65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
PRÁTICAS COM MATERIAIS DE FÁCIL ACESSO COMO FERRAMENTA ALTERNATIVA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE PARNAÍBA PIAUÍ
Jaqueline Da Silva Santos - Campus Universitário de Parnaíba/UFPI
Jefferson Bruno Pereira Amaral - Campus Universitário de Parnaíba/UFPI
Maria Helena Alves - Campus Universitário de Parnaíba/UFPI
Maria de Fatima Rodrigues - Campus Universitário de Parnaíba/UFPI
Socorro de Maria da Silva Santos - Campus Universitário de Parnaíba/UFPI
INTRODUÇÃO:
Partindo do ponto que o ensino de botânica tem sido considerado conteúdo de pouca relevância, o maior desafio de se ensinar botânica é tornar o ato de aprender seus conteúdos algo prazeroso e significativo para os alunos. Pois o aprendizado só tem verdadeiro valor quando é estimulante e se mostra de fundamental importância no cotidiano.
Existem muitas visões sobre o ensino de botânica, algumas vezes o próprio professor deixa de dar a devida importância para os assuntos relacionados ao mundo vegetal, passando a ministrar de forma rápida ou sem aprofundar-se em suas explicações, deixando de mostrar de fato a significância desses conhecimentos. De acordo com o demonstrado pelos alunos, eles não apresentam de imediato muito interesse pelos conteúdos do reino das plantas, porém esse posicionamento não esta restrito apenas a essa área do ensino de ciências.
Quando um educador entra em sala de aula, principalmente quando se trata do ensino fundamental, precisa estar consciente que o primeiro desafio é tornar atrativo e segurar a atenção dos alunos e daí que surge a necessidade da intervenção pedagógica seja por meio de dinâmicas, jogos ou praticam, essas metodologias podem ser feitas com materiais simples, de fácil acesso, dependendo tão somente da criatividade do professor.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Por meio do uso de materiais simples de baixo custo e de fácil acesso pretendeu-se, com esse trabalho, utilizar metodologias acessíveis e dinâmicas que tornem o ensino e a aprendizagem dos conteúdos botânicos algo enriquecedor e atrativo para os alunos.
MÉTODOS:
Esse trabalho foi desenvolvido por bolsitas do PIBID em duas escolas públicas no município de Parnaíba Piauí. Após a explicação dos conteúdos do reino das plantas terem sido demonstrados pela professora da disciplina de ciências, aplicou-se a pratica, não deixando de usar de eventuais explicações durante a realização dessa atividade. No ensino fundamental onde os alunos veem pela primeira vez os grupos vegetais, foi demonstrado um cladograma, escrito no próprio quadro, onde estavam representadas, algas, briófitas e pteridófitas. Traçou-se uma linha evolutiva para esclarecer a evolução que os grupos passaram ao longo dos tempos. Nessa linha se observou as condições ambientais adequadas a cada grupo e quais modificações estes adquiriram. Foram trabalhadas briófitas e pteridofitas com material fresco e exsicata mostrando as diferenças e semelhanças entre os dois grupos. Em gimnospermas foi utilizado estróbilos, uma espécie de pinheiro e slides para exposição das sementes destes. Enquanto em angiospermas foram mostrados monocotiledôneas e eudicotiledôneas, e as partes que constituem a planta: raiz, caule, folha, fruto e semente e realizado dissecação e colagem de flores com o objetivo de observar segmento da flor, como: sépalas, pétalas, ovário, estilete e estigma além dos estames.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A desenvoltura e interesse dos alunos durante as discussões, visualizando e questionando as partes das plantas procurando saber sobre as diferenças entre os grupos mostrou que os alunos não dão menos importância aos assuntos vegetais. Ao contrário percebeu-se que a falta de interesse está relacionada mais com a forma que os conteúdos são ministrados do que com a suposta aversão ou falta de interesse. Pois quando se empregou o uso de aulas praticas, estes mesmos alunos ficaram entusiasmados e a maioria prestou atenção. Em suas avaliações obtiveram boas notas. Na pratica com briófitas pode se perceber que apenas com as figuras do livro alguns alunos não faziam ideia do que seria um musgo em sua real imagem, ficaram extremamente admirados com o tamanho dessas plantas como se nunca as tivessem visto em seu cotidiano. Depois da realização das atividades a maioria soube identificar as estruturas das briófitas e pteridofitas, além de apontar diferenças entre gimnospermas e angiospermas, reconhecer morfologicamente monocotiledôneas e eudicotiledoneas, pode se perceber também que embora a fotossíntese seja um termo bem visto, a maioria dos alunos não tem as etapas fotossintéticas esclarecidas e que os vídeos, slides e experimentos simples contribuem de forma relevante para o aprendizado.
CONCLUSÕES:
O comportamento dos alunos frente às práticas aplicadas nos permitiu perceber que na atual situação em que o ensino público se encontra o professor deve mostrar se é capaz de inovar e ousar, mesmo com os poucos recursos que lhes estão disponíveis para enriquecer e dinamizar as aulas. Pois a falta de interesse dos alunos pelos assuntos botânicos são atribuídas principalmente a forma metódica com que os assuntos são explanados, fazendo-se de fundamental relevância a dinamização no ensino da teoria. Nesse sentido a intervenção pedagógica por meio das praticas se faz necessário devido a sua importância na qualidade e melhora das aulas para melhor entendimento do discente.
Palavras-chave: Ensino, práticas, botânica.