65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
INFLUÊNCIA DA PRÉ-EMBEBIÇÃO EM ÁGUA SOB DIFERENTES TEMPOS SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Beta vulgaris L.
Karollyne Renata Souza Silva - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Renato Augusto Soares Rodrigues - Estudante do curso de doutorado em ciências agrárias, UFRA
Tamires Borges de Oliveira - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Marcela Pereira Lourinho - Estudante do curso de doutorado em ciências agrárias, UFRA
Milenna Vasconcelos Pantoja - Estudante de graduação do curso de agronomia, UFRA
Roberto Cezar Lobo da Costa - Prof.Dr./Orientador-Depto de Ciências Agrárias-ICA/UFRA
INTRODUÇÃO:
A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma hortaliça pertencente à família Quenopodiaceae,e é bastante cultivada em países de clima temperado, sendo que no Brasil se destacam as regiões Sul e Sudeste (Camargo, 1984). A germinação da semente é afetada por uma série de condições, tanto intrínsecas como extrínsecas, cujo conjunto é essencial para que o processo se realize normalmente. A embebição de sementes antes do plantio é uma técnica utilizada em espécies vegetais a fim de facilitar a germinação e emergência. Com a pré-embebição, ocorre a absorção de água pela semente, processo que eleva a taxa respiratória e inicia a divisão celular, consequentemente há o rompimento do tegumento. A limitação de pesquisas com pré-embebição em sementes de beterraba, interfere no uso desta técnica para a produção de mudas de beterraba.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da pré-embebição a água em diferentes períodos na germinação de sementes de beterraba cv. Chata do Egito.
MÉTODOS:
O trabalho foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA-Belém), o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por sementes de beterraba cv. Chata do Egito, 6 tratamentos (T1:0 hora, T2:1 hora, T3:2 horas, T4:3 horas, T5:4 horas e T6: 5 horas), cinco repetições, cada uma com 20 sementes, onde cada parcela era representada por uma placa de petri, totalizando 25 parcelas e 600 sementes. As sementes foram imersas em água destilada para embebição, permanecendo por tempo necessário a cada tratamento, exceto o tratamento “0 hora”, que agiu como testemunha. Em seguida as sementes foram colocadas em placas de Petri, previamente higienizadas com solução de hipoclorito de sódio, sendo forradas com papel filtro umedecido com 7 mL de água destilada e levadas para câmara de germinação (B.O.D.) a uma temperatura de 25 ºC. Os tratamentos foram irrigados diariamente com 5 mL de água destilada e observados a emissão da radícula durante 10 dias. Ao final das avaliações, foi calculado o índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação e percentagem de germinação. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo programa ASSISTAT, v 7.6, onde as médias foram comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Observou-se pela análise estatística que a porcentagem de germinação diferiu estatisticamente entre os tratamentos, apresentando uma boa média para o T4 com 50% de germinação e como pior resultado para o T1 com 14% de germinação. No índice de velocidade de germinação, não houve diferença significativa para os tratamentos e quanto ao tempo médio de germinação os tratamentos T4 e T5 apresentaram valores significativos quando comparados com os demais tratamentos.
CONCLUSÕES:
Recomenda-se o uso da pré-embebição à água para a germinação de sementes de Beterraba, sendo preferível o tratamento com três horas e o menos recomendado o uso de pré-embebição de uma hora.
Palavras-chave: Germinação, Beterraba, Água.