65ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
AMAMENTAÇÃO: PRINCIPAIS DIFICULDADES DE MÃES COM FILHOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO HOSPITAL REGIONAL MATERNO INFANTIL DE IMPERATRIZ
Ana da Silva Arraes - Discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/Imperatriz
Dayana Gomes dos Santos - Discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/Imperatriz
Luany Araújo Nascimento - Discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/Imperatriz
Clailma Araujo da Silva - Discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/Imperatriz
Julyeth Nascimento Abreu - Discentes do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão/Imperatriz
Floriacy Stabnow Santos - Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão /Imperatriz
INTRODUÇÃO:
O número elevado de bebês prematuros e de baixo peso ao nascimento constitui um significativo problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. Apesar de a amamentação ser a melhor forma de alimentar uma criança recém-nascida, quando esta está separada de sua mãe em virtude de estar numa unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), o processo da amamentação pode ser dificultado.Este que configura-se como um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. estudos indicam que para o bebê internado numa UTIN os principais problemas relacionados à amamentação são: bebê que não suga ou tem sucção fraca, demora na descida do leite, mamilos planos ou invertidos, ingurgitamento mamário, dor nos mamilos e até mamilos machucados, candidíase oral, bloqueio de ductos lactíferos, mastite, abscesso mamário, galactocele, reflexo anormal de ejeção do leite e baixa produção láctea. Tais problemas podem ser importantes fontes de ansiedade e sofrimento, podendo culminar com a interrupção da amamentação.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Este estudo tem como objetivo identificar as principais dificuldades no processo do aleitamento materno, segundo as mães de crianças internadas na UTIN do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz- MA.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, cujo objetivo consiste em identificar as dificuldades no processo do aleitamento materno apontadas pelas mães de crianças internadas numa UTIN de uma maternidade pública do município de Imperatriz. A referida maternidade é referência regional para atendimentos obstétrico e neonatal de alta complexidade e tem capacidade para 30 leitos. As mães que acompanham seus filhos internados ficam alojadas em enfermarias com capacidade para acolher 26 mães que tem seus filhos internados na UTIN e Unidade Canguru.Todos os leitos destas enfermarias estavam ocupados no momento desta pesquisa.O estudo foi realizado no mês de março de 2013, como parte integrante do projeto de extensão Estratégias de incentivo a doação de leite materno ao Banco de Leite Humano do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz-MA. Os dados foram coletados a partir de um questionário após o consentimento livre e esclarecido de cada mulher. Participaram desta pesquisa 13 mães correspondendo a 50% do total de mães no alojamento
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Das mulheres estudadas, 46% tinham menos de 20 anos,62.% eram casadas e 38% tinham o ensino fundamental incompleto. Quanto a renda familiar 54% recebiam dois salários mínimos. 62% eram donas de casa, 62% eram primíparas e não apresentavam histórico obstétrico de abortos. Em relação aos seus filhos observou-se que eles estavam internados na UTIN por um período que variava de um a oitenta e cinco dias e 55% recebiam leite materno ordenhado da mama pois apresentavam algumas dificuldades em mamar diretamente no peito ou não podiam fazê-lo devido as condições em que se encontravam. As principais dificuldades citadas pelas mães foram: pega incorreta, dificuldade de sucção, baixa produção láctea, dificuldade na descida do leite. As mães expressaram desejo em amamentar e se mostraram pesarosas por terem que complementar o leite materno com leite artificial (NAN 1). Elas ainda relatam que não receberam orientação sobre aleitamento materno durante a gravidez, mas percebem agora como este ato é importante para criar um vínculo entre a mãe e o filho, além de ser muito importante para o ganho de peso do bebê pois eles aceitam melhor o leite materno do que o leite artificial. As mães ainda citam que têm recebido apoio dos familiares para continuar o processo da amamentação.
CONCLUSÕES:
Buscou-se conhecer, através das respostas do questionário, as dificuldades vivenciadas pelas mães em amamentar seus filhos que estão internados numa UTIN pelas mais variadas razões, desde o baixo peso, complicações no nascimento até patologias e outras intercorrências. Entretanto, percebe-se que as mulheres estudadas sabem que o leite materno é o melhor alimento para os seus filhos, podendo contribuir para o seu crescimento e desenvolvimento. Para as mães que participaram deste estudo a amamentação além de instintiva e necessária para as necessidades do recém-nascido, promove o fortalecimento do vinculo entre mãe e filho. As principais dificuldades relatadas pelas mães na amamentação estão relacionadas ao filho (sucção fraca e pega incorreta) e a mãe (não produção ou diminuição da produção leite e ausência da saída do leite). Observa-se a necessidade de identificar tais dificuldades, buscando resolvê-las, proporcionando o melhor bem-estar para mãe e o filho. Observou-se ainda como é importante o apoio dos profissionais da UTIN e do hospital em geral, para proporcionar um ambiente agradável para esta mulher visto que a mesma permanece por tanto tempo hospedada numa enfermaria com pouco conforto para ter acesso a seu filho diariamente.
Palavras-chave: Aleitamento Materno, Dificuldades, Mães.