65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
AVALIAÇÃO DE GERMINAÇÃO DAS ESPÉCIES FLORESTAIS: Hymenaea stigonocarpa, Adenanthera Pavonina L., Enterolobium contortisiliquum, Syzygium malaccense Bowdichia nítida, Amburana cearensis e Euterpe edullis NA REGIÃO DE CURITIBANOS/SC
Andressa Hilha Dias - Universidade Federal de Santa Catarina
Jefferson Dias de Oliveira - Universidade Federal de Santa Catarina
Karine Louise Santos - Profa. Dra./Orientadora - Universidade Federal de Santa Catarina
INTRODUÇÃO:
Cada espécie florestal possui características morfofisiológicas que as tornam mais adaptadas a certas características climáticas, como temperatura, precipitação, ocorrência de geada, entre outros fatores que levam a um melhor desempenho.
A região Sul do Brasil apresenta peculiaridades de clima a exemplo da região de Curitibanos/SC, onde o clima apresenta-se subtropical úmido de acordo com a Classificação climática de Köppen-Geiger: Cfa, onde o verão é fresco, com frio predominante durante a maior parte do ano, inverno rigoroso, tendo geadas, e com chuva em praticamente todas as estações.
Neste cenário, e considerando espécies florestais como Hymenaea stigonocarpa, Adenanthera Pavonina L., Enterolobium contortisiliquum, Syzygium malaccense Bowdichia nítida, Amburana cearensis e Euterpe edullis que apresentam ocorrência natural em áreas distintas da região de Curitibanos/SC, é possível que estas apresentem variações na germinação, portanto a analise do comportamento das mesmas fora de seu habitat natural é uma ferramenta útil para observar o seu potencial de adaptação na região.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Acompanhamento da germinação de espécies florestais na região de Curitibanos/SC.
MÉTODOS:
O estudo foi realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Curitibanos, com sementes de espécies florestais de diferentes locais.
As sementes foram cedidas durante o Congresso Nacional dos Estudantes de Agronomia que ocorreu na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (19/08/2012).
Este trabalho se propôs a avaliar a taxa de germinação de sete espécies florestais de diferentes origens, para depois analisar sua adaptação às condições climáticas de Curitibanos/SC.
Para a quebra da dormência das sementes, o procedimento utilizou as técnicas sugeridas por Fwoler (2000).
Todas as sementes foram semeadas entre os dias 14 e 17 de setembro de 2012, em tubetes contendo terra, substrato comercial, composto, e areia na proporção de 5x2x1x2. A profundidade média de plantio foi de 2,0 cm. O material permaneceu em casa de vegetação no período aproximado de quatro meses sob temperatura máxima de 28,0° e a mínima é de 18,0° C, e sistema de irrigação automático.
No dia 30 de janeiro de 2013 as mudas obtidas foram transplantadas para sacos plásticos de polietileno de 20 x 07 cm, contendo mesmo formulação de substrato utilizado na fase anterior. No dia 19 de março de 2013 as mudas foram transplantadas para vasos com capacidade para 11 litros.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para verificação da germinação foi contabilizado o número de sementes germinadas até a data do primeiro transplante. Como critério para definição do início da germinação foi considerada a emergência da primeira plântula na abertura da primeira folha verdadeira, e tempo médio de germinação. Obtendo orelha de nego, jambo, jatobá, tento, açaí, um resultado satisfatório e não germinaram imburana e sucupira.
Abaixo seguem os resultados observados para as espécies em estudo:
Hymenaea stigonocarpa - de um total de cinco sementes, germinou apenas 20%. De acordo com Carpanezzi & Marques (1981) o uso da escarificação de sementes do gênero Hymenaea permite obter germinação acima de 90%; considerando este aspeto sugere-se que a baixa taxa de germinação observada se deve possivelmente a baixa qualidade das sementes disponíveis para avalição.
Adenanthera Pavonina L – das 10 sementes germinaram 30%. Enterolobium contortisiliquum - com cinco sementes, obtendo 100% de germinação. Syzygium malaccense - três sementes, obtendo 100% de germinação. Euterpe edullis - com 20 sementes, obtendo 40% da germinação. E tanto Syzygium malaccense quanto Amburana cearenses não germinaram.
CONCLUSÕES:
O percentual de germinação variou de 0% a 100%, sendo que as espécies Enterolobium contortisiliquume e Syzygium malaccense, apresentaram as maiores taxas de germinação.
Em ensaios futuros onde se tenha maior disponibilidade de sementes, ensaios iniciais de viabilidade de sementes serão necessários. Adicionalmente será intensificado e mantido o acompanhamento do crescimento das plântulas em viveiro, além do fato de que para as espécies que tem número igual ou superior a cinco exemplares será conduzido trabalho referente à caracterização da taxa fotossintética
Palavras-chave: dormência, germinação, sementes.