65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
Escritor e leitor eu também sou.
Joseilda Machado Mendonça. - Professora na Escola Ministro Marcos Freire da Secretaria de Educação de Olinda
Ana Laura Barbosa de Oliveira. - Professora na Escola Ministro Marcos Freire da Secretaria de Educação de Olinda
INTRODUÇÃO:
Os professores tem diante de si o desafio de atrelar alfabetização (enquanto aquisição do sistema de escrita) e o letramento (enquanto conhecimento, leitura e escrita de vários gêneros textuais do cotidiano). O trabalho foi pensando partindo dos pressupostos de Magda Soares sobre letramento, quando ela afirma que: a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento; este, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da e por meio da aprendizagem do sistema de escrita. Segundo Telma Weisz: que deve haver a alfabetização em contexto de letramento, uma deve andar sempre ao lado da outra. Formar leitores e produtores de textos deve ser alvo dos que atuam nas séries iniciais o que se dá a medida que este trabalho é feito sistematicamente, pois bons textos são escritos por quem lê e redige regularmente. Com este pensamento as ações foram desenvolvidas e vivenciadas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Desenvolver a leitura e produção de textos de vários gêneros textuais de maneira autônoma. Ler de diversas maneiras; em duplas, individualmente, silenciosamente, coletivamente, compartilhadamente em voz alta.Reconhecer as especificidades dos gêneros trabalhados, quanto a linguagem, finalidade, estética e suporte. Identificar informações e realizar inferências.Ler espontaneamente para deleitar-se
MÉTODOS:
O trabalho foi organizado em seqüências didáticas,mensais ou quinzenais onde um gênero primeiramente o foco era a leitura, o texto xerocado era disposto a cada estudante para que facilitasse a leitura individual e silenciosa, esta leitura inicial algumas vezes se dava em duplas, principalmente nos primeiros meses do ano letivo mas com o desenvolvimento da autonomia ao ler de cada vez mais estudantes as leituras passaram a ser cada vez mais individuais seguidas de uma leitura coletiva em voz alta onde cada um lia parte do texto. Em seguida fazíamos a analise das especificidades de cada gênero, identificação da finalidade, características, informações e do suporte, pautados no dialogo, questionamentos e explanação, depois sistematizávamos com atividades de interpretação e compreensão, listagem de palavras, rimas, frases, ou ilustrações. As produções que se deram em duplas e depois individualmente em alguns gêneros a produção foi logo individual, os estudantes escreviam e traziam para que eu revisassem, neste momento eram feitas correções e orientações dentro do nível de cada estudante, alguns que já haviam se apropriado do sistema de escrita o focávamos na gramática no uso dos verbos, na formação de plural, no uso da letras maiúsculas, uso dos sinais de pontuação como ponto final, virgula, dois pontos, interrogação, exclamação, a organização em parágrafos, e versos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A autonomia na leitura e escrita foi alcançada, o nível de escrita melhorou significativamente, cada um produzia ao seu nível e como prazer nas produções havia a preocupação com a caracterização do gênero demonstrando a construção dos conhecimentos. O projeto instigou a leitura e ao final dele já haviam pequenos leitores que diariamente procuravam a biblioteca para ler e pegar livros emprestados, e traziam livros para compartilhar com os colegas, alguns pediam para ler para a classe. Um trabalho sistematizado que tenha como base a alfabetização e o letramento como propõe Magda Soares e Telma Weisz é necessário, pois o estudante ao desenvolver a escrita amplia a sua capacidade de comunicar-, expressar e intervir na sua realidade já que consegue organizar melhor suas idéias e transpô-las para o papel e ao desenvolver sua leitura ele adentra cada vez mais no mundo que o cerca ampliando sua cultura, seu vocabulário, sua capacidade de observar e compreender. Atrelar a alfabetizar ao letramento é um trabalho continuo de maneira que ao planejar e preparar as seqüencias didáticas os dois estejam entrelaçados e os estudantes tenham a possibilidade de apropriarem-se da escrita e produção de textos ao mesmo tempo que lêem e entendem o que lêem e a finalidade tem cada gênero lido .
CONCLUSÕES:
Desenvolver a autonomia na leitura e escrita nas séries iniciais é possível mais que isso, é fundamental. O letramento deve ser atrelado a alfabetização de maneira simples e clara o que é possibilitado quando o trabalho é organizado em seqüências didáticas que permitam aos estudantes, lerem, refletirem sobre a leitura, observarem os textos, discutir sobre eles, levantar hipóteses e comprová-las através da leitura, compartilhar o que foi lido, escreverem coletivamente e individualmente tornando o processo de produção desafiador, lúdico, instigantes, e prazeroso já que tem um finalidade. Uma turma de 3º ano com estudantes ávidos por lerem e produzirem é recompensador e motiva a trilhar no caminho da alfabetização e letramento.
Palavras-chave: Gêneros textuais, Produções, Autonomia.