTODOS:
O experimento foi realizado no setor de Agricultura do Instituto Federal Baiano Câmpus Santa Inês, entre os meses de Novembro e Dezembro de 2012, em viveiro com condições naturais de fotoperíodo e temperatura. A espécie de milho escolhida foi a Zea mays, cultivar BR 105.
Os tratamentos foram as condições de presença ou ausência de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), onde T1- solução contendo NPK (testemunha); T2- omissão de K; T3- omissão de P; T4- omissão de N e T5- água destilada.
Cada plântula recebeu a cada dois dias 20 mL da solução. Ao final de 21 dias, as plântulas foram retiradas dos vasos, lavadas e secadas com papel toalha para determinar a massa seca mediante secagem em estufa à 65ºC por 24h.
Utilizou-se o Delineamento Inteiramente Casualizado, sendo cinco tratamentos com cinco repetições. Os dados foram tratados mediante análise de variância, e as médias comparadas ao teste de Tukey a 5% de significância.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os tratamentos T1 e T4 mostraram-se superiores aos demais em relação à produção de MS e comprimento das raízes, respectivamente. Na ausência de N, a produção de MS foi baixa, indicando a importância deste elemento na produção de biomassa, justificando-se pelo fato do nitrogênio participar da síntese dos aminoácidos e também integrar a molécula de clorofila (TAIZ, 2009).
O T2 mostrou-se inferior ao T1, T4 e T5 havendo uma queda de cerca de 22% da produção média de MS, inclusive outros autores relatam que este elemento é responsável por cerca de 20 a 30% da estrutural das plantas. O K influenciou diretamente na formação da estrutura da planta, havendo redução da produção de MS e demais componentes, pelo fato do potássio possuir função estrutural na planta, sendo o segundo elemento mais requerido pelas plantas (FANQUIN, 2005).
No T5 foi notado crescimento de raízes observando movimentos de interceptação radicular, onde possivelmente devido à ausência de nutrientes, a raiz desenvolveu esse mecanismo em busca desses elementos.
O nitrogênio N foi o elemento que mais interferiu no crescimento do vegetal. Já o P, atuou de forma mais generalizada, reduzindo o desenvolvimento como um todo, pois nesse tratamento, notou-se os menores valores médios em todos os aspectos.
CONCLUSÕES:
Observou-se a essencialidade dos elementos nitrogênio, fósforo e potássio, devido aos menores valores na produção de biomassa nos tratamentos nos quais havia a omissão de um deles ou de todos eles (sem nutrientes).
Palavras-chave: Milho, Soluções nutritivas, Macroelementos.