65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE BETERRABA NAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICAS DE PARAGOMINAS-PA
Monica Cardoso de Sousa - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
Maria do Socorro Bezerra de Araújo - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
Deney Printes da Silva de Souza - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
Maura Cardoso de Sousa - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
Daniele Viana da Costa - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
Antonia Benedita da Silva Bronze - Profa. Dra./Orientadora - Núcleo de Pesquisa Vegetal Básica e Aplicada - UFRA
INTRODUÇÃO:
No Brasil, existem 21.937 estabelecimentos agrícolas que produzem 177.154 toneladas de beterraba. Os cinco principais Estados produtores em 2006 totalizavam mais de 75% da quantidade produzida do país. Esses Estados são: Paraná que concentra a maior produção (20,0%), São Paulo (17,0%), Minas Gerais (15,5%), Rio Grande do Sul (15,0%) e Bahia (8,0%) (IBGE, 2009).
A produção de hortaliças na Amazônia é considerada a mais baixa do país. Tanto temperatura quanto precipitação elevadas dificultam a adaptação de diversas variedades olericolas nesta região, aumentando a quantidade de insumos utilizados e a incidência de pragas e doenças, elevando assim, o custo da produção (Sganzerla,1995; Gusmão, 2001).
As dificuldades de produção da beterraba em regiões de clima mais quente e de menor altitude demandam avaliações do potencial produtivo de diferentes cultivares nestas condições. Porém, observa-se que são poucos os estudos sobre o desenvolvimento vegetativo das plantas relacionado à precocidade, produção, frequência de coleta, pragas e doenças etc. aplicado nos projetos das comunidades rurais na região de Paragominas, PA.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade da cultura beterraba nas condições edafoclimaticas do município de Paragominas-Pa.
MÉTODOS:
O estudo foi realizado em área experimental da Universidade Federal Rural da Amazônia, em Paragominas - PA, no período de set-dez/2012.
O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 3x2 com 4 repetições. O primeiro fator foi constituído por três cultivares de beterraba: Maravilha, Chata do Egito e Itapuã 202 e o segundo, pelos períodos de avaliação: 60 e 65 dias.
As mudas foram produzidas em casa de sombra em bandejas de isopor com 200 células, utilizando-se substrato comercial próprio para hortaliças. O transplantio para os canteiros foi realizado aos 23 dias após a emissão das plântulas. Adotou-se o espaçamento de 0,30 x 0,20 m, em parcelas experimentais com dimensões de 1,0 x 3,0 m, totalizando 50 plantas por parcela. Foram consideradas úteis as plantas centrais, sendo descartadas as linhas da bordadura e em cada linha uma planta no início e uma no final.
Durante a condução do experimento foram feitas irrigações diárias e controle das ervas daninhas através de capinas, como também o controle fitossanitário.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Constatou-se, pelo teste de médias, que não houve diferença significativa entre as cultivares de beterraba e os períodos de avaliação, em relação a característica estudada. A cultivar maravilha apresentou melhor produtividade atingindo, a média de 6.720 kg.ha-1, sendo que a cultivar Itapuã 202 apresentou menor valor com media de 4.962kg.ha-1. Com relação ao tempo de colheita, a maior produtividade foi obtida aos 60 dias. Os valores de produtividade encontrados neste trabalho estão abaixo da média brasileira que varia de 20 a 35 t ha-1.
CONCLUSÕES:
A média de produtividade das cultivares testadas está abaixo da média brasileira. A cultivar Maravilha apresentou maior produtividade. Com relação ao período de colheita os melhores resultados foram obtidos aos 60 dias.
Palavras-chave: Cultivares, Produção, Viabilidade.