65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 2. Engenharia Agrícola - 3. Engenharia Agrícola
QUALIDADE FRUTOS DE GOIABEIRA (Psidium guajava L.) EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE COLHEITA EM SANTA MARIA - RS.
Antonia Vanderlane Albuquerque da Costa - Graduanda - Campus de Capitão Poço - UFRA
Raimundo Thiago Lima da Silva - Prof. MSc./Orientador - Campus de Capitão Poço - UFRA
Toshio Nishijima - Prof. Dr./ Centro de Ciências Rurais - UFSM
Ariele Carneiro de Andrade - Graduanda - Campus de Capitão Poço - UFRA
Leane Castro de Souza - Graduanda - Campus de Capitão Poço - UFRA
Candido Ferreira de Oliveira Neto - Prof. Dr./ Campus de Capitão Poço - UFRA
INTRODUÇÃO:
A goiabeira, Psidium guajava L., pertence à família Mirtaceae, cuja região de origem provavelmente seria entre o sul do México e a América do Sul. As vantagens provenientes da fruticultura são inúmeras, dentre essas, destaca-se, a elevação do nível de emprego, a fixação do homem no campo, a melhor distribuição da renda regional, a geração de produtos de alto valor comercial e importantes receitas e impostos, além de excelentes expectativas de mercado interno e externo, gerando divisas. Entre as novas alternativas, está à cultura da goiabeira, uma atividade de alta rentabilidade e com grande possibilidade de expansão no país. A variabilidade de clones existentes de goiabeira torna essa planta bem adaptada a diferentes condições climáticas. Admite-se, porém, que a temperatura ideal para o seu desenvolvimento e frutificação esteja entre os limites de 23º C e 28º C. Há evidencias de que ela não se desenvolve bem em regiões onde a temperatura média for inferior a 16º C, mesmo que no inverno não ocorram geadas. Abaixo de 12º ela não vegeta bem, suportando, porém, geadas leves, com temperaturas não inferiores a 1º C. Temperaturas de 2º C são, em geral, letais para as plantas novas e trás muitos danos para as plantas adultas que, no entanto, se recuperam com relativa facilidade.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Em detrimento da importância e falta de informações, a respeito do desempenho da goiabeira, nas condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul esta pesquisa objetiva, avaliar a qualidade de frutos de goiabeira (pH, sólidos solúveis totais e acidez total titulável), irrigada por gotejamento no município de Santa Maria – RS.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido em um pomar de goiabeiras da cultivar Paluma, de seis anos de idade, cultivadas sob camalhões, em espaçamento de 3,5 m entre plantas e 3,5 m entre linhas, na Universidade Federal de Santa Maria – RS no ano de 2011. Os dados meteorológicos foram coletados a partir da estação automática do Departamento de Fitotecnia da UFSM. As análises de pH, de Sólidos Solúveis Totais (°Brix) e Acidez Total Titulável, foram determinados em três épocas distintas de colheita (no 192º DAP, no 206º DAP e no 220º DAP). Para as determinações foram utilizados quatro frutos por planta, colhidos ao acaso, um em cada quadrante da planta. O pH das amostras foi determinado utilizando um potenciômetro com prévia calibração. Os Sólidos Solúveis Totais (°Brix) foram determinados por refratometria. A Acidez Total Titulável, foi determinada através de uma técnica simples de titulação com base padronizada, de Hidróxido de Sódio (NaOH) a 0,1N. O experimento foi conduzido em Delineamento de Blocos ao Acaso, com 3 épocas de colheita e 7 repetições, os dados foram submetidos à ANOVA, e posteriormente ao teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Observa-se que os teores de sólidos solúveis totais (SST) diferiram estatisticamente entre as colheitas realizadas, e apresentaram tendência de diminuir ao longo do período de colheita dos frutos, 1ª Colheita (192º DAP) = 8,6367a; 2ª Colheita (206º DAP) = 8,1500b; 3ª Colheita (220º DAP) = 6,9667 c. Isso foi proporcionado possivelmente ao fato de, no período de colheita, a radiação solar, insolação e a temperatura média do ar tenderam a diminuir. As épocas em que foram colhidos os frutos interferiram significativamente no pH dos frutos, 1ª Colheita (192º DAP) = 4,34667a; 2ª Colheita (206º DAP) = 4,11000b; 3ª Colheita (220º DAP) = 4,48333a. Na 2ª colheita o pH dos frutos diminuiu significativamente quando comparado com a 1ª e 3ª colheita, esse fato foi atribuído ao passo que as temperaturas em que foram colhidos os frutos na 2ª colheita foram menores do que as demais. Os tratamentos influenciaram significativamente nos valores de ATT dos frutos, 1ª Colheita (192º DAP) = 0,39457b; 2ª Colheita (206º DAP) = 0,49077ª; 3ª Colheita (220º DAP) = 0,41467b. Na 2ª colheita a ATT foi superior a 1ª e a 3ª colheita, e está diretamente relacionada ao pH dos frutos que nesse período foi menor.
CONCLUSÕES:
Os fatores temperatura, insolação e radiação solar interferiram nos valores de pH, SST e ATT do fruto durante a colheita.
Palavras-chave: Goiabeira, Sólidos Solúveis Totais, Acidez Total Titulável.