65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
Ensino de Astronomia: possibilidades de ensino para os anos iniciais do Ensino Fundamental
Jessica Guimarães Barrionuevo - Bolsista PIBID, FFC UNESP Marília
Tatiana Maião Franklin - Bolsista PIBID, FFC UNESP Marília
Wesley de Oliveira da Cruz - Bolsista PIBID, FFC UNESP Marília
Ana Lis da S. Castelucci Penga - Bolsista PIBID, FFC UNESP Marília
Bernadete Benetti - Profa. Dra. / Orientadora / FFC UNESP Marília
INTRODUÇÃO:
Apresentamos neste trabalho resultados parciais de nossas atividades desenvolvidas no âmbito do subprojeto O ensino de Ciências nas séries iniciais do Ensino Fundamental: possibilidades de integração entre conhecimentos científicos, leitura/escrita, aspectos lúdicos e recursos de tecnologia assistiva, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID-CAPES). O referido projeto visa contribuir para a formação de graduandos do curso de Pedagogia, bolsistas do projeto, bem como para a implementação de atividades de ensino de ciências no nível fundamental de escolaridade, buscando uma metodologia em que os alunos atuem de modo mais participativo, incentivando o diálogo, a troca de ideias e a construção do conhecimento científico. Nossas ações didáticas foram desenvolvidas em duas escolas de ensino fundamental, parceiras do subprojeto, localizadas na cidade de Marília, SP, no segundo semestre de 2012, tendo como foco o conteúdo Astronomia, particularmente o sistema Solar e o sistema Sol-Terra-Lua, onde evidenciamos os fenômenos das fases da Lua, das estações do ano e dos eclipses sendo esses os mais sentidos e observados por nós em nosso cotidiano.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Ampliar a formação de futuros professores para o Ensino de Ciências, particularmente em relação aos conteúdos de Astronomia. Vislumbrar possibilidades didáticas que contribuam para maior participação dos alunos e para a aprendizagem de conteúdos de Astronomia, particularmente o sistema Solar e sistema Sol-Terra-Lua.
MÉTODOS:
O desenvolvimento das atividades ocorreu em três partes. Em um primeiro momento procuramos nos aproximar dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o conteúdo em foco. Para tanto apresentamos algumas questões norteadoras como: quais planetas fazem parte de nosso sistema planetário, se consideravam o Sol uma estrela ou não, quantidades de satélites naturais, de forma a direcionar as informações disponibilizadas pelos alunos. Nesse momento identificamos dificuldades, erros e acertos acerca dos conteúdos que seriam tratados. Em um segundo momento, para a apresentação do Sistema Solar e das fases da Lua, utilizamos recursos diversos como multimídia e materiais elaborados pelo grupo do projeto, de forma a atender as necessidades de alunos com ou sem necessidades educacionais especiais. No caso do conteúdo as Fases da Lua, utilizamos uma dinâmica com esferas de isopor e lanternas, para que os alunos reconhecessem e relacionassem as diferentes fases tendo em vista sua face iluminada, vista da Terra. Para discutirmos o Sistema Solar os alunos construíram uma maquete, com o uso de massa de modelar, de forma a representar os planetas e sua localização, procurando considerar inclusive diferença entre seus tamanhos. Para finalizar fizemos um jogo, em que os alunos representariam um dos astros do Sistema Solar.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O fato de nossas atividades didáticas serem mais dinâmicas não se constituiu tarefa fácil, pelo contrário, a partir do momento que buscamos levar em consideração a participação dos alunos, bem como suas necessidades, nosso trabalho foi ainda maior. Para a elaboração da atividade participamos de um minicurso, realizamos várias leituras e pesquisas durante nossas horas de estudos para discutir e entender os conceitos que o tema exigia.
Os professores da sala em que atuamos afirmaram, ao final do trabalho desenvolvido, que essa experiencia contribuiu na formação dos alunos no sentido de despertar neles o gosto e o interesse nos conteúdos de ciências. Tais considerações associadas a nossa percepção dos resultados reafirmam a discussão de diferentes autores - como Campos e Nigro (1999), Carvalho (2004 e 2005), Zanetic (1990) - sobre a importância de desenvolvermos em sala de aula atividades mais desafiadoras que estimulem o diálogo, a troca de ideias, e a reelaboração do pensamento.
Ao final das atividades realizadas nas escolas, as bolsistas se encontraram plenas de experiências que enriqueceram e complementaram sua formação como pedagogas e como pessoas que esperam com a Educação construir uma realidade melhor.
CONCLUSÕES:
A experiência didática evidenciou a importância de considerar o uso de atividades práticas que contribuam para estimular o aluno na busca de conhecimento, de forma a ultrapassar a memorização. Para isso é necessário ampliar os espaços de diálogo, a troca de ideias entre os alunos e entre alunos e docentes, de forma a contribuir para a aprendizagem de conceitos científicos, como discute Carvalho (2004). No que diz respeito à formação notamos uma contribuição significativa para os futuros professores, pois a opção pela inserção de temas como Astronomia, pouco vivenciada e trabalhada em cursos de licenciatura, se mostrou um importante exercício, aliando de maneira construtiva a prática com as teorias já estudadas. Assim, o projeto possibilitou uma experiência significativa, contribuindo para a formação inicial e também para a formação continuada, por meio da troca de experiências entre bolsistas – futuras professoras – e as professoras em exercício. Considerando a escola como um espaço de transformação, foi possível observar que os bolsistas, os professores e os alunos aprenderam muito por meio das vivências oferecidas no âmbito do PIBID, que busca através de projetos como este, estreitar a relação entre universidade/escola.
Palavras-chave: Ensino de Astronomia, Formação de professores, Metodologias de ensino.