65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO DE ATRIBUTOS QUÍMICOS EM FRUTOS DE ABACAXI CULTIVADOS NO EXTREMO NORTE DO ESTADO DO TOCANTINS, EM SISTEMAS CONVENCIONAL E FERTIRRIGADO
Wanderson de Sousa Lima - Acadêmico do curso de Agronomia do IFTO – Campus Araguatins
Elberte Ferreira Guida dos Santos - Acadêmico do curso de Agronomia do IFTO – Campus Araguatins
Leandro dos Santos Silva - Acadêmico do curso de Agronomia do IFTO – Campus Araguatins
Vanderlúcia Batista Almeida da Silva - Acadêmica do curso de Ciências Biológicas do IFTO – Campus Araguatins
Ricardo Lopes de Alencar - Técnico de Laboratório - IFTO – Campus Araguatins
Francisco Filho da Silva - Prof. Doutor/Orientador - IFTO – Campus Araguatins
INTRODUÇÃO:
O abacaxi é uma fruta típica das regiões tropicais e subtropicais, sendo apreciado por consumidores, nas mais diversas formas de preparo. Suas excelentes características qualitativas refletem na sua importância socioeconômica (CARVALHO e BOTREL, 1996). Apesar de o Brasil estar entre os países de maior produção desta fruta, não tem grande participação nas exportações (NETTO et al., 1996). Segundo CHITARRA e CHITARRA (1990) o principal fator limitante para o aumento nas exportações de abacaxi estaria relacionado à baixa qualidade dos frutos brasileiros. Atualmente o Estado do Tocantins vem se destacando no setor da fruticultura em virtude das condições favoráveis para a produção de frutos, como água disponível para irrigação no período da seca e alta luminosidade praticamente o ano todo. Aliado a isto, a implantação de uma logística de comercialização para o abacaxi in natura permitiu sua exportação para mercados como Portugal, Holanda e Alemanha (LEITE et al., 2003). Assim, evidencia-se a necessidade de avaliar os atributos químicos dos frutos de abacaxi produzidos no extremo norte do Estado do Tocantins, Município de Araguatins, onde observa-se grande potencial produtivo para esta fruta. Estes atributos são responsáveis pela qualidade e aceitação final da fruta.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho objetivou avaliar os atributos químicos de frutos de abacaxi, cultivar Pérola, produzidos sob dois sistemas de cultivo (fertirrigado e não fertirrigado), no município de Araguatins – TO, colhidos em Março de 2013.
MÉTODOS:
Os frutos foram colhidos em duas propriedades no P.A Petrônio – zona rural, município de Araguatins – TO. Utilizou-se o delineamento inteiramente ao acaso, com dois tratamentos (fertirrigação e convencional) e oito repetições. Para tanto, foi utilizada a cultivar Pérola. Cada parcela foi constituída de 90 plantas em fileiras duplas e em cada parcela foram colhidos três frutos aleatoriamente, totalizando-se 24 frutos por tratamento. O plantio foi realizado, nas duas propriedades, em fileiras duplas e diferiram apenas no sistema de cultivo (fertirrigado e convencional). As análises químicas foram realizadas no Laboratório de Bromatologia do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) – campus Araguatins, utilizando-se uma fatia longitudinal correspondente a 25% do fruto, descascado e picado para posterior trituração. Em seguida, coletou-se amostra contendo 50 mL de polpa para leitura de pH utilizando-se um peagâmetro de mesa e um grama do suco para obtenção da Acidez Titulável (AT), por titulação com NaOH a 0,1M, com resultado expresso em porcentagem de ácido cítrico. Para a leitura do Teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) utilizou-se um refratômetro portátil. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A análise de variância indicou diferença significativa entre os tratamentos, pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade, apenas para a variável acidez titulável (AT). Para as demais variáveis, as diferenças não foram significativas pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade. O teor de sólidos solúveis totais (SST) apresentou-se na faixa de 15,00 a 16,57 graus Brix para o tratamento fertirrigado e 14,43 a 16,07 graus Brix para o tratamento convencional. O pH variou de 3,92 a 4,31 para o tratamento fertirrigado e 4,03 a 4,23 para o tratamento convencional. A acidez titulável (AT) variou de 0,42% a 0,54% para o tratamento fertirrigado e 0,40% a 0,47% para o tratamento convencional. Já a relação SST/AT situou-se entre 30,10 a 39,42 para o tratamento fertirrigado e 30,91 a 40,31 para o tratamento convencional. Embora a análise de variância tenha indicado diferença significativa entre os tratamentos, para a variável AT, não houve diferença significativa entre as médias, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. De acordo com CHITARRA e CHITARRA (2005) o valor de AT considerado ótimo, no caso da cultivar Pérola, é de 0,30%. Os resultados encontrados neste trabalho situam-se próximos aos ao que é considerado ótimo por CHITARRA e CHITARRA (2005).
CONCLUSÕES:
Conclui-se, com base nos resultados, que embora os sistemas de cultivo tenham sido diferentes, não houve diferenças significativas entre as variáveis analisadas, exceto para acidez titulável (AT) que foi maior no sistema fertirrigado.
Palavras-chave: P.A. Petrônio, Fertirrigação, Qualidade de frutos.