65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 7. Saúde Materno-Infantil
AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DAS PACIENTES ATENDIDAS NA EMERGÊNCIA GINECOLÓGICA E OBSTÉTRICA DO IMIP – SERVIÇO COM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
Ana Beatriz de Assis Almeida Carneiro Leão - Acadêmica do curso de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS)
Aline Siqueira Lima Rabelo - Acadêmica do curso de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS)
Kimie Correia Konishi - Acadêmica do curso de Medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS)
Emanuelle Pessa Valente - Mestre em Saúde Materno Infantil e médica ginecologista e obstetra do IMIP
Emídio Cavalcanti de Albuquerque - Mestre em Saúde Pública pelo Aggeu Magalhães - FIOCRUZ. Estatístico do IMIP
INTRODUÇÃO:
Uma realidade encontrada na maioria das unidades de saúde e emergências do SUS são ambientes físicos inadequados, longas filas sem avaliação do potencial de gravidade dos pacientes e ausência de planejamento efetivo dos atendimentos. Esses fatos tem ocasionado uma crescente discussão sobre a necessidade de humanizar na assistência à saúde com o intuito de garantir qualidade ao atendimento prestado à população em nosso país.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar a percepção das pacientes atendidas em serviço de referência de Ginecologia e Obstetrícia do Sistema Único de Saúde (SUS) Pernambuco, que utiliza acolhimento baseado em classificação de risco.
MÉTODOS:
Foi realizado um estudo observacional, tipo corte transversal, com dados colhidos das pacientes atendidas emergência ginecológica e obstétrica IMIP, de agosto a dezembro/2011. Foram analisadas: procedência, idade, raça, escolaridade, renda familiar, tempo de resolução dos casos centrado na complexidade, relação entre concordância das pacientes com a classificação recebida e se recomendariam o serviço. A análise estatística foi realizada com os Softwares SPSS 13.0 para Windows e Excel 2007, para as associações usou-se o Teste Qui-Quadrado e Teste Exato de Fisher para as variáveis categóricas (intervalo de confiança 95%).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram analisadas 342 pacientes. A maioria foi procedente do Recife e Região Metropolitana do Recife (RMR) e 86,8% eram gestantes. Verificou-se que 68,8% do total tinham de 15 a 29 anos e 46,5% possuíam de 8 a 11 anos de estudo completos. Declararam-se pardas 57,1% das pacientes e 48,2% tem renda familiar de até 01 salário mínimo. Entre as entrevistadas 31,6%, 62,8% e 5,6% foram classificadas com as pulseiras de cores vermelha (alto risco), amarela (risco moderado) e verde (baixo risco), respectivamente. Durante a pesquisa, 73,1% das pacientes classificadas como de alto risco foram atendidas em até 30 minutos, 45,1% com risco moderado em até 50 minutos e 63,1% de baixo risco em mais de 50 minutos (p<0,001). Concordaram com a classificação recebida 99,1% das vermelhas, 86% das amarelas e 78,9% das verdes (p<0,001). A maioria recomendaria o serviço não havendo diferença estatisticamente significativa entre as cores (p=0,211).
CONCLUSÕES:
O acolhimento com classificação de risco em emergência ginecológica e obstétrica leva a satisfação das pacientes com o atendimento e maior humanização da assistência priorizando os casos mais graves.
Palavras-chave: Humanização, Emergências