65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
Análise das trocas gasosas em plantas de Pimentão, alface, coentro e cebolinha em policultivo.
Francisco de Assis da Silva - Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos, CCTA/UFCG, Pombal –PB
Caciana Cavalcanti Costa - Profa. Dra, Orientadora, UATA/CCTA/UFCG, Pombal, PB
Débora Samara Oliveira e Silva - Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos, CCTA/UFCG, Pombal –PB
Delzuite Teles Leite - Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos, CCTA/UFCG, Pombal –PB
Everaldo Ferreira dos Santos - Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos, CCTA/UFCG, Pombal –PB
Laíza Gomes de Paiva - Unidade Acadêmica de Agronomia e Tecnologia de Alimentos, CCTA/UFCG, Pombal –PB
INTRODUÇÃO:
O consórcio de hortaliças tem sido empregado por buscar maior produção por área, pela utilização de plantas que irão utilizar melhor espaço, nutriente e luz solar, além dos benefícios que uma planta traz para outra no controle de erva daninhas, pragas e doenças (SOUZA; & REZENDE, 2006). O grande desafio está na determinação das culturas utilizadas (MONTEZANO & PEIL 2006). Plantas submetidas a estresses promovem alterações na sua área foliar resultante da diminuição do crescimento ou pela senescência de folhas, diminui a fotossíntese pela redução da área foliar, murchamento de folhas ou fechamento dos estômatos e pode afetar outros processos, como brotação, polinização, absorção e translocação de fotossintetizados. Portanto, em estudo de interação entre plantas, a fotossíntese merece atenção por ser a principal fonte de carbono orgânico, energia utilizada para produção de biomassa nas plantas. Segundo Sarmento et al. (2011) A fotossíntese liquida, a transpiração, a condutância estomática e a concentração intercelular de CO2 servem para diagnosticar alterações fisiológicas nas plantas quando submetidas a condições adversas.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar o desenvolvimento das culturas associadas através de variantes fisiológicas nas culturas do pimentão, alface, coentro e cebolinha.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido a campo no Centro de Ciência e Tecnologia Agroalimentar, Campus Pombal da UFCG, no período de abril a agosto de 2012. Utilizaram-se as culturas do pimentão, alface, coentro e cebolinha em diferentes tipos de associações. As culturas de pimentão, alface e cebolinha foram implantadas através do transplante de mudas, a instalação do coentro foi realizada por meio de semeadura direta. As avaliações foram realizadas aos 24 dias após instalação do experimento. Foram determinadas a taxa fotossintética (A), condutância estomática (gs), transpiração (E) e a concentração intercelular de CO2 (Ci), medidos com o analisador de gás no infravermelho (IRGA) LCpro+ (AnalyticalDevelopment, Kings Lynn, UK) com fonte de luz constante de 1.200 µmol fótons m--2 s-1.As amostragens foram realizadas em uma planta de cada espécie envolvida nos tratamentos, utilizando para tal uma folha totalmente expandida. As análises estatísticas foram realizadas com o programa ESTAT. Para a cultura do pimentão, analisaram-se 8 tratamentos (4 policultivos, 3 consórcios e 1 monocultivo). Para a alface, coentro, e cebolinha, a análise de variância foi realizada com cinco tratamentos (3 policultivos, 1 consórcio e 1 monocultivo), ambas com quatro repetições e em delineamento de blocos ao acaso.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Para o pimentão as características avaliadas sofreram efeitos dos tratamentos avaliados com exceção da Concentração intercelular de CO2 (Ci), nesta a média foi 248,87 mg L-1. Maiores transpirações foram observadas no pimentão em policultivos: pimentão (P), alface (Al), coentro (Co) e cebolinha (Ce) e; P, Co e Al, sem diferir dos consórcios P e CO e; P e Ce. As maiores condutâncias estomáticas (GS) foram no consórcio P e Co e as menores no policultivo P, Al e Ce e no monocultivo. A menor fotossíntese líquida (A) foi no policultivo P, A e Ce e a maior no consórcio P e Ce. Na alface não houve efeitos dos tratamentos sobre a Ci, Transpiração (E) e GS as médias foram de 257,59 mg L-1,4,38 mmol m -2 s-1 e 3006 mol m-2 s-1, respectivamente. Para A o maior valor foi observado no policultivo P, A e Ce e os menores no policultivo P, Co e Al e, no monocultivo. As taxas de Ci, E, GS e A na cebolinha não sofreram influencia dos tratamentos as médias respectivas foram: 270,15 mg L-1; 3,92 mmol m-2 s-1; 2403 mol m-2 s-1 e 8,40 μmol m-2 s-1. Para coentro os tratamentos não promoveram efeitos na Ci, CS e A, as médias foram de 276, 43 mg L-1, 3194 mol m-2 s-1 e 8,82 µmol m-2 s-1, respectivamente. Maior transpiração foi monocultivo e as menores no consórcio Co e Ce e Co e P.
CONCLUSÕES:
Com base nos resultados encontrados percebeu-se que a prática de consórcio é viável, pois constatou-se que os o estado fisiológico das plantas em algumas combinações estavam semelhantes ou até superiores as dos monocultivos. Com isso pode-se concluir que a escolha das espécies para a composição desses sistemas consorciados foi adequada.
Palavras-chave: Fotossíntese, Condutância estomática, Transpiração.