65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
A EFETIVIDADE DAS INICIAÇÕES CIENTÍFICAS JÚNIOR COMO INCENTIVO A PROJETOS DE CIÊNCIA NO LITORAL PARANAENSE
Bruno Martins Gurgatz - Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral - UFPR
Ruth Kellen Catão Chaves - Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral - UFPR
Renata Pires Martins - Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral - UFPR
Antonio Luis Serbena - Prof. Msc - Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral - UFPR
Rodrigo Arantes Reis - Prof. Dr - Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral - UFPR
INTRODUÇÃO:
A Feira de Ciências do Litoral Paranaense é um evento anual realizado pelo Laboratório Móvel de Educação Científica da UFPR Litoral, e objetiva dinamizar a estrutura do ensino de ciências na região, onde existe uma demanda expressiva quanto a métodos alternativos de ensino. Entre os principais prêmios distribuídos na Feira, estão as bolsas de Iniciação Científica Júnior financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Com este incentivo, busca-se que os melhores trabalhos sejam subsidiados financeiramente, e oportuniza-se ao educando um incentivo à continuidade da carreira científica ou tecnológica através de um aprendizado baseado na autonomia, protagonismo e contextualização com a realidade dos estudantes. Pretende-se que estas atividades sejam orientadas por professores da rede pública de ensino, no qual abre-se um espaço para a própria formação acadêmica do docente, desta forma, unindo Universidade, Escola e Professores em um objetivo comum.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este trabalho visa avaliar a efetividade destas bolsas como instrumento propulsor da qualidade e estruturação dos projetos de ciências, e como ferramenta educacional que busca trabalhar de forma diferenciada do ensino tradicional e contextualizada com a conjuntura local.
MÉTODOS:
O método abordado neste estudo consiste na análise de conjuntura das diversas atividades, assim como sua abrangência, através da observação e das atividades realizadas pelos estudantes ganhadores das bolsas de Iniciação Científica da Feira de Ciências do Litoral do Paraná 2011.
No ano de 2011 houve 3 categorias de trabalhos inscritos na Feira de Ciências totalizando 3 bolsas distribuídas para os ganhadores. Eles desenvolveram com a escola pública e UFPR Litoral os seguintes projetos: (I)“A Importância Ecológica do Manguezal”, (II) “Eletricidade” e (III) “Cidade Sustentável”.
Desta forma, 3 trabalhos foram acompanhados periodicamente para que se avaliasse características como desenvolvimento, continuidade, participação dos alunos, professores e escolas, produções e resultados obtidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os dados foram obtidos diretamente da análise do material produzido pelos estudantes participantes da ICJ, além do acompanhamento durante o ano de 2012 e seus relatórios finais. Obtendo-se assim, o seguinte resultado:
Estudante I: obteve um desempenho satisfatório, exercendo autonomia no processo da pesquisa, desenvolvendo paralelamente ações de ensino e extensão; encontrando resultados utilizáveis, desenvolveu produções materiais de cunho educacional, e participou em outra feira de ciências de nível nacional.
Estudantes II e III: não deram continuidade a suas ações, devido a falta de incentivo de professores orientadores representantes da escola pública. As atividades educacionais realizadas não foram vinculadas aos projetos propostos.
CONCLUSÕES:
O diferencial encontrado no trabalho I foi a ação efetiva da professora e da escola junto ao educando. De forma a apresentar os conceitos científicos e seus métodos, além de realizar juntamente ao educando as atividades do projeto. Desta forma, exalta-se a importância do professor como agente mediador entre o conhecimento e o educando. Segundo Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido, “Professor e aluno devem trabalhar juntos mediatizados”, desta maneira, o orientador também se caracteriza como peça chave devido a relação de compromisso que cria com o educando.
Se aproveitada da forma correta, o auxílio da bolsa de Iniciação Científica Júnior, assim como incentivos provenientes de projetos das universidades podem representar um meio de aprendizagem de grande potêncial. Porém, é necessário um trabalho anterior juntamente aos orientadores, para haver maiores chances de adesão ao modelo de trabalho proposto. Exalta-se também a importância da popularização dos programas de ciência jovem, de forma a tornar esta área interessante para uma série de pessoas envolvidas, como professores, pedagogos, cientistas, entre outros.
Palavras-chave: Iniciação Científica Júnior, Alfabetização Científica, Escolas Públicas.