65ª Reunião Anual da SBPC

D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem

OFICINA EDUCATIVA SOBRE CONSUMO DE SAL PARA IDOSOS DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CEARÁ

Jerry Deyvid Freires Ferreira - Enfermagem - UNILAB Paula Cristina Araújo Morais - Enfermagem - UNILAB Paula Alves de Lima - Enfermagem - UNILAB Andressa Paola Sousa Silva - Enfermagem - UNILAB Francisco Antônio Carlos Bernardino Guedes - Enfermagem - UNILAB Rafaella Pessoa Moreira. - Profa. Dra./Orientadora – Enfermagem – UNILAB

INTRODUÇÃO:

Atualmente é crescente o número de pessoas com doenças crônicas como hipertensão arterial e diabetes Mellitus em todas as faixas etárias. Este fato ainda ocorre com mais intensidade em virtude do crescente envelhecimento populacional. De acordo com Agondi (2012), a hipertensão arterial sistêmica é uma afecção de origem multicausal, sendo o elevado consumo de sódio um fator-chave na elevação dos níveis pressóricos entre hipertensos e normotensos. Estudos experimentais, populacionais e de revisão sistemática demonstram relação direta entre a redução do consumo dietético de sódio e a diminuição dos níveis de pressão arterial e, consequentemente, do risco cardiovascular, decorrentes de quadros hipertensivos. A restrição dietética de sal é importante medida não farmacológica do manejo terapêutico do sujeito hipertenso, sendo recomendado para esses indivíduos o consumo de, no máximo, 4g/sal/dia ou 1600mg/sódio/dia. Contudo, estudos recentes evidenciam consumo de sal em torno de 12,5 a 13g/ dia, entre hipertensos, dado majoritariamente pela adição de sal no preparo dos alimentos. (AGONDI, 2012).

OBJETIVO DO TRABALHO:

Comparar o conhecimento que alguns idosos com o diagnóstico médico de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus e idosos sem a presença destas doenças tinham sobre o consumo de sal, antes da realização de uma oficina educativa e após a oficina.

MÉTODOS:

O presente estudo foi realizado com dezessete idosos que frequentavam atividades em um Centro de Referência da Assistência Social no município de Redenção - Ceará. Participaram da pesquisa, idosos que apresentavam patologias como diabetes mellitus e hipertenção arterial e também aqueles que não apresentavam estas patologias. Os idosos foram esclarecidos sobre a pesquisa e os que quiseram participar responderam um formulário que abordava questões sobre o consumo de sal. Após a aplicação do formulário, foi realizada uma oficina pelos bolsistas responsáveis pela pesquisa. Os recursos didáticos utilizados para a realização da oficina foram: computador e data show com a utilização de slides feitos no PowerPoint. A temática abordada foi o consumo de sal. Após a oficina, foi aplicado novamente o instrumento com o objetivo de comparar o conhecimento dos idosos antes e após a realização da oficina educativa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Os resultados apontaram que 17,6% dos idosos apresentaram diagnóstico médico de diabetes mellitus e 58,6% de hipertensão arterial e apenas 23,8% não apresentavam essas patologias. Quando interrogados sobre a ingestão de sal na terceira idade, antes da oficina, 23,5% dos idosos afirmaram achar saudável seu consumo e após oficina, esse percentual foi reduzido a 5,9%. Em relação à importância de evitar a ingestão de alimentos com elevado teor de sal, 70,6% dos idosos participantes responderam achar importante evitar seu consumo e depois da oficina este numero passou para 76,5%. Todos os idosos tinham suas refeições preparadas por empregados. No que diz respeito à quantidade de sal considerada adequada ao consumo diário, 5,9% disseram que era correto consumir uma colher de sopa, 41,2% meia colher de sopa, 41,2% uma colher de chá e 11,8% referiram que o correto era não ultilizar sal. Após a oficina este número passou para 0,0%, 23,5%, 53,0% e 23,5, respectivamente. Quando perguntados se achavam saudável usar sal na comida, 88,2% responderam que era saudável, após a oficina 35,3% continuaram achando correto usar sal nos alimentos. Dos idosos hipertensos que reduziram o consumo de sal 47,1% disseram ter sido fácil, 35,3% difícil e 17,6% relataram que ainda não tinham se adaptado.

CONCLUSÕES:

De acordo com os resultados obtidos é possível observar que os idosos consumiam uma quantidade de sal que não era a recomendada, principalmente para aqueles com hipertensão arterial. No entanto, a oficina foi de grande importância para os idosos, pois os resultados mostraram um maior entendimento dos participantes a respeito do consumo de sal e as quantidades que devem ser ingeridas diariamente para tornar alimentação mais saudável, após a realização da oficina.

Palavras-chave: Idoso, Sal, Saúde.