65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
EXTRATO DO FEIJÃO PRETO: INDICADOR NATURAL DE pH USADO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PEDAGÓGICA
Layana Gleyka L. Barbosa - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Thais Letícia Melo Pinheiro - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Joyce Thalita Francelino Vieira - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Genivaine Francelino Vieira Correia - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Michele Fernandes Alves - Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Tocantins – IFTO
Sérgio Luis Melo Viroli - Profº. MSc/ Orientador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do To
INTRODUÇÃO:
De acordo com os PCNs, o ensino deve ser contextualizado, utilizando situações interessantes e significativas presentes no cotidiano dos alunos, informações que reelabore e amplie os conhecimentos prévios, proponha articulações entre os conceitos construídos favorecendo o processo ensino-aprendizagem (BRASIL, 1996). Santos & Schnetzler (1997) e Santos (2002), defendem o diálogo permanente entre situações contextualizadas e conteúdos próprios de ensino para os processos educativos Para tanto, é necessário que a atividade experimental seja problematizadora do processo ensino, sendo apresentada antes da construção da teoria nas aulas de química, e não ilustrativo dos conceitos já expostos (BRASIL, 1996). É preciso que professores e alunos busque o conhecimento existente para construir novos argumentos e atue como sujeitos agentes de produção de conhecimento e de sua aprendizagem(Galiazzi, et al., 2001). A experimentação é fundamental no ensino de Química, porém, ela é pouco frequente na vivência das escolas(Galiazzi et al., 2001). De acordo com Izquierdo et al., (1999), a origem do trabalho experimental nas escolas foi, há mais de cem anos e tinha por objetivo melhorar a aprendizagem do conteúdo científico, porque os alunos aprendiam os conteúdos, mas não sabiam aplicá-los.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Relatar uma experiência didático-pedagógica da construção do conhecimento vivenciada na aula de laboratório de ciências, usando o feijão-preto como indicador natural de ácidos e bases avaliando o seu espectro de cores em função do pH.
MÉTODOS:
O experimento ocorreu no Laboratório de Alimentos do Instituto Federal de Educação Ciência e tecnologia do Tocantins Campus Paraíso do Tocantins. A aula teórico- experimental, foi realizada com alunos do 1º período do Curso de Ciências com Habilitação em Química.O pigmento do feijão preto foi extraído através da cocção de 200 gramas de feijão em 600 mL de água destilada em forno micro-ondas por 4 minutos.Apos a cocção o extrato foi filtrado e concentrado atreves de aquecimento em banho maria a temperatura de 60ºC. Em dois tubos de ensaios, foram diluídas soluções ácidas e básicas e acrescentado 3 a 5 gotas de fenolftaleína as diluições e observou-se a mudança de coloração e o caráter das substâncias. Posteriormente o mesmo teste foi realizado com o extrato do feijão-preto. Comparando os indicadores naturais e o indicador convencional, o professor e os alunos discutiram os resultados. Para o estudo da variação de espectro de cores em função do pH, foram preparados soluções tampões de pH de 2, 3, 4, 5 6, 7, 8, 10, e 12 , as quais foram adicionadas 10 gotas de extrato de feijão-preto para e observação da variação de cor em diferentes concentrações de pH.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os alunos observaram que em presença de fenolftaleínas aos substâncias ácidas apresentaram a coloração incolor e as substâncias básica apresentaram coloração rosa, Já na presença do extrato de feijão-preto as substâncias ácidas apresentaram coloração vermelha e as básicas coloração verde.A variação de espectro de cores em função do pH variou do vermelho ao verde. Na discussão dos resultados os alunos, descreveram as vantagens da utilização de corantes naturais como indicadores, tais como, facilidade de aquisição, baixo custo e não toxicidade, o que reforça a ideia de que nem sempre as substâncias químicas, são nocivas (SOARES, SILVA e CAVALHEIRO, 2001). A partir das observações na aula, evidenciou-se o comportamento reflexivo, crítico e ativo dos alunos, onde o conhecimento foi construindo pelo sujeito na relação com o outro e o professor mediou o processo ensino-aprendizagem. O aluno foi o protagonista do seu conhecimento, onde o objeto de estudo foi trabalhado, refletido e reelaborado pelos alunos (VASCONCELOS, 2001).
CONCLUSÕES:
As atividades experimentais favorece a articulação entre teoria e prática no ensino superior, valorizando a pesquisa individual e coletiva, atendendo as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação atendendo as recomendações dos PC´s. A experiência didático-pedagógica vivenciada utilizou uma aula prática para comprovar uma teoria aplicada. O experimento funcionou como estratégia metodológica para desequilibração cognitiva dos alunos como forma de estudar de o caráter ácido e básico das substâncias. O professor possibilitou o confronto do sujeito com o objeto de estudo e a sistematização do conhecimento construído nas três dimensões para construção do conhecimento
Palavras-chave: extrato de feijão preto, indicador natural, ferramenta didatico pedagógica.