65ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 2. Biologia Geral - 3. Biologia Geral
CENÁRIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS CE PROFESSOR BARJONAS LOBÃO E CE GOVERNADOR EDSON LOBÃO: VISÃO DISCENTE
Bruna Santos Reis - Depto.de Biologia - IFMA
Sthefanne Silva Soares - Depto.de Biologia - IFMA
Lucélia de Brito Batalha - Depto.de Biologia - IFMA
Izabelle Cristina Silva Ramos - Depto.de Biologia - IFMA
Rafael Oliveira Carvalho Silva - Depto.de Biologia - IFMA
Naiza Maria Castro Nogueira - Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Biologia – IFMA
INTRODUÇÃO:
A Educação Ambiental (EA) pode ser considerada uma arma eficiente na defesa do meio ambiente, podendo inclusive, ajudar a reaproximar o homem da natureza, garantindo um futuro com mais qualidade de vida para todos, já que desperta maior responsabilidade e respeito dos indivíduos em relação ao ambiente em que vivem (Fernandes & Pelissari, 2003).
Segundo a lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999, a educação ambiental é um componente essencial e permanente da Educação Nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo. A escola pública ainda enfrenta inúmeros desafios relacionados à implantação da Educação Ambiental, pois os incentivos para que os professores possam desenvolver atividades com seus alunos ainda são insuficientes.
O presente trabalho investigou, através de questionário, percepções, interesse e envolvimento em questões ambientais de 208 jovens estudantes do segundo ano do ensino médio de duas escolas estaduais de São Luís, MA. O levantamento do perfil da Educação Ambiental nas escolas nos mostra, com o presente trabalho, a realidade atual dessas escolas em relação à EA.
OBJETIVO DO TRABALHO:
- Descrever o perfil da Educação Ambiental (EA) no CE Governador Edson Lobão e no CE Professor Barjonas Lobão. - Identificar a prática de atividades sobre EA nas escolas. - Retratar o perfil da escola em relação a questões ambientais. - Relatar o nível de envolvimento dos alunos em relação às atividades relacionadas à EA. - Comparar os perfis da Educação Ambiental nas escolas CEGEL e CEPBL.
MÉTODOS:
Para levantamento dos dados da pesquisa, foi elaborado um roteiro de perguntas que compuseram um questionário contendo oito questões. Este possuía oito questões, abordando perfil dos alunos, entendimento dos estudantes sobre Educação Ambiental (EA), interesse dos alunos em trabalhar em projetos de EA e o contato que já tiveram com trabalhos e projetos de EA em sua escola.
Aplicamos o questionário com 95 alunos do CEGEL e 113 alunos do CEPBL. Em seguida, reunimos os questionários, separando-os por escola, quantificamos os dados coletados, calculados a percentagem média, registrados na forma de gráficos, para uma melhor interpretação dos resultados e comparamos os resultados entre os questionários aplicados nas duas escolas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram entrevistados 208 alunos do segundo ano do Ensino Médio, sendo 95 alunos no CEGEL, 39% do sexo masculino e 61% do sexo feminino e 113 no CEPBL, sendo 36% alunos do sexo M e 64% do sexo F. Os alunos do CEGEL apresentam idade entre 14-20 anos e do CEPBL têm idade entre 14-23 anos. Dentre os alunos do CEGEL, notou-se que 55% têm compreensão crítica sobre EA. No CEPBL, o número de alunos com uma concepção crítica a respeito de EA equivale a 46%. No CEGEL, 58% confirmou a prática frequente de atividades relacionadas à EA na escola e 63% no CEPBL. Entre os alunos do CEGEL, apenas 17% já participaram de projetos de EA e 16% no CEPBL. Apenas 13% dos alunos do CEGEL demonstraram interesse em trabalhar com EA e no CEPBL, o número caiu para 7%, o que mostra a falta de incentivo aos trabalhos envolvendo Educação Ambiental nas escolas. No CEPBL 100% aprovam a implantação de projetos de EA na escola e no CEGEL, 94% apoiam. As escolas são espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, que necessitam de atividades com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992).
CONCLUSÕES:
Por fim, ao realizarmos o presente estudo, observamos a predominância de uma percepção ambiental pouco elaborada nos alunos investigados, sendo que os resultados reforçam ainda mais a necessidade de desenvolvimento da educação ambiental na educação dos jovens. É notável a necessidade em se dar maior atenção à percepção do ser humano em relação ao meio ambiente, principalmente porque esta pode ser um importante indicador de qualidade ambiental poucas vezes considerado. De acordo com os resultados, podemos observar que a inserção da EA nas escolas terá uma boa aceitação, porém os alunos precisam receber conceitos prévios sobre EA, pois esses ainda têm uma visão restrita a respeito da temática, pensando na questão ambiental apenas no seu aspecto envolvendo natureza. Assim sendo, esses alunos necessitam que seja englobada na sua prática educacional a EA em suas questões sociais, culturais e econômicas. É necessária que se traga a tona uma discussão em torno das percepções ambientais de discentes, principalmente com o intuito de despertar uma análise crítica da realidade ambiental.
Palavras-chave: Educação Ambiental, CEGEL, CEPBL.