65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 7. Ciência e Tecnologia de Alimentos - 3. Tecnologia de Alimentos
DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS DO EXTRATO HIDROSSOLÚVEL DA AMÊNDOA DO COCO BABAÇU (Orbignya speciosa (Mart.) PRODUZIDO PELAS QUEBRADEIRAS DE COCO, NO MUNICÍPIO DE ZÉ DOCA – MA
Luana Paiva de Sousa - Discente do curso técnico em Análises Químicas – IFMA- Campus Zé Doca
Jessyca da Conceição Medeiros - Discente do IFMA- Campus Zé Doca
Josilene Lima Serra - Profa./Orientadora - IFMA- Campus Zé Doca
INTRODUÇÃO:
Palmeira oleaginosa, cientificamente chamada de orbignya speciosa (mart)., o babaçu é de grande valor industrial e comercial e é encontrado em extensas formações naturais no estado do Maranhão, apesar de existir em outros estados do Nordeste é neste estado que se concentram os maiores babaçuais. O extrato hidrossolúvel, conhecido popularmente, como leite de coco babaçu é um subproduto deste fruto que vem se destacando na culinária local com reconhecimento regional, atualmente é produzido artesanalmente na região onde ocorre o fruto, e consumido principalmente na culinária como condimento, no entanto, estudos como os realizados no coco da Bahia (Cocos nucifera L.), são quase inexistentes. Devido a não existência de informações na literatura sobre as propriedades físico-químicas desta substância, bem como sua composição, este trabalho visa à determinação dos teores de umidade e cinzas do leite de coco babaçu, sendo que tais análises permitirão o conhecimento de algumas de suas características físico-químicas, sendo que a determinação de umidade é muito importante, pelo fato da água ser uma substância abundante na natureza, e compor grande maioria dos alimentos, a determinação de água em alimentos é de extrema importância.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Determinar os valores de umidade e cinzas do extrato hidrossolúvel da amêndoa do coco babaçu (orbignya speciosa (mart.) produzido pelas quebradeiras de coco, no município de Zé Doca – MA.
MÉTODOS:
A coleta das amostras de extrato hidrossolúvel do coco babaçu foi realizada no mês de março de 2013, selecionados aleatoriamente, procedentes da associação das quebradeiras de coco, do município de Zé Doca – MA, onde foram devidamente armazenadas e transportadas ao laboratório de Química- IFMA- Campus Zé Doca, onde foram mantidas sob refrigeração para a realização das análises, as metodologias utilizadas, foram de acordo com as normas recomendadas pelo Instituto Adolfo Lutz. A amostra homogeneizada foi submetida às seguintes determinações: Umidade, determinada pelo método direto pesando-se 5 g da amostra em cápsula de porcelana previamente aquecida em estufa a 105 ºC, por 1 hora, resfriado em dessecador até a temperatura ambiente e pesado, aquecendo-se em estufa a 105ºC por 3 horas e novamente pesado; e Cinzas, pesando-se 5 g da amostra em cadinho de porcelana previamente aquecida em mufla a 650 º C, resfriado em dessecador até temperatura ambiente, após isso carbonizou - se a amostra em temperatura baixa para realizar a incineração em mufla a 650ºC, resfriando-o em dessecador até temperatura ambiente, realizando sucessivas pesagens até a obtenção do peso constante. Os resultados foram dados em porcentagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As determinações de umidade e cinzas foram realizadas utilizando o método analítico do Instituto Adolfo Lutz, as amostras de extrato hidrossolúvel do coco babaçu (Orbignya speciosa (Mart. ) estudados apresentaram um teor de umidade de 17,6% a 105ºC e o teor de cinzas de 0,38% a 600ºC. Esses valores obtidos neste trabalho estão ligeiramente, inferiores, que os citados por Taco/UNICAMP (2011) que determinam o teor de umidade do leite de coco da Bahia (Cocos nucifera L.) in natura, obtiveram valor de umidade de 20% e o teor de cinzas de 0,4%. Portanto, de acordo com os resultados obtidos, pode-se verificar que as amostras de extrato hidrossolúvel do coco babaçu (Orbignya speciosa (Mart. ) coletado na associação das quebradeiras de coco babaçu da cidade de Zé Doca - MA, apresentam teores de umidade e cinzas abaixo dos valores encontrados por Taco/UNICAMP (2011) para o extrato hidrossolúvel do coco da Bahia (Cocos nucifera L.), ou ainda, leite de coco in natura.
CONCLUSÕES:
De acordo com as análises realizadas para determinação dos teores de umidade e cinzas do extrato hidrossolúvel do coco babaçu, constatou-se que os teores encontrados são ligeiramente inferiores aos valores encontrados nas análises realizadas por Taco/UNICAMP (2011) no extrato hidrossolúvel do coco da Bahia (Cocos nucifera L.), a diferença dos resultados pode está relacionada às respectivas espécies, sendo que esses valores permitirão o conhecimento de algumas de suas características físico-químicas, até então inexistentes.
Palavras-chave: Análises fisico-químicas, Babaçu, Leite de coco.