65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial
UM ESTUDO DE CASO NO MUSEU DE MORFOLÓGIA: PRÁTICA DA INCLUSÃO SOCIAL EM ESPAÇO DE ENSINO NÃO FORMAL.
Evanoel Fernandes Nunes - Graduando em Ciências Biológicas – UFRN
INTRODUÇÃO:
Uma das finalidades e objetivos dos espaços não formais de ensino é o de garantir aos cidadãos acesso aos bens culturais socializados nestes espaços. Muitos dos espaços não formais no Brasil, em especial os museus, vem conseguindo se adaptarem frente à heterogeneidade de seus frequentadores. Esses espaços, muitas vezes, são responsáveis pela produção de conhecimento e comunicação com o seu publico, fazendo uso de materiais lúdicos e de métodos de abordagens mais interativos. O uso dessas ferramentas auxiliam de uma forma mais otimizada o acesso de todos os cidadãos nesses espaços, incluídos aqueles que venham a apresentar necessidades educacionais especiais. Nos últimos anos a sociedade vem mostrando maior sensibilidade no que concerne a criação de políticas de inclusão social. Alguns documentos são enfáticos a reconhecerem os direitos que devem ser resguardados ao indivíduo possuidor de necessidades educacionais especiais, atribuindo como de suma importância a acessibilidade em ambientes físicos, social, econômico, cultural, educacionais, possibilitando ao portador de necessidades especiais um pleno desfrute social.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Relatar as práticas de inclusão social realizadas no Museu de Ciências Morfológicas da UFRN voltadas ao publico portador de deficiência visual.
MÉTODOS:
Buscou-se por meio de literatura as ações de inclusão social voltadas a espaços não formais. Logo, também será descrito nesta atividade o relato de vivencia no Museu de Morfologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde desempenham um projeto de acessibilidade aos portadores de deficiência visual ao seu acervo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O museu de ciências morfológicas da UFRN, como muitos outros, expõe os seus produtos de forma muito visual, implicando em dificuldade a aqueles que venham ter alguma deficiência visual. Pensando nesse publico particular, o museu vem desenvolvendo alguns projetos de inclusão com algumas iniciativas, como: simulações de espaços naturais, réplicas de animais (taxidermizados) e plantas, como também o uso de materiais em alto relevo. As atividades realizadas pelo museu visam promover uma educação com características inclusivas, já que os estabelecimentos educacionais devem reconhecer que as diferenças nas pessoas são aspectos normais. E esses espaços de ensino devem se adaptarem as necessidades individuais de cada individuo, respeitando as particularidades e o tempo para a assimilação do conteúdo de cada um. Porém percebe-se ainda que as ações educativas pautadas na inclusão ainda são muito pontuais em espaços de ensino não formais como os museus. Alguns deles se enveredam na missão de abordarem estratégias que venham melhor receber seus frequentadores portadores de alguma deficiência, porém algumas ações não podem ser consideradas inclusivas por justamente não possuir um atendimento especial amplo a todos a quem dele necessite para estar junto aos demais visitantes.
CONCLUSÕES:
É notório que a sociedade busca por políticas que de fato façam vale a inclusão. As ações de educação em espaços não formais, como as apresentadas aqui, vem atestar essa mudança de pensamento, mudança pautada na inclusão. As ações do Museu de Ciências Morfológicas da UFRN mostram que a instituição de fato possui comprometimento de transformar, como também fornecer atendimento especializado ao público que dela necessitar. Essa mudança é percebida através da preocupação de se formular material/modelo didático, como também no investimento na formação do profissional para melhor atendimento de seu público de forma geral. Por fim, é evidente que as ações desses espaços não formais devem está preparados para a heterogeneidade de seu público, afim que seja de fato considerado um espaço de inclusão. O museu da UFRN ainda tem muito a caminhar, porém ações como essas refletem a preocupação da instituição em integrar a sociedade com todas as suas particularidades.
Palavras-chave: Acessibilidade, Estratégias de ensino, Deficiência visual.