65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 10. Comunicação - 8. Comunicação
A COMUNICAÇÃO NO CAMPUS BRASÍLIA DO IFB E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Robson Roen - Professor do Instituto Federal de Brasília - IFB
Fernanda Martins - Aluna do Curso Técnico em Eventos - IFB
Giselle Candido - Aluna do Curso Técnico em Eventos - IFB
Janaína Julinda - Aluna do Curso Técnico em Eventos - IFB
Katya Câmara - Aluna do Curso Técnico em Eventos - IFB
Regina Batista - Aluna do Curso Técnico em Eventos - IFB
INTRODUÇÃO:
Os deficientes necessitam ser tratados com igualdade por todos e por onde eles passarem. A discriminação e a segregação não devem estar presentes na vida de ninguém. Conforme o pensamento de KUNC (1992): o princípio fundamental da educação é a valorização da diversidade da comunidade humana. É importante ressaltar que todos devem estar empenhados em buscar uma comunicação cada vez mais clara, baseada na filosofia que reconhece e valoriza a diversidade. Apesar de ter passado tanto tempo desde a histórica assinatura da Declaração de Salamanca - Espanha, em junho de 1994, assinado pelo Brasil e mais 91 países; e de nosso país possuir leis e documentos internacionais que defendem a inserção de pessoas deficientes na sociedade, ainda há cidadãos que desconhecem o seu conteúdo e agem com discriminação.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar e refletir sobre a comunicação do IFB, Campus Brasília, seus gestores e docentes, com as pessoas deficientes, alunos e funcionários, no âmbito da instituição.
MÉTODOS:
Este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisas participante e documental. As abordagens metodológicas adotadas foram os estudos quantitativo e qualitativo. Como técnica de pesquisa foi utilizada a aplicação de questionário, elaborado com base na Declaração de Salamanca (1994) que define os princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. O questionário teve também como base a Lei 10098/00, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Participaram desta pesquisa: funcionários, gestores, docentes e alunos dos diferentes cursos do campus Brasília, do IFB. O número de participantes da pesquisa foi baseado no quantitativo de funcionários e de pessoas com necessidades específicas que atuam na instituição. Os dados foram fornecidos pelo Núcleo de Atendimento à Pessoa com Necessidades Específicas (NAPNE – CBRA). Entre os participantes, 73% fazem parte do quadro funcional e 27% são alunos, sendo que estes representam mais de 77% do quadro de alunos com deficiência. Após a aplicação do questionário foi realizada a tabulação, seguida da reflexão,da revisão bibliográfica; e por último, a redação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As pessoas pesquisadas reconhecem que a instituição tem buscado uma mudança de paradigma sobre a inclusão dentro do campus. Como exemplo, existe na instituição o NAPNE, que está preparado para atender pessoas com deficiência e oferecer curso de Libras para funcionários e alunos. Mas há entraves pessoais, administrativos e estruturais que precisam ser vencidos. No campus existem servidores preparados e conhecedores da demanda existente. Eles estão empenhados em fortalecer a concepção de um espaço, ainda em construção, de um novo Brasil para todos. Espaço este, onde a diversidade possa contribuir com o conhecimento científico, tão presente e necessário dentro de uma instituição como esta, voltada para a educação. Mas infelizmente, como inclusão implica em mudança social, também existem resistentes que dificultam a inclusão de fato e de direito. No entanto, problemas detectados como: falta de bibliografia adequada aos deficientes visuais disponível na biblioteca e falta de sala de recursos para deficientes intelectuais (DI) poderão ser solucionados; ainda que seja com as ações pontuais ora presentes no campus Brasília do IFB.
CONCLUSÕES:
Conclui-se que o campus Brasília está preocupado com a inclusão de fato e de direito de todos os deficientes. A instituição demonstra essa preocupação como: construir rampas, fazer a divulgação do NAPNE, a impressão de cartilhas socioeducativas, a contratação de tradutores de Libras, o empréstimo de computadores para deficientes visuais, entre outras ações. No entanto, os gestores do CBRA ainda agem de forma pontual. Provavelmente, devido ao seu pouco tempo de existência. A sede do Campus Brasília foi inaugurada há menos de 2 anos e continua em construção. Somente parte da obra foi entregue. Sendo assim, a estrutura não está totalmente adequada para acolher os deficientes que atuam na instituição. E as diretrizes estruturantes para a verdadeira inclusão ainda não foram implementadas.
Palavras-chave: Inclusão, Comunicação, Pessoas deficientes.