65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
APLICAÇÃO DE AUXINA EM ESTACAS APICAIS E SUBAPICAIS DE PEQUIZEIRO COLETADAS EM DIFERENTES ÉPOCAS DO ANO
Marta Jubielle Dias Félix - Estudante de Agronomia/bolsista de IC do Instituto Federal Goiano - Câmpus Ceres
Renata de Castro Marques - Estudante de Agronomia do IF Goiano - Câmpus Ceres/bolsista de IC/CNPq
Cleiton Mateus Sousa - Prof. Dr./Orientador Instito Federal Goiano – Câmpus Ceres
INTRODUÇÃO:
O pequizeiro é uma espécie típica do Cerrado brasileiro, de ocorrência generalizada, e está fortemente associada à cultura e aos hábitos alimentares dos antigos ocupantes do Cerrado (NAVES et al., 2010), no entanto, as sementes de pequi apresentam germinação demorada e desuniforme. Sendo assim, a propagação vegetativa torna-se uma ferramenta viável para produção de mudas. A propagação vegetativa permite estabelecer plantios uniformes mantendo o seu valor agronômico (EHLERT et al., 2004). A dificuldade no enraizamento de estacas de algumas espécies pode ser superada se fornecidas condições ótimas para o enraizamento (VERGER et al., 2001), como através do favorecimento do balanço hormonal endógeno.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Avaliar o efeito da aplicação de diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB) em estacas apicais e subapicais de pequizeiro coletadas em diferentes épocas do ano.
MÉTODOS:
Foram realizados experimentos no delineamento de blocos casualizados do tipo fatorial 2 x 5, sendo dois tipos de estaca (apicais e subapicais) e cinco concentrações de AIB (0, 1000, 2000, 4000 e 8000 mg.L -1), com quatro repetições e dez estacas em cada unidade experimental, implantado em duas épocas do ano (agosto e novembro). As estacas de pequizeiro foram coletadas de planta matriz com características desejáveis (boa morfologia, frutos grandes e carnosos), localizada nas proximidades do município de Uruana - GO. As estacas foram retiradas de ramos apicais e subapicais da planta matriz, mantidos sob papel úmido em caixa de isopor durante o transporte até o local da implantação do experimento. As estacas foram preparadas de forma que cada uma apresentasse cerca de 10-15 cm e no mínimo três gemas. Após o preparo das estacas caulinares, o terço da base foi imerso em solução de AIB durante 10 segundos, nas diferentes concentrações de AIB utilizadas, em seguida foram inseridas no canteiro de propagação contendo areia como substrato. Semanalmente foram avaliadas a proliferação de brotos e perdas das estacas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
As diferentes concentrações de AIB utilizadas nos diferentes tipos de estacas caulinares de pequizeiro não promoveram a formação de raízes adventícias em nenhuma das épocas de coleta. Em estacas lenhosas, a parte basal do ramo geralmente proporciona melhores resultados, provavelmente por causa do maior acúmulo de substâncias de reserva, em especial carboidratos e menor teor de nitrogênio. Por outro lado, em estacas semilenhosas, os melhores resultados são obtidos com a porção apical do ramo (FRAZON et al., 2010). O autor ainda cita que estacas mais lignificadas geralmente apresentam maior dificuldade de enraizamento do que estacas de consistência mais herbácea. Em ensaio realizado por Luz et al. (2007) com hortência, as estacas que obtiveram melhor qualidade de raiz foram as originadas da parte basal da planta, sendo que a maior porcentagem de estacas com inflorescência, foram às obtidas da parte apical. Verificou-se maior perda de estacas em coleta realizada no mês de novembro quando comparada à perda de estacas coletadas no mês de agosto. Foram consideradas mortas estacas com coloração escura oriundas da morte dos tecidos. Os sintomas iniciais de morte dos tecidos foram identificados no terço inferior da estaca.
CONCLUSÕES:
Nas condições estudadas, as diferentes épocas do ano, tipos de estaca e concentrações de AIB, não favoreceram a indução de formação de raízes adventícias.
Palavras-chave: Pequi, Estaquia, Ácido indolbutírico.