65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE HORTELÃ Menta piperita L. CULTIVADA EM GARRAFAS PET’s.
Rivanildo Correa Quaresma - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA
Alessandra Simone Santos de Oliveira Flor - Profa. Esp./Orientadora – Eixo Tecnológico de Recursos Naturais – IFPA- Campus A
Samantha Ribeiro da Silva - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA
Lilia de lima carvalho - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA
Idalva da Conceição Ribeiro - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA
Leandro Martins Gonçalves - Discente de Licenciatura Plena em Biologia – IFPA – Campus Abaetetuba -PA
INTRODUÇÃO:
O gênero Mentha (Lamiaceae), comumente conhecido como hortelãs, destaca-se pelo uso culinário e de chás com efeito medicinal, sendo conhecido pelo seu sabor característico e aroma refrescante. A espécie Menta piperita, conhecida como hortelã-pimenta, é produtora de óleo essencial rico em mentol e flavonóides, cujas aplicações nas indústrias farmacêuticas conferem- lhe grande importância econômica (Martins et al.,1998).
A expansão da demanda tem justificado o forte investimentos em trabalhos de pesquisa com plantas medicinais, principalmente, na busca de novas ferramentas de investigação, determinação e síntese de produtos naturais (DI STASI, 1996). Contudo têm-se estudado pouco, os mecanismos relacionados a produção qualitativa e quantitativa desses produtos naturais, principalmente, sobre os aspectos ecológicos e de aproveitamento de espaço para produção.
Deste modo, a presente investigação visa buscar ferramentas de aproveitamento de espaço para produção de Hortelã Menta piperita utilizando garrafas PET’s como veículo de condução para desenvolvimento vegetativo (biomassa) saindo da forma convencional de produção conduzida por canteiros no solo.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Investigar a eficiência do cultivo de hortelã Menta piperita utilizando garrafas pets como veículo de condução para desenvolvimento vegetativo (biomassa) para otimização de espaço de produção.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido no laboratório de Biologia IFPA Campi Abaetetuba no Estado do Pará, com a finalidade de testar o uso de garrafas PET’s de dois litros, em substituição ao plantio em canteiros convencionais no solo.
Foram confeccionados doze suportes contendo cinco garrafas cada, onde estas foram contadas com tesouras, na lateral, a uma altura de 15 cm, a partir da base e perfuradas na parte anterior e posterior para a passagem de fio de nylon para dar sustentação aos suportes. Na parte inferior de cada garrafa foram realizados dez furos para o deslocamento de água de irrigação. Estas garrafas com suas respectivas tampas, passaram por um processo de assepsia, em caixa d’água de 500 L, com solução de hipoclorito de sódio (5%), permanecendo imersas nessa solução por cerca de 1 hora. Após esse período, todo o material foi enxaguado com água corrente, para retirar o excesso de hipoclorito e, em seguida fora adicionado 1,8 Kg de terra preta.
O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, constando de duas etapas. Na primeira foram plantadas duas mudas de hortelã em cada garrafa em seis suportes. Na segunda etapa apenas uma muda em cada garrafa nos seis suportes restantes. Os parâmetros avaliados foram o potencial desenvolvimento vegetativo das plantas (biomassa).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
De acordo com os resultados, pode-se verificar a funcionalidade das garrafas tipo PET’s como veículo de condução para desenvolvimento vegetativo de plantas de Hortelã, apresentando desenvolvimento satisfatório de biomassa quando comparado ao cultivo no solo. Houve diferença significativa entre as garrafas contendo duas mudas de Hortelã, pois, as mesmas não obtiveram um bom desenvolvimento vegetativo devido ao pouco espaço para o seu desenvolvimento e a concorrência por nutrientes. Enquanto que as garrafas contendo somente uma mudas obtiveram um desenvolvimento satisfatório do ponto de vista do desenvolvimento da área foliar representando um melhor volume de biomassa. Segundo Vogel (2001), esse crescimento vegetativo pode ser atribuído às melhores condições de fertilidade do substrato.
Os resultados indicam que é possível a utilização de garrafas tipo PET’s em substituição do sistema convencional de produção em canteiros no solo, sem prejuízo na condução da produção, além das garrafas serem de material inerte, leve, resistente e de grande apelo ecológico.
CONCLUSÕES:
A utilização de garrafas PET’s como veículo de condução na produção de Menta piperita em canteiros suspensos apresenta-se viável do ponto de vista de volume de biomassa ressaltando-se que o plantio de (01) uma muda torna-se mais vantagiosa do que (02) duas mudas em uma mesma garrafa.
Esta utilização representa uma alternativa ímpar de aproveitamento residual de produtos oriundos da indústria de refrigerantes, além das garrafas serem de material inerte, leve, resistente e de grande apelo ecológico.
Palavras-chave: Desenvolvimento Vegetativo, Aproveitamento de Espaço, Resíduos.