65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NO ENSINO PÚBLICO REGULAR DA CIDADE DE AUGUSTINÓPOLIS
Marina Cabral dos Santos - Graduanda de Licenciatura em Ciências Biológicas-IFTO/Campus Araguatins
Guilherme Oliveira da Silva - Graduando de Licenciatura em Ciências Biológicas-IFTO/Campus Araguatins
Lidiane Rodrigues da Fonseca Santos - Graduanda de Licenciatura em Ciências Biológicas-IFTO/Campus Araguatins
Helayne da Silva Melo - Graduanda de Licenciatura em Ciências Biológicas-IFTO/Campus Araguatins
Isaias Pereira de Sousa - Graduando de Licenciatura em Ciências Biológicas-IFTO/Campus Araguatins
Lucinalva Ferreira - Profª. Esp./Orientadora – Depto. de Ciências Humanas – IFTO/Campus Araguatins
INTRODUÇÃO:
A Educação é direito de todos os brasileiros, inclusive aqueles com necessidades educacionais especiais, segundo o DECRETO No 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999“todas as pessoas com necessidades especiais tem direito a educação assegurada por lei, e é dever do Poder Público garantir o pleno exercício de seus direitos.”
Partindo deste pressuposto essa pesquisa de campo foi desenvolvida com o objetivo de entender como o processo de inclusão de pessoas com necessidades Educacionais Especiais acontece no Ensino público Regular bem como identificar como a Unidade Escolar trabalha com as crianças que precisam desse atendimento.
É de suma importância analisar o processo de inclusão em todos os níveis da educação visando à melhoria do ensino como um todo bem como garantir os direitos de todos os estudantes sem nenhuma distinção. Está pesquisa apresenta dados que podem ser usados como diagnóstico para o incremento de futuras ações para a melhoria deste processo.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O trabalho teve como objetivos: • Entender como se dá o processo de inclusão de pessoas com necessidades Educacionais Especiais no Ensino público Regular na cidade de Augustinópolis; • Identificar as práticas educacionais voltadas para esse público na Unidade Escolar trabalha • Discutir com os alunos e os pais conhecimentos sobre o processo de inclusão social.
MÉTODOS:
O presente trabalho teve sua fase de pesquisa desenvolvida em uma escola de Ensino Fundamental da rede pública estadual na cidade de Augustinópolis. Foram utilizados três tipos de questionário na pesquisa, direcionados para cada publico ao qual foi aplicado, com o mesmo eixo temático.
Os questionários foram compostos de questões abertas e fechadas de forma que os sujeitos envolvidos respondessem de maneira clara e objetiva, facilitando assim a discussão e análise de resultados decorrentes do mesmo. O questionário foi aplicado a uma parcela da comunidade escolar (pais, servidores e alunos, totalizando 24 indivíduos).
Foi utilizado o computador para digitar os questionários e o programa Microsoft Office Excel para tabular os dados e desenvolver os gráficos. A coleta de dados foi realizada na escola para os alunos, em sala de aula, para os servidores foi entregue em cada setor nos quais trabalham. Já para os pais os dados foram colhidos em suas residências em horários específicos para não atrapalhar as suas rotinas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os três segmentos da comunidade escolar expuseram suas opiniões através de questionários com questões abertas e fechadas no intuito de comprovar seus conhecimentos acerca da inclusão de pessoas com necessidades especiais educacionais, como é realizado este processo na unidade escolar e quais suas opiniões sobre a temática.
Todos os pais garantem que não se incomodam com o fato de seu filho ter colegas de escola com Necessidades Educacionais Especiais; 72% declaram que a escola não tratada temática Inclusão nas reuniões de pais e mestres.
68% dos servidores entrevistados acreditam que o trabalho com educação Inclusiva tende a ser necessariamente realizado na sala de recursos multifuncionais e 62% por cento afirmam que receberam capacitação para trabalhar com o público alvo dessa pesquisa.
Em relação aos alunos 55% destes afirmaram não saber o significado de inclusão e relataram que o tema não é trabalhado com pela escola. Portanto, 75 % por cento consideram que unidade escolar é inclusiva, argumentando que a mesma tem vários alunos com necessidades especiais e que existe a recursos multifuncionais voltadas para atendimentos a essa diversidade. Todos afirmam que o processo de inclusão dos alunos com necessidades especiais é importante e acontece de forma satisfatória.
CONCLUSÕES:
A partir da observação dos dados foi possível concluir que o foco das formações sobre inclusão de estudantes com NEE ainda é o professor. Segundo a percepção dos profissionais e alunos a sala de recursos multifuncionais ainda é a única referência no trabalho com esse público. Devido à quantidade de alunos que responderam não para a pergunta sobre o que significa inclusão, identifica-se um déficit de formação voltada para estes sobre o referido tema. Já em relação aos pais, percebe-se que parte destes também afirma não terem conhecimento sobre a temática. Embora haja divergências entre as respostas dos pais, todos concordam que não se incomodam por seus filhos estudarem nas mesmas salas dos alunos com NEE.
A Unidade Escolar pesquisada já atende a algumas diretrizes do trabalho com estudantes que necessitam de atendimentos educacionais especializados. No entanto, ainda é necessário atenção a possíveis falhas nesse processo (como é discutido o tema. É unânime entre os segmentos entrevistados a ideia de que o processo de inclusão desses alunos no ensino público regular é importante, demonstrando interesse em contribuir no processo de inclusão, o primeiro passo para a melhoria do trabalho desenvolvido com todos os acadêmicos de forma que a escola torne-se de fato inclusiva.
Palavras-chave: Educação, Inclusiva, Práticas educacionais.