65ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTAQUIA DE MALVA SANTA (Plectrantus barbatus Andrews).
José Wilson Nascimento de Souza - Graduando em Agronomia/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
António Fernando de Barros Pereira Pinto - Graduando em Agronomia/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
Ana Késya Bernardo Lima - Graduanda em Agronomia/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
Maria Eliene da Silva Campelo - Graduanda em Agronomia/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
Joana D’Arc da Silva Feitosa - Graduanda em Agronomia/Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
Maria de Fatima Barbosa Coelho - Profa. Dra./Instituto de Desenvolvimento Rural-UNILAB, Redenção, Ce
INTRODUÇÃO:
Plectrantus barbatus Andrews é uma espécie sub-arbustiva pertencente a família Lamiaceae originária da Índia e trazida ao Brasil no período colonial. É conhecida no Brasil como malva santa, falso boldo, boldo brasileiro, sete-dores, folha-de-oxalá. As folhas são amplamente utilizadas em vários países por suas propriedades analgésicas, anti-hipertensivas e antidiarreicas e em todos os estados brasileiros para problemas digestivos e do fígado. A planta não floresce em regiões baixas e quentes como o litoral nordestino do Brasil. Assim, é importante o estudo da propagação assexuada para promover o cultivo da espécie.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo neste estudo foi identificar o tipo de estaca mais eficiente para a propagação vegetativa de Plectrantus barbatus.
MÉTODOS:
O experimento foi conduzido na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) na cidade de Redenção-Ceará nos meses de abril a maio de 2012. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro tratamentos e quatro repetições de cinco estacas por parcela. Foram avaliados quatro tratamentos: a) estacas apicais sem folhas; b) estacas apicais com duas folhas; c) estacas medianas com duas folhas; d) estacas medianas sem folhas. As estacas foram preparadas com o auxilio de uma tesoura de poda, padronizadas para o tamanho de 15cm e colocadas em bandejas de plástico preenchidas com substrato areia lavada. A irrigação do experimento foi manual e feita diariamente. A cada sete dias foram avaliados o número de brotações e número de folhas e ao final do experimento mediu-se com paquímetro o comprimento das brotações e das raízes. As análises foram realizadas pelo programa computacional Sistema para Análise de Variância – SISVAR.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O número e comprimento de brotações e o número de folhas por brotação não foram influenciados pelo tipo de estaca, mas houve diferença significativa entre os tratamentos para o comprimento da raiz. O número de brotações variou de 2,04 a 5,48, o número de folhas de 10,78 a 27,90, o comprimento de brotos de 19,41mm a 28,40mm e o comprimento de raiz de 28,16mm a 79, 36mm. O maior comprimento de raiz ocorreu no tratamento estacas apicais sem folhas sendo, portanto, o mais eficaz para a propagação por estacas de Plectrantus barbatus. Em estudos realizados por outros autores verificou-se que a propagação vegetativa de Plectrantus barbatus é mais adequada do que por sementes. O maior crescimento da raiz quando se usa estacas apicais e herbáceas sem folhas indica que esta espécie não necessita de estímulos externos, como a aplicação de auxinas exógenas, para o sucesso na propagação vegetativa por meio da estaquia e, portanto, pode ser considerada de fácil enraizamento.
CONCLUSÕES:
A propagação vegetativa de Plectrantus barbatus pode ser feita com eficiência usando estacas apicais de 15cm e sem folhas.
Palavras-chave: Plectrantus barbatus., Boldo, Planta medicinal.