65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 3. Clínica Médica
VASCULITE POR POLIANGEITE MICROSCÓPICA
Sherly Barbosa Monteiro Garcia - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
Helena Parente Vieira - Profa./Orientadora - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
Isabella Bezerra de Oliveira - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
Débora Pinheiro Leite - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
Renan Sales de Borba Maranhão - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
Rhamai Carneiro de Souza - Faculdade de Medicina Estacio de Juazeiro do Norte
INTRODUÇÃO:
A poliangeíte microscópica (PAM) é uma vasculite necrosante sistêmica de vasos de pequeno calibre, pauci-imune e geralmente associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilos (ANCA) (SANTO, et al., 2004). Afeta preferencialmente os pequenos vasos sanguíneos, como vênulas, capilares e arteríolas, no entanto, pode acometer artérias e veias (SANTOS, et. al., 2004; CARVALHO, LANNA e BÉRTOLO, 2008). Dentre os órgãos e sistemas que podem ser envolvidos estão a pele, coração, cérebro, pulmão, mucosa, rins, trato gastrointestinal, músculos. A capilarite pulmonar é um quadro muito comum e a glomerulonefrite necrosante está presente em 90% dos pacientes (ROBBINS e COTRAN, 2010; ROBBINS e COTRAN, 2006).
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico de poliangeíte microscópica associado a um quadro de manifestações clínicas como doença parenquimatosa intersticial pulmonar difusa e polineuropatia sensitiva-motora mista.
MÉTODOS:
Relata-se um caso de um paciente de 52 anos com poliangeite microscópica associado a um quadro de manifestações clínicas como doença parenquimatosa intersticial pulmonar difusa evidenciada na tomografia por detecção de área de vidro fosco em lobo inferior esquerdo, paresia do terceiro nervo craniano à esquerda, polineuropatia sensitiva-motora mista e proteinúria elevada com pesquisa de Anticorpos Antiproteinase 3 em soro foi positivo (valor = 38,0 u/ml) pelo método ELISA e o p-ANCA e o c-ANCA por imunofluorescência indireta foram negativos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Vasculite consiste em uma inflamação da parede dos vasos e possui diversos quadros clínicos. O diagnóstico é feito através do quadro clínico e dos exames laboratoriais. Os achados laboratoriais de anemia, proteinúria, cilindrúria e perda de função renal falam a favor da PAM. Os ANCA são importante no diagnóstico e monitoramento, além de possuir um papel potencializador sobre as lesões em estágio inicial de vasculite sistêmica (SILVA, et al., 2007). Sendo o p- ANCA menos específico e mais freqüente na poliangeíte microscópica. (BRANDT, et al., 2009). Mesmo com o tratamento adequado, a incidência de recorrência é cerca de 30% dos pacientes e a sobrevida de aproximadamente 74% em cinco anos (BARBAS, BARROS e SANTANA, 2005) (BARROS e BARROS, 1998).
CONCLUSÕES:
Concluímos com este relato a importância do detalhamento da anamnese, do exame físico, bem como a necessidade de exames laboratoriais e de imagem permitindo assim estabelecer o diagnóstico preciso da patologia em estudo.
Palavras-chave: Anticorpos Antiproteinase 3, ANCA, Anticorpo.