65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
MASSA SECA DA PARTE AÉREA E DA RAIZ DA CULTURA DO ARROZ SUBMETIDO À OMISSÃO DE NUTRIENTES EM LATOSSOLOS DO NORDESTE PARAENSE
Juliana Souza da Silva - Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA Campus de Capitão Poço
José Darlon Nascimento Alves - Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA Campus de Capitão Poço
Danielly Cristina da Silva Marques - Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA Campus de Capitão Poço
Deymeson Mateus Soares da Silva - Discente da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA Campus de Capitão Poço
Ricardo Shigueru Okumura - Prof./Orientador da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
Eduardo Cézar Medeiros Saldanha - Prof./Orientador da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA
INTRODUÇÃO:
O arroz (Oryza sativa L.) destaca-se pelo volume de produção e área de cultivo, sendo considerado a cultura alimentar de maior importância econômica para vários países em desenvolvimento.
A produção nacional de arroz em casca no ano de 2011 foi de 13,4 milhões de t, 19,9% maior que a de 2010 e a área colhida ficou em 2,75 milhões de ha, com rendimento médio de 4.896 kg.ha-1 (IBGE,2011).
A adequação do manejo de nutrientes desponta como aspecto preponderante, visto ser a adubação o fator isolado com capacidade de proporcionar maior retorno em produtividade ao arroz (SCIVITTARO& GOMES, 2007).
Para o estabelecimento do manejo da adubação devem ser considerados a suficiência e o equilíbrio entre os nutrientes no meio de cultivo. Com base neste princípio, as recomendações para a cultura devem prever, além do fornecimento dos macronutrientes primários, a correção do solo e, quando pertinente, a aplicação de enxofre, micronutrientes e nutrientes benéficos à cultura, como o silício (SCIVITTARO et al., 2008).
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar a fertilidade de Latossolos de textura média e argilosa por meio da omissão de macro e micronutrientes e seus efeitos no desenvolvimento do arroz.
MÉTODOS:
O estudo foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus de Capitão Poço. Os solos utilizados foram Latossolo Amarelo textura média e argilosa do município de Capitão Poço-PA e Paragominas-PA, respectivamente. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, constituídos de 2 substratos (textura média e argilosa) e 11 tratamentos, assim especificado: T1 – Controle; T2 – Completo (Calagem + macronutrientes + B, Zn, Cu, Si e Ni); T3 – NPK + B, Zn, Cu, Mn e Si (sem calagem); T4 - Omissão de N; T5 – Omissão de P; T6 – Omissão de K; T7 – Omissão de Ca; T8 – Omissão de Mg; T9 – Omissão de B, Zn, Cu, Si e Ni; T10 – Omissão de Si; e T11 – Omissão de Ni.
As doses dos nutrientes foram: N - 150 mg kg-1 de solo (uréia); P2O5 – 200 mg kg-1 de solo (fosfato de sódio); K2O – 100 mg kg-1 (sulfato de potássio); Ca – 200 mg kg-1 (cloreto de cálcio); Mg – 50 mg kg-1 (cloreto de magnésio); S – 40 mg kg-1 (sulfato de sódio); B – 1,0 mg kg-1 (ácido bórico); Zn – 5,0 mg kg-1 (sulfato de zinco); Cu – 1,0 mg kg-1 (sulfato de cobre); Si - 200 mg kg-1 (silicato de cálcio); e Ni – 2 mg kg-1 (cloreto de níquel).
Foi avaliada a massa seca total da parte aérea e da raiz e os dados obtidos foram submetidos ao teste de Dunnett (p<0,05), utilizando o software estatístico Assistat.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para a variável massa seca da parte aérea, verifica-se diferença significativa dos tratamentos Omissão de P e Controle em relação ao tratamento completo. Além disso, apresentaram as menores respostas, no Latossolo do município de Capitão Poço. Assim, observa-se que a deficiência de P e a ausência de adubação mineral contribuíram para a menor quantidade de massa seca no solo de textura média. Enquanto, o solo de Paragominas, os tratamentos omissão de K e controle apresentaram médias significativas comparadas ao tratamento completo.
Por meio das análises entre os locais, observa-se a ocorrência de resultados diferentes nos tratamentos Omissão de P e a de K o que promoveu resultados diferentes entre os solos analisados, assim como valores significativamente inferiores aos demais tratamentos.
Os resultados de massa seca de raiz, não diferiram estatisticamente dos tratamentos em comparação ao completo independente dos locais. Por sua vez, comparando as médias dos tratamentos em relação aos locais, apresentaram diferença entre os tratamentos NPK + B, Zn, Cu, Mn + Si (sem calagem), Omissão de P, Omissão de B, Zn, Cu, Si e Ni, Omissão de Si e Controle, na qual o experimento com solo de Paragominas obteve as menores respostas comparado ao Capitão Poço, com exceção o controle.
CONCLUSÕES:
A deficiência principalmente de fósforo, influencia diretamente no desenvolvimento da planta de arroz independente da textura média ou argilosa do solo.
Palavras-chave: Oryza sativa, nutrição mineral, Latossolo Amarelo.