65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 13. Serviço Social - 7. Serviço Social
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: Um estudo sobre o Projeto Projeam Parques do Uninorte
Maitê da Silva Figueiredo - Centro Universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
Ana Paula Andrade Angiole - Centro Universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
Maria Tereza de Oliveira Farias - Centro Universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
Lúcia Nogueira Viana Mota - Centro Universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
Socorro Yara Pereira de Moraes - Centro universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
Nayra Alemes de Lima - Centro Universitário do Norte - UNINORTE LAUREATE
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre a importância da educação ambiental para a promoção de uma cidadania participativa. Refletir sobre a Educação Ambiental é de extrema importância para que o homem adquira um conhecimento no mínimo razoável sobre o meio ambiente, pois o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre homem e natureza. A educação ambiental como formação e exercício da cidadania, refere-se a uma nova forma de atuação do homem politicamente comprometido com a sociedade, para propiciar à minimização das desigualdades sociais, afim de que haja cidadãos conscientes e comprometidos com a vida, com o bem-estar de cada um, com a sociedade e mais precisamente com o local em que vivem. Os parques urbanos têm a finalidade de proporcionar ao morador o contato com o meio natural, evitando que a cidade se torne totalmente concreto, havendo arborização, lagos, gramas, onde pássaros e pequenos insetos se reproduzam formando um pequeno ecossistema. A educação ambiental objetiva, a formação de sujeitos capazes de compreender sua realidade, estimulando o enfrentamento das questões ambientais. A conscientização e a cidadania participativa só podem ser praticadas através do conhecimento e faz com que os indivíduos tenham uma visão holística do meio.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Refletir a importância da cidadania participativa em relação à educação ambiental como forma de contribuição para uma melhor qualidade de vida a partir do Projeto Projeam Parques. Identificar os instrumentos e técnicas que o projeto utiliza para contribuir com a cidadania participativa, refletir em torno à ação profissional do Assistente Social configurando a área ambiental como campo de trabalho.
MÉTODOS:
Inicialmente foi realizada uma aproximação com o objeto de estudo, através da revisão da literatura pertinente a pesquisa, posteriormente buscou realizar algumas visitas em loco como forma de conhecer o objeto pesquisado. A presente obra pauta-se através de uma análise qualitativa levando em consideração a importância da educação ambiental junto às famílias residentes no entorno dos parques de Manaus. O trabalho de campo foi realizado utilizando técnicas de entrevistas do tipo semi-estruturado contendo perguntas abertas e fechadas. Partindo-se dessa premissa, é que propomos um estudo como forma de realizar uma análise criteriosa dessa relação entre os moradores do entorno dos parques e o meio ambiente em que estão inseridos, buscando orientar o indivíduo para uma participação ativa na prevenção dos problemas ambientais que são gerados pela ausência de informação e comprometimento com o bem estar social e uma melhor qualidade de vida.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Um dos grandes problemas ambientais e muito debatido hoje em encontros e seminários está à irresponsabilidade e a falta de sensibilização por parte de moradores que vivem em torno dos Igarapés da cidade de Manaus. O acúmulo de lixo causado pelos próprios moradores, ainda é um grande desafio para os educadores sociais, pois trabalhar a educação ambiental seja nas escolas ou junto às famílias que residem em torno dos parques não é tarefa fácil, durante anos, as famílias residentes em torno dos parques produziram e reproduziram o hábito de jogar seu lixo dentro dos Igarapés. A educação ambiental é muito mais do que conscientizar sobre o lixo, reciclagens e datas comemorativas é trabalhar situações que possibilitem a comunidade pensar propostas de intervenção junto à realidade que os cercam. Em geral, o que se pode perceber num primeiro olhar, é que o poder público vem oferecendo algumas mudanças qualitativas aos moradores do entorno dos parques, portanto é necessário que enfatize essa sensibilização aos beneficiários dos parques, buscando uma intervenção social com base na educação ambiental, formando assim agentes multiplicadores dentro das próprias comunidades para que os mesmos possam trabalhar a preservação não só no espaço em que residem, mas toda a área que abrange os Parques.
CONCLUSÕES:
É importante compreender a dinâmica da mobilidade provocada pelo direito da cidadania para uma otimização na aplicabilidade de políticas públicas satisfatórias, firmando a cidadania e garantindo a qualidade de vida. As cidades crescem e, na medida em que os espaços, o meio natural e social são modificados, o homem também é transformado por eles, contudo com as interações sociais o homem garante a dignidade e a cidadania. Partindo dessa premissa, cabe ao Assistente Social envolver-se com a comunidade objetivando a participação dos indivíduos, inserindo-o, envolvendo-o no meio natural em que vivem, com direitos e deveres garantidos, acompanhando as ações do Governo e afim de que os recursos sejam redistribuídos de forma igualitária para a garantia das ações e serem implantadas gerando assim a inclusão social. Na aplicabilidade, a Educação Ambiental é necessária, mas não é suficiente para resolver os problemas ambientais, precisa de uma gestão participativa envolvendo as comunidades, políticas públicas e principalmente as mudanças necessárias nas grades curriculares. Na instituição educacional a Educação Ambiental é vista como atividade interdisciplinar, não abrange a sua totalidade de conteúdos a ser aplicado nesta área, sabendo que os problemas ambientais são de natureza complexa.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Cidadania Participativa, Serviço Social.